Acho que me falta aptidão para ser agressivo e ofensivo
Depois que publiquei alguns textos sobre política nas últimas semanas algumas pessoas, que não conheço realmente, vieram “conversar” comigo por mensagem privada em mídias sociais em um tom bem estranho, inclusive questionando a credibilidade do meu trabalho como um todo.
Entendo que alguns vieram por curiosidade ou surpresa e, se há respeito, não vejo problema. Mas não pude deixar de notar algumas atitudes agressivas e ofensivas. Não sei se alguém esperava que eu me irritasse ou entrasse em algum tipo de jogo, talvez com a intenção de me expor de alguma forma. Não sei se há verdade nisso também. Honestamente, não imagino claramente qual é a finalidade. Me falta aptidão e interesse para pensar com acuidade a respeito.
Se alguém me ofende ou me trata de forma agressiva, provavelmente espera de mim o mesmo, e isso parece-me tão cansativo sob a perspectiva da obliteração de energia. Mais uma vez, reconheço que me falta aptidão ou interesse para reagir a esse tipo de situação. Pode ser que eu fique em silêncio, o que é bem comum, ou diga algo imprevisível fora do rol de expectativas, ainda vazio em agressividade ou ofensa. Talvez eu sorria ou ache engraçado, inesperado. Depende.
Sempre me parece um exercício cansativo ser agressivo ou ofensivo. Agir de outra forma, creio que não seria eu, e não sendo eu, seria alguém não deixando a máscara cair, creio, mas vestindo a de outrem que me habita, que exista dentro de mim, fora de mim, descartável ou perene dependendo de como o alimento. Ainda assim, consideraria uma face tola e ruidosa do meu descaminho. Não sei em que proporção isso pode ser afugentador. Mas é verdade, acho que me falta aptidão para ser agressivo e ofensivo.