2006: tremor de terra no Jardim Simara
Fenômeno foi percebido por cerca de cem moradores de dois edifícios
Em 2006, um tremor de terra com duração de um minuto assustou cerca de 100 moradores de dois edifícios residenciais no Jardim Simara. Felizmente, ninguém se feriu e também não houve danos materiais, mas a experiência dificilmente será esquecida.
O tremor de terra aconteceu por volta das 23h30 do dia 11 de novembro, um domingo, quando muitos dos moradores do Edifício Guarapari e Edifício Catuay já estavam dormindo. A responsável pela portaria do Guarapari, Simone Maria Silva, lembra que o fenômeno surgiu de modo repentino. “Foi tudo muito rápido. Quase todo mundo se assustou, parecia um terremoto. Alguns até pensaram que o prédio ia cair, inclusive acharam que fosse um problema na estrutura do edifício”, frisa.
Quem estava no térreo durante o acontecido não percebeu nada de diferente. Só ficou sabendo do tremor de terra na manhã de segunda-feira. Já no Edifício Catuay, situado em um ponto mais elevado, o tremor foi mais intenso, percebido por todos os moradores, desde o térreo até o último andar.
“Quem estava aqui sabe como foi assustador. Na hora tinha pelo menos 60 pessoas no prédio e todos ficaram horrorizados. Nunca aconteceu nada semelhante, nem de longe, pelo que sabemos”, declara a porteira Nilce Linberger. Quem estava dormindo acordou assustado ao sentir a cama vibrando e se movendo.
De acordo com a Defesa Civil de Paranavaí, o tremor de terra que durou 60 segundos não feriu ninguém, nem resultou em qualquer dano material. “Fomos até lá e concluímos que tudo estava em perfeito estado. Não houve sequer uma pequena rachadura. É algo surpreendente”, assinala o sargento Marco Antônio, do Corpo de Bombeiros.
Contudo, para os moradores a experiência vai ficar para sempre na memória. “Ninguém vai conseguir esquecer isso. O medo foi tão grande que muita gente correu até o térreo só de pijama. Fiquei assustada porque pensei que coisas assim não acontecessem no Brasil. Estamos acostumados a encarar isso só pela TV”, pontua Simone Maria.
A porteira acrescenta que na época os moradores optaram por não relatar o acontecido para outras pessoas, receosos de não serem levados a sério. “Todo mundo ia pensar que era brincadeira ou invenção”, comenta Nilce. Os dois prédios situados na Rua Hayato Nakamura foram construídos há 12 anos e dividem o mesmo quarteirão.