David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

Acredito que o amor aos animais não é prioritário na consideração ao direito à vida não humana, mas sim o respeito

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Foto: Jo-Anne McArthur/We Animals

Minha linha de pensamento em relação aos animais é semelhante a do J.M. Coetzee. Acredito que o amor aos animais não é prioritário na consideração ao direito à vida não humana, mas sim o respeito. O respeito sim deve ser uma premissa básica. Acho um erro muito grande quando restringimos o discurso em favor dos animais ao amor, até por uma questão óbvia – nem todas as pessoas amam os animais.

E devo condená-las por isso? De modo algum. Muitas pessoas desgostam de outras, mas nem por isso fazem algo contra elas. E por que? Porque em primeiro lugar deve prevalecer o respeito. Outras formas de exploração não chegaram ao fim por causa de amor.

Essa é a realidade do mundo não romanesco em que vivemos. Veganos não precisam amar animais; não precisam tutelar animais, nem mesmo conviver com os animais. O primeiro e mais importante passo é entender que não temos o direito de interferir negativamente em suas vidas. Se uma pessoa cumpre esse papel, ela já está contribuindo.

Entendo também que o meu trabalho não é o trabalho do outro, assim como o dele não é o meu. Cada um cumpre o seu papel de acordo com suas características e potencialidades. Sempre fui a favor da diplomacia. Esse é o meu perfil, e não abro mão dele.

Não tenho interesse em ofender pessoas, xingá-las, independente da circunstância, porque pra mim é perda de tempo. E sei que à medida em que apelo as chances do outro me ouvir diminuem consideravelmente. Claro, você pode discordar, mas siga o seu caminho que eu sigo o meu.





 

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