David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

O espírito norueguês de Peer Gynt

without comments

Henrik Klausen, o Peer Gynt de 1876 (Arquivo: The Theatre Museum in Oslo)

Em 1876, quando a música de Edvard Grieg se fundiu ao teatro de Henrik Ibsen, nasceu o espírito norueguês e incidental de Peer Gynt, um aventureiro fanfarrão, libidinoso, hostil e isento de caráter que rapta a bela e apaixonada donzela Solveig para ter com ela prazeres efêmeros.

Na obra, conquista a filha do Rei da Montanha e líder dos trolls, Ingrid, com quem se relaciona por apenas uma noite, descartando-a. Mais tarde, o inquieto Peer Gynt volta a sua morada ao saber que a mãe está falecendo. Depois retoma a vida errante, até que combalido pela velhice retorna à terra natal, onde procura a fiel Solveig. Nos braços dela, se entrega à morte.

É justamente a essência do espírito e da atmosfera de Peer Gynt que a composição “I Dovregubbens hall”, que se popularizou como “In the Hall of the Mountain King“, alheia a uma elipse moral – a própria condição existencial do personagem, capta.

Leave a Reply