David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

A desinformação a serviço da indústria da carne

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Como achar normal a criação de 70 bilhões de animais terrestres em todo o mundo? (Foto: Reprodução)

Há muito tempo, somos bombardeados com propagandas que vendem a ideia de que somos incapazes de sobreviver sem alimentos de origem animal. Certo! O que dizer de povos que nunca se alimentaram de animais, chegando a viver mais de 100 anos? Entrevistei há alguns anos um senhor vegetariano que à época tinha 95 anos, e ele não morava em nenhuma aldeia. Vivia na minha cidade, mas optou por se tornar vegetariano em 1925, aos oito anos de idade.

O que vemos o tempo todo são criações de ofertas desnecessárias e falsas demandas motivadas pela ganância. Como achar normal a criação de cerca de 70 bilhões de animais terrestres em todo o mundo, sendo que temos uma população mundial de sete bilhões de pessoas? Para que tudo isso? Ainda mais ponderando que em menor ou maior proporção esses animais passarão por privação ou sofrimento.

Ademais, a pecuária contribui com as mudanças climáticas, inclusive sendo apontada como uma das principais causas do desflorestamento da Amazônia. De acordo com a diretora executiva da ONG Food & Watch, Wenonah Hauter, quem se beneficia e faz lobby para esse sistema são os maiores produtores de alimentos, que também são os maiores produtores de carne.

Quando suas empresas crescem e eles enriquecem, normalmente usam o poder político que possuem para ditar as políticas federais quanto à produção de alimentos. Ou seja, tudo que as pessoas consomem de origem animal não é consequência de reais necessidades, mas sim de investimentos massivos em propaganda.

Desde o princípio do século 20, isso tem sido feito de forma muito bem elaborada, para que as pessoas acreditem que não há outro caminho, quando na realidade essa mudança depende apenas de um pouco de esforço e de vontade de lutar por um mundo melhor, e não apenas para nós mesmos.

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