O preconceito contra a periferia
Há pouco tempo, entrevistando Maria de Fátima Oliveira, pioneira da Vila Alta, na periferia de Paranavaí, ouvi algumas histórias de preconceito social. Dona Maria, como é mais conhecida, me contou que muitas mulheres de sua família trabalharam em casas de famílias de grande poder aquisitivo nos anos 1980, 1990 e início dos anos 2000.
À época, as mulheres da Vila Alta que atuavam como empregadas domésticas só podiam retornar para casa depois de 30 dias. “Era pegar ou largar”, declara. A justificativa, segundo a pioneira, é que patroas e patrões não queriam que elas voltassem para o trabalho “levando algum tipo de doença ou contaminação”. Sendo assim, a regra era evitar ao máximo o contato com o bairro, caso não quisessem perder o emprego.
Espero que essa boçalidade seja uma exceção hoje em dia.
zoiosilva
1 Apr 16 at 12:35 pm
Zoio, pois é. Lamentável…
David Arioch
1 Apr 16 at 7:08 pm