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Quando a união faz a força
Me ajude a continuar produzindo conteúdo sobre a exploração animal e a conscientizar as pessoas
Sou o David Arioch, jornalista profissional há 12 anos (MTB 0010612/PR), e acabei enveredando pelo caminho do jornalismo cultural e histórico em 2006. Em 2009, criei este blog homônimo – David Arioch – Jornalismo Cultural (davidarioch.com), onde publico regularmente matérias, reportagens, artigos, reflexões, críticas, contos, crônicas e traduções, etc. Em síntese, textos em geral.
Sempre realizei esse trabalho de forma dedicada e independente. Ou seja, sem vínculo com ninguém ou com qualquer organização. Nos últimos anos, me interessei bastante pela questão da exploração animal, direitos animais, vegetarianismo e veganismo. Então comecei a escrever a respeito e logo desenvolvi um ritmo regular de produção. Atualmente a minha maior satisfação é produzir diariamente conteúdo sobre isso, assim conscientizando as pessoas. Inclusive por isso abri mão de outras atividades.
Porém, assim como qualquer outra pessoa, tenho limitações e despesas, e no meu caso envolvem o processo de pesquisa e produção de conteúdo sobre esses temas. Então decidi criar uma campanha no Apoia.se pedindo a sua contribuição – como puder e se puder contribuir. Afinal, qualquer trabalho realizado sem um apoio realmente sólido acaba encontrando muitos obstáculos por maior que seja a boa vontade.
Também sou o idealizador do blog de culinária vegana vegaromba.com, onde publico minhas receitas regularmente.
Caso queira contribuir ou simplesmente entender como funciona a campanha, te convido a acessar o link abaixo:
A morte e a ajuda de Chester Bennington
Em muitos vídeos da banda Linkin Park no YouTube tem dezenas, talvez centenas ou milhares, de comentários de pessoas que sofriam ou sofrem de depressão e encontraram alento nas músicas do vocalista e compositor Chester Bennington, encontrado morto hoje, após cometer suicídio por enforcamento.
Inclusive pessoas que disseram ter desistido da ideia de cometer suicídio enquanto ouviam Linkin Park. Música é uma coisa extremamente poderosa. Há pessoas que confortam tanta gente em proporção inimaginável, o que não significa que sejam inatingíveis ou que não sejam frágeis.
Idoso precisa de ajuda para tratamento de doença infecciosa aguda
O aposentado Juvenal Ferreira, que sobrevive com apenas um salário mínimo, e há muito tempo deixou de andar em decorrência de graves problemas de saúde, passa o dia em uma cadeira de rodas. Morador da Vila Alta, na periferia de Paranavaí, ele sofre em decorrência de uma doença infecciosa aguda chamada erisipela, que provoca extremo inchaço nos pés e nas pernas.
“Tenho outros problemas de saúde, mas esse é o pior. Tem dia que não consigo dormir, porque a dor é muito grande. O medicamento não é oferecido pelo SUS, então a gente tem que comprar na farmácia. Já estou endividado e não tenho mais condições de continuar comprando os remédios; e são caros pra gente. Não é fácil, meu filho”, explica.
Seu Juvenal conta com o apoio da esposa, Dona Neide, que é quem se responsabiliza por todas as suas necessidades diárias, já que ele não consegue andar. Os únicos medicamentos usados pelo aposentado até hoje e que deram bons resultados foram as pomadas SAF-Gel, um gel hidratante com alginato de cálcio e sódio, e Quadrilon – indicado para dermatoses causadas por infecção bacteriana ou fúngica.
“Gasto dois tubos de cada por mês. E quando falta, a minha situação piora”, garante Seu Juvenal. A pomada SAF-Gel custa de R$ 50 a R$ 60, e a pomada Quadrilon pode variar de R$ 22 a R$ 35. O sonho de Juvenal Ferreira, que quase teve as pernas amputadas por causa da doença, é voltar a andar ou pelo menos ficar em pé sem a ajuda de ninguém. Para mais informações, ligue para (44) 98837-5322.
Saiba Mais
O endereço do Seu Juvenal é Rua das Ameixas, Nº 19, Quadra 15, Lote 18, na Vila Alta.
Protetora de animais precisa de ajuda para sobreviver e cuidar de 18 cães e gatos
“Sempre gostei de animais. Deixo de comer, mas não posso deixar de alimentar os bichinhos”
Na infância, Maria Elevandoski já demonstrava respeito e amor pelos animais. Enquanto outras crianças de sua idade tinham o hábito cruel de arremessar gatos contra a parede, ela recolhia animais mortos que encontrava pela vizinhança e os enterrava em terrenos baldios, onde realizava um pequeno funeral, chorava, orava por eles e marcava o local com uma pequena cruz feita de gravetos.
“Sempre gostei de animais. Deixo de comer, mas não posso deixar de alimentar os bichinhos. Não me importo com a minha vida, mas sim com a deles”, conta a moradora de uma casa alugada na Rua Antônio José da Silva, número 1666, em Paranavaí, no Noroeste do Paraná. Enquanto fala da sua profunda relação com os animais, iniciada há mais de 40 anos, Maria se emociona por estar enfrentando um dos momentos mais difíceis de sua vida.
Prestes a ser despejada por não ter condições de pagar o aluguel da residência onde vive com 15 gatos e 3 cães, ela chora ao relatar que está desempregada há mais de cinco meses, tentando sobreviver fazendo “bicos” ocasionais como diarista. “A minha sorte é que me ajudaram com um pouco de ração. Mas ninguém pode me ajudar para sempre. Hoje à noite mesmo, não sei nem se terei o que comer”, comenta.
Com dois meses de aluguel atrasado, e devendo duas faturas de energia elétrica e duas de água, Maria ainda consegue sorrir quando os animais sob sua responsabilidade se aproximam miando ou abanando o rabo. Enquanto alguns deles brincam no fundo do imóvel, ela relata que sua casa foi saqueada há três meses, quando usuários de drogas furtaram inclusive um botijão de gás e toda a sua comida.
Durante a conversa, um dos cães, Raj, salta em meu colo e começa a lamber minha mão, mantendo seus olhos cobertos por uma longa franja preta. O cãozinho foi resgatado por Maria após a mãe dele ser atropelada por um motorista negligente. “Ele tentou mamar nas tetas dela mesmo depois que ela já estava morta. Nem percebeu o que aconteceu”, narra com olhos marejados.
Os 18 animais que vivem com Maria Elevandoski têm de 1 a 12 anos. São animais que, assim como muitos outros cuidados por ela ao longo de mais de dez anos atuando como protetora de animais, foram resgatados da rua, trazidos do cemitério ou arremessados em seu quintal. “Aqui são todos castrados. Consegui uma boa ajuda”, comemora.
Sem se importar com bens materiais, ela vive com poucos móveis e apenas um eletrodoméstico – a geladeira. Um dia, depois de resgatar um gato abandonado, um chinês a abordou e disse que Maria deveria cuidar do animal até ele ficar gordo e depois comê-lo. “Me senti mal só de ouvir aquilo. Nunca teria coragem. Não como nem carne, e isso tem um bom tempo, desde que vi o sofrimento do gado dentro de um caminhão”, explica.
No ano passado, quando cuidava de 25 animais, ela entrou em depressão porque alguns cães e gatos sob sua guarda foram envenenados. “Tem dia que me sinto mal e penso em me matar. Não fiz isso ainda pelos animais, porque eles precisam de mim. Mas eu queria muito conseguir uma casinha ou um emprego. Aceito qualquer tipo de trabalho. Também preciso de mais ração para eles. Não sei o que fazer. Não tenho família aqui”, desabafa.
Saiba Mais
Quem puder contribuir com Maria Elevandoski, basta ligar para (44) 99807-8888 (Marcel) ou (44) 99916-0414 (Veridiana).
A residência da protetora de animais fica na rua atrás da Ibirapuera Móveis, ao lado da Rádio Skala.
Contribuição
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Homem com graves problemas de saúde precisa de ajuda para comprar um veículo
Para ajudar Gabriel Esperidião Neto, basta comprar uma rifa de apenas R$ 2
Gabriel Esperidião Neto tem pouco mais de 50 anos, mas já acumula inúmeros e graves problemas de saúde. Com dificuldade de locomoção, ele caminhou vagarosamente até a entrada de sua casa para me receber. Colocou as muletas de lado, abriu o portão e me convidou a entrar.
Primeiro conversamos um pouco na sala sobre suas limitações físicas. Depois, me levou até uma bela horta orgânica que ele mesmo fez no quintal de casa. Há uma boa diversidade de vegetais e legumes, mas como a produção é pequena, ele prefere doar do que comercializar. Inclusive fez questão de me presentear com alguns alimentos cultivados com muito esmero.
“A produção é modesta, mas é feita de bom coração. Faço uma permuta com os moradores da vizinhança. Quem vir aqui e ler um trecho da Bíblia ou algum outro livro, ganha um pouco de verduras”, conta sorrindo. Mas o sorriso vela uma triste realidade que faz Esperidião Neto mudar o semblante.
Ele possui uma grave enfermidade no trato gastrointestinal, que atinge principalmente o intestino delgado e o intestino grosso, mas também pode se estender para outras regiões do trato. “Não existe regra geral de tratamento porque cada caso é um caso, e não há garantia de melhoras. Os efeitos colaterais dos remédios são até piores do que a doença. Causam fístulas nas regiões de dobra do corpo que excretam pruridos dia e noite quando estão abertas. Já quando fecham, provocam dores intensas, principalmente nas axilas e virilha”, informa.
Por causa dessa doença, Gabriel também sofre em decorrência de diabetes, hipertensão, furunculose e tromboflebite. Mesmo diante de tantas dificuldades, e sobrevivendo com um salário mínimo por mês, e com uma substancial ajuda do Instituto Maurício Gehlen para a compra de medicamentos, Esperidião Neto quer continuar lutando por um futuro melhor, e sem ter que continuar recorrendo às doações de amigos. Por isso, ele decidiu fazer uma rifa com dois mil números chamada “Ação Entre Amigos”. Cada número custa só R$ 2.
“Vou sortear uma fritadeira elétrica nova da Philco. A minha intenção é usar o dinheiro arrecadado para comprar um triciclo ou algum outro veículo de baixo custo. Assim poderei sair de casa para comprar e vender laranjas. Já conversei com algumas pessoas e sei que o negócio vai dar certo. Assim poderei me virar, sem precisar sobrecarregar os amigos com pedidos de doações”, justifica.
Saiba Mais
Gabriel Esperidião Neto mora na Rua Sebastião de Oliveira Rosa, número 1033, no Conjunto Residencial Paranavaí III, na Vila Operária (nas imediações do Supermercado Dallmann), em Paranavaí, no Noroeste do Paraná.
Telefones: (44) 3062-0995 ou 99837-7945
Dados bancários
Gabriel Esperidião Neto
CPF: 500039929-34
Caixa Econômica Federal
AG: 0997
Operação: 13
Conta Poupança: 10488-8
Ricos, governo e mazelas
Certeza que se eu fosse muito rico eu iria ficar esperando os governos resolverem as mazelas do mundo. Acho que se as pessoas que têm uma miríade de recursos pensassem um pouco mais nos outros, se empenhassem em ajudar verdadeiramente, o mundo seria um lugar muito melhor. Mas o problema é que muitas delas apenas simulam ajudar. O que mais vejo são pessoas com muita grana “ajudando” em troca de um benefício muito maior.
Vaquejada não é esporte, é violência
Do ponto de vista moral e ético, vaquejada nunca foi esporte. Em primeiro lugar, porque não há o consentimento do animal. Em segundo, porque o submete à situação vexatória análoga à tortura. Incompreensível também é defini-la como manifestação cultural, na tentativa de legitimar sua prática, endossar sua aceitação.
Cultura é uma palavra que no meu ideário sempre preferi relacionar, pelo menos instantaneamente, com coisas boas, embora infelizmente também seja atrelada a coisas ruins. Quando o assunto é cultura, logo penso em algo que ajude a elevar a alma humana e o desenvolvimento de nossas sensibilidades. É triste reconhecer que há manifestações culturais que envolvam privação e sofrimento a outros seres vivos. Como alguém pode se divertir ou ter prazer em algo assim? Não tenho dúvida alguma de que a vaquejada já não deveria mais ser vista em nossa sociedade como uma manifestação cultural, mesmo que endossada legalmente pelo desejo de uma minoria.
Tanto os filósofos da Grécia Antiga quanto os mais contemporâneos que não endossam a exploração animal convergem para um mesmo ponto quando falamos de ética. Eles argumentam que a ética não existe sem liberdade de escolha. Sendo assim, não há fundamento para a defesa da vaquejada quando alguém a qualifica como manifestação cultural. Ademais, nesse aspecto, penso que cultura e ética são indissociáveis. Nem poderia ser diferente, já que o animal não escolheu ter o seu rabo puxado violentamente para a efervescência da barbárie humana.
É uma pena que tanta gente continue se omitindo em relação às vaquejadas. São pessoas que poderiam contribuir para uma importante retomada de consciência em relação ao valor da vida animal. Falar em liberdade, igualdade e exploração quando se trata de outros assuntos, e ao mesmo tempo não se posicionar quanto a isso, me parece um paradoxo difícil de ignorar, porque grita conveniência, desinteresse por aquilo que não nos atinge diretamente. Há uma evidente ausência de empatia e respeito à vida; uma crença de que se a dor do outro não é a minha, ou se não a reconheço por sermos diferentes, pouco me importa.
Contribuição
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“Vamos fazer um CD juntos?”
O título da matéria é o nome do projeto criado pelo compositor e advogado João Henrique de Andrade, de Paranavaí, no site de financiamento coletivo Catarse. O objetivo do músico é arrecadar R$ 7 mil para realizar o sonho de gravar o seu primeiro disco, pautado em histórias de amor e amizade.
Muito conhecido na região de Paranavaí, onde desde a década de 1990 toca em barzinhos e eventos, João Henrique informa que o CD vai contar com sete músicas – “Normal”, “Ouvindo a Chuva na Varanda lá de Casa”, “Delírio e Ontem”, “Quasar”, “Pra Sempre Vou Te Amar”, “Mandela” e “Quarta-Feira Cinzenta”. Algumas das composições já foram premiadas no Festival de Música e Poesia de Paranavaí (Femup), um dos festivais mais antigos do Brasil, onde o músico está entre os mais prestigiados pelo público.
A qualidade musical do trabalho de João Henrique é tão evidente que ele foi convidado para abrir o show do cantor Zé Ramalho em Paranavaí no dia 27 de outubro. Além disso, o compositor, em parceria com a esposa Luzimar Andrade, também é conhecido por participar de muitos trabalhos voluntários e por realizar shows beneficentes em prol de enfermos ou de pessoas que enfrentam crises financeiras. Como palestrante, também ministra cursos de oratória com duração de 15 a 20 horas, além de oficinas de empregabilidade para jovens que estão em busca do primeiro emprego.
“É um trabalho que fazemos de graça e com muito prazer para entidades que não visam lucro”, afirma. Para contribuir com o músico que já ajudou tantas pessoas, acesse o link abaixo:
https://www.catarse.me/vamos_fazer_um_cd_juntos_c783
Contato
Para mais informações, ligue para (44) 9955-1325.
Doente, idosa sonha em construir uma casinha e abandonar o barraco onde vive
Sem fonte de renda, Dona Zu não tinha nem o que comer no dia em que a visitei
Cheguei em frente à residência de Maria Lúcia Gomes Gonçalves, mais conhecida como Dona Azu, bati palmas e ela demorou um pouco para me receber. O motivo é que, vítima de paralisia infantil, osteoporose e artrose, a idosa tem sérias dificuldades para andar. Após os cumprimentos, a simpática senhora me convidou para entrar e caminhamos até um barraquinho no fundo de um terreno repleto de vegetação.
Sem fonte de renda, Dona Zu não tinha nem o que comer no dia em que a visitei. Ainda assim, ela sorria e me abraçava, satisfeita com a minha visita e o meu interesse em conhecer sua história. Mancando, andava se apoiando na mobília para não cair. “Não tenho mais força nas pernas. Se ficar um tempinho em pé, já corro o risco de tombar e me machucar”, relatou e mostrou um pé torto.
A moradia de Dona Zu não pode ser considerada uma casa. São dois cômodos mal construídos, com um teto surpreendentemente baixo. É quase impossível duas pessoas caminharem lado a lado dentro do casebre sem forro, por onde a água entra sempre que chove. Lá, tudo foi feito na base do improviso. Inclusive uma das paredes se resume a pedaços irregulares de madeirite encontrados na rua.
Além da precariedade, o barraco é mal arejado; tem apenas uma janela. No local, a mobília está em péssimas condições, assim como todo o resto. “Não sou aposentada e não recebo nenhum benefício do governo. Tem dia que chego a passar fome. O que me ajuda é que de vez em quando ganho cesta básica de alguém. Estou doente e em uma situação muito difícil”, revela emocionada.
A idosa, que também sofre de depressão, sonha em construir uma casinha de 27 metros quadrados, mas para isso Dona Zu precisa de 40 sacos de cimento, 10 metros de areia lavada, três mil lajotas, 58 metros de ferro, quatro metros de pedra, 20 folhas de fibrocimento de quatro milímetros (Eternit), sete vigas de 5×15 com 3,50, 15 caibros de 5×5 com 3,50, uma janela para o quarto com 1m x 1,50m, uma janela para o banheiro e outra para a sala e cozinha, de acordo com o pedreiro que se dispôs a construir tudo sem cobrar pela mão de obra.
Contato
Dona Zu mora na Rua Hayato Nakamura, Nº 466, no Jardim Vânia, atrás da Igreja São Paulo. Há quatro anos ela tenta se aposentar ou receber algum benefício, mas até hoje não conseguiu. Para ajudá-la, ligue para (44) 9735-9947 (Dona Zu) ou 9970-8150 (Pingo). Ou você também pode entrar em contato comigo – (44) 9909-2513 (David).