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Marcos & Mónica

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Cada refeição durava pelo menos uma hora (Foto: Alejandro Kirchuk)

Cada refeição durava pelo menos uma hora (Foto: Alejandro Kirchuk)

Por mais de três anos o argentino Marcos, de 89 anos, alimentou a mulher Mónica, de 87, que sofria de Mal de Alzheimer. Cada refeição durava pelo menos uma hora. Após 65 anos de casamento, Mónica não resistiu à doença e faleceu. Atualmente o seu túmulo é visitado mensalmente pelo marido que enfrenta dificuldades para reconstruir a vida em função da solidão e da saudade. A luta do casal foi registrada pelo neto, o fotógrafo Alejandro Kirchuk, vencedor do Prêmio World Press Photo 2011.

Acesse: alejandrokirchuk.com

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Written by David Arioch

January 18th, 2016 at 10:12 pm

Capitán, o cão que dorme no túmulo do seu ex-tutor desde 2007

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Cão dorme ao lado do túmulo do dono há mais de cinco anos

Capitán vive no cemitério desde 2007 (Foto: La Voz)

Em Villa Carlos Paz, na Argentina, o cão Capitán, um cão mestiço, parte pastor alemão, tem chamado a atenção há muito tempo. O animal descobriu sozinho em 2007 onde o seu companheiro humano foi enterrado, e desde então dorme ao lado do túmulo.

Capitán, encontrado por Miguel Guzmán em 2005, foi criado como um irmão de seu filho Damián. À época, a mãe Verónica Moreno não gostou muito da ideia porque já imaginava como seria trabalhoso cuidar futuramente de um animal de grande porte. Em 24 de março de 2006, Miguel faleceu, e não demorou para Capitán começar a vasculhar a casa, procurando pistas de Guzmán. Cheirou cada cômodo da residência e mais tarde desapareceu.

Cão achou sozinho o túmulo de Miguel (Foto: La Voz)

A família pensou que o cão tivesse sido morto ou adotado. Só descobriram o paradeiro de Capitán quando Damián foi visitar o pai no cemitério e encontrou o cachorro ao lado do túmulo. “Ele começou a ladrar de uma maneira que dava a impressão de que estava chorando”, conta Verónica que tentou levá-lo para casa, mas ele se recusou; preferiu continuar ao lado de Miguel.

De acordo com a vendedora de flores Marta, Capitán chegou ao Cemitério Municipal de Villas Carlos Paz em janeiro de 2007, quando encontraram o cão com uma pata da frente quebrada. “Percebemos que ele amava o seu tutor porque jamais deixou o cemitério”, testemunha. Até hoje, ninguém sabe explicar como Capitán achou o túmulo de Miguel. O homem faleceu no hospital e de lá foi levado para uma casa funerária bem longe de onde morava.

Exemplo de fidelidade animal (Foto: La Voz)

Não há um dia em que Verónica e Damián visitem Miguel e não encontrem Capitán junto ao túmulo. Algumas vezes o cão acompanha a família até em casa, mas sempre retorna ao cemitério. “Lá é a casa dele agora. Admito que antes eu não gostava tanto do Capitán. Isso mudou assim que percebi o amor que ele tem pelo meu marido. Desenvolvi um carinho muito grande. Sinto que o Capitán está com Miguel”, afirma Verónica Moreno.

Damián desistiu de levar o cão para casa quando percebeu que não adiantaria. Não importa para onde Capitán vá, ele sempre retorna ao cemitério. “Todos os dias, às seis horas em ponto, ele se deita na frente do túmulo. É uma lição de preservação das memórias daqueles que partem. Incrível como os animais nos ensinam isso de modo tão fiel”, comenta o administrador do cemitério, Héctor Baccega, que todos os dias conta com a companhia do cão em suas andanças. Em casa, Baccega cuida de um filho de Capitán e diz que o filhote provavelmente será tão leal quanto o pai.

Referência: La Voz, de Córdoba, Argentina.

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