Eu e minha barba III
Encontrei um jovem encolhido em frente ao Banco do Brasil, daí vi que ele era pedinte e estava recolhendo moedas caídas no chão. Me aproximei, tirei uns trocados do bolso e coloquei na latinha ao seu lado. Ele se levantou, olhou para a minha barba atentamente e disse: “Não, irmão! Que isso! Você também deve tá precisando!”
Passando novamente pelo centro, um rapaz subiu na calçada com uma bicicleta tipo Barra Circular, veio em minha direção e gritou sorrindo: “Ô Bin Laden, tá a fim de uma paçoca?” E mostrou logo atrás do banco uma cestinha repleta de paçocas caseiras. Sorri, agradeci e segui andando, ainda percebendo alguém me observando.