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Consumo de leite não reduz nem evita fraturas ósseas e osteoporose

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As pesquisas foram realizadas com mais de 61 mil mulheres e mais de 45 mil homens suecos ao longo de mais de 20 anos

O estudo “Milk intake and risk of mortality and fractures in women and men: cohort studies”,  publicado pelo British Medical Journal, mostrou que pessoas que consumiram grandes quantidades de cálcio através do leite não tiveram redução em fraturas ósseas nem evitaram osteoporose. Na verdade, aqueles que consumiram altas quantidades de cálcio (mais de 1,1 mil miligramas por dia) apresentaram os maiores índices de fraturas de quadril e osteoporose, em comparação a quem consumiu bem menos cálcio.

As pesquisas foram realizadas com mais de 61 mil mulheres e mais de 45 mil homens suecos ao longo de mais de 20 anos. A conclusão foi a de que não há nenhum benefício em consumir mais do que 700 miligramas de cálcio por dia para a saúde óssea. Também é importante ponderar que as populações do Norte da Europa são consideradas as que melhor se adaptaram ao consumo de laticínios no decorrer da história da humanidade.

Porém, o que reforça a defesa de que o leite não é um alimento realmente benéfico nem mesmo para a saúde dessas populações, que aparentemente têm menos dificuldade em digeri-lo, é o fato de que, no decorrer da pesquisa, mais de 17 mil mulheres suecas e mais de 5 mil homens que consumiam leite diariamente tiveram graves problemas de fraturas ósseas. Além disso, das pessoas que participaram da pesquisa, mais de 15 mil mulheres e mais de 10 mil homens já falecidos tiveram suas mortes associadas ao consumo de laticínios.

Segue o link do estudo na íntegra: http://www.bmj.com/content/349/bmj.g6015

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Written by David Arioch

August 19th, 2017 at 1:08 am

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