Aristóteles e sua contribuição à negação dos direitos animais

Em relação aos animais, Aristóteles se precipitou e contribuiu negativamente
O interesse de Aristóteles pela questão animal difere substancialmente do interesse de seus discípulos, como Teofrasto, que reconheceu o direito à vida animal.
O caso de Aristóteles contra a racionalidade animal tinha apenas intenções parcialmente científicas, sem ponderar sobre as consequências morais de seus argumentos.
E foi exatamente essa negação aristotélica que formou parte da base da atitude cristã ocidental em relação aos animais como criaturas que poderiam ser privadas de justiça e da própria existência, e mais – que poderiam ser usadas como o ser humano bem entendesse.
Também foi esse caminho trilhado por Aristóteles, sem antever o futuro, que impediu que teorias filosóficas mais empáticas aos animais, como as de Pitágoras, Teofrasto, Plutarco e Porfírio fossem lançadas à luz, não à escuridão.
Assim não é equivocado dizer que a nossa consciência antropocêntrica que persiste ainda hoje é uma consciência de influência aristotélica.