Sue Coe e o sofrimento dos peixes
Uma vez, li uma entrevista da artista plástica vegana Sue Coe em que a questionaram sobre o motivo para ela ter criado obras em que retrata o terror vivido pelos peixes. O entrevistador fez tal indagação como se peixes estivessem abaixo dos outros animais de criação. Então Sue Coe foi enfática ao dizer que peixes sentem dor, medo da morte e fazem o que podem para evitar a captura. Ela fala isso com propriedade, já que todo o seu trabalho de artes visuais é baseado em pesquisas sobre a realidade dos animais, inclusive antes e depois do abate ou da captura.
Ela sugeriu que o entrevistador fosse até os grandes mercados de peixes capturados inclusive em áreas de proteção, como ocorre nas Ilhas Galápagos. Sue Coe comentou algo como: “Você verá a cor natural e cintilante desses peixes desaparecendo. No alvorecer de uma cidade cinzenta, é possível ver um peixe caindo na calçada e lutando pela vida.”
Em várias ocasiões a artista vegana disse que estamos destruindo a vida oceânica, e definitivamente. Entre as tragédias envolvendo animais marítimos, Sue Coe costuma citar a pesca com grandes redes em que até mesmo pássaros, baleias em extinção, golfinhos, botos e tartarugas são capturados acidentalmente e depois descartados como lixo.
Mas alguém pode dizer: “Mas eu não como animais do oceano.” Para esse comentário, Sue Coe provavelmente diria, como declarou outras vezes: “Fazendas de peixes [muito comuns hoje em dia, com a alta na produção de peixes em cativeiro] são outra praga no planeta. Os peixes nadam em produtos químicos e são então ‘colhidos.'” Fora o fato de que as águas dos rios há muito tempo estão contaminadas e muitas espécies estão desaparecendo. Obviamente que o argumento principal é baseado na senciência e no direito à vida desses animais.
“A única solução é não comer peixe”, defende Sue Coe. Esse assunto é abordado de forma impactante no seu livro “Cruel: Bearing Witness to Animal Exploitation”, publicado em 2012 e disponível na Amazon.com.
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