David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

Não preciso de proteínas de origem animal

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Há muitas opções de proteínas no mundo vegetal

Assim como muitos praticantes de musculação, já achei essencial o consumo de proteínas de origem animal (eu consumia mais ovos e laticínios – incluindo albumina, whey protein, caseína e outros tipos de proteína time-release). Afinal, nada melhor do que se empanturrar de proteína animal para ganhar massa muscular, não é mesmo? Já fazia exames periódicos, e tudo ia bem, claramente. Sendo assim, eu pensava:

“Estou no caminho certo! Saúde 100%.” Mas a diferença é que eu era muito jovem. E do tipo que consumia no mínimo 40 gramas de proteínas de origem animal por refeição, mas chegando a 60 gramas, dependendo. Parece muito? Tem gente que consome muito mais do que isso e pesando inclusive menos do que eu pesava. E quem disse que as consequências de se empanturrar de proteína animal surgiriam em curto prazo?

Mesmo que esse não seja o motivo de eu ter me tornado vegetariano e depois vegano, optei por me manter bem distante das proteínas de origem animal também por entender que não preciso disso para alcançar qualquer objetivo que custe a vida dos animais, além de consequências desnecessárias que não quis conhecer em longo prazo. Claro que tem muita gente que pratica musculação e que não dá a mínima para a própria saúde, se limitando a uma motivação estética. Então para essas pessoas, a crença predominante é de que “mais é sempre mais”, se isso as levar a algum lugar.

Mas eu sou do tipo que nunca colocaria isso acima da saúde. Fora que o consumo acentuado de proteína não beneficia ninguém mais do que a indústria alimentícia e os fabricantes de suplementos alimentares. Afinal, como vender proteína sem fazer a população acreditar que ela sempre precisa de mais do que o necessário? Quem critica o culto ao consumo acentuado de proteína são pessoas que não ganham nada com isso. Afinal, eles estão te incentivando a economizar dinheiro, não a gastar, como faz a indústria da proteína animal.

Vivemos numa época em que proteína animal virou um símbolo romântico do ser humano capaz de romper barreiras genéticas e superar a si mesmo simplesmente consumindo muita proteína animal. Esse é o lema de muitos jovens que povoam as academias do mundo afora. Eu? Não acredito em nada disso, porque sei que não é verdade. Talvez faça sentido se você conciliar muita proteína animal com esteroides anabolizantes, mas daí é um risco de dois espectros que cabe a você decidir se vale a pena. Conheço meus limites naturais, e eles são tranquilamente satisfeitos com a riqueza do mundo vegetal.

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Written by David Arioch

July 28th, 2017 at 8:33 pm

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