Não confunda skinhead com bonehead
O rapaz da foto é o jamaicano Derrick Morgan, um dos maiores expoentes do movimento skinhead. Na juventude, ele fez importantes parcerias com músicos como Desmond Dekker, Bob Marley e Jimmy Cliff.
Levando isso em conta, acho válido enfatizar que a cultura skinhead em essência nunca defendeu o uso de violência, muito menos qualquer forma de racismo ou preconceito. Esse tipo de conduta é inerente aos boneheads, um movimento completamente diferente que inclusive se apropria de forma equivocada e ilícita da palavra skinhead, um termo hoje totalmente vulgarizado e descontextualizado por causa da desinformação.
Por isso é muito importante não chamar de skinhead qualquer careca que incentive a violência. Sem dúvida, é uma ofensa tremenda e uma grande injustiça contra muita gente não só do Brasil, mas do mundo todo que contribuiu e continua contribuindo com os ideais de liberdade do movimento. Para quem quiser entender a real história dos skinheads, sugiro que assista ao filme “This Is England”, do cineasta inglês Shane Meadows. Originalmente, os skinheads se identificaram com gêneros musicais como rocksteady, reggae, soul, ska e mais tarde punk-rock.