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Jornalismo Cultural

Com os animais não morre somente a carne

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“Homem Moderno Seguido pelos Fantasmas de Sua Carne”, da artista britânica Sue Coe

Visite uma grande criação e olhe nos olhos de cada animal. Por mais parecidos que eles sejam, nunca são iguais. São seres únicos, e cada qual nasce com a sua própria individualidade e peculiaridade sensitiva.

O maior exemplo disso é a reação diversa à nossa presença. Alguns se assustam, outros se aproximam; há aqueles que imóveis assistem em silêncio e há aqueles que emitem algum tipo de som.

Quando esses animais são mortos, o que morre com eles não é somente a carne, mas existências singulares que não tiveram tempo de amadurecer para reconhecer o seu próprio lugar no mundo, e é daí que acredito que vem o desespero animal diante da finitude.

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Written by David Arioch

January 26th, 2017 at 12:06 am

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