Archive for the ‘Ativista’ tag
Ativista vegana é eleita para assumir vaga na Assembleia Legislativa de Karnataka
Na quarta-feira, a ativista vegana Sowmya Reddy, de 35 anos, foi eleita para compor a Assembleia Legislativa de Karnataka, no sul da Índia, conhecida como uma assembleia conservadora que sempre foi composta basicamente por homens – inclusive ela foi a única mulher eleita para ocupar uma vaga na AL.
Na Índia, Sowmya é uma conhecida ativista dos direitos animais e defensora do veganismo que ao longo de três anos fez parte do Conselho Nacional de Bem-Estar Animal. Em 2015, ela e o marido Abhishek Raje Wiki oficializaram a relação com um casamento vegano:
“Temos que voltar ao básico. Carregar sacos de pano e garrafas de aço em nossos carros ou bolsas. É assim que as gerações anteriores viviam. Embora seja necessário algum esforço, é uma escolha que acho que todos precisamos fazer para cumprir nossa responsabilidade cívica.”
Aos 63 anos, Diane Gandee Sorbi pode ser condenada a cinco anos de prisão por resgatar animais da morte
“Depois de me tornar vegana, eu sabia que tinha de fazer mais do que simplesmente não participar da exploração animal”
Aos 63 anos, a ativista vegana Diane Gandee Sorbi, que faz parte da rede de direitos animais Direct Action Everywhere (DxE), se dedica a resgatar animais da morte nos Estados Unidos. Em janeiro de 2017, ela e mais cinco ativistas entraram em uma fazenda industrial em Moroni, Utah, onde haviam dezenas de milhares de perus amontoados em espaços imundos, repletos de fezes. Parte dos animais não conseguia nem mesmo se manter em pé. Diante da situação, Diane e outros ativistas resgataram alguns animais feridos, na tentativa de salvá-los da morte.
A ação foi denunciada e considerada criminosa pela procuradoria-geral de Utah. Por isso, Diane e mais cinco ativistas vão a julgamento esta semana. A aposentada, que passa a maior parte do tempo fazendo trabalho voluntário em abrigos para animais, corre o risco de ser condenada a cinco anos de prisão. “Depois de me tornar vegana, eu sabia que tinha de fazer mais do que simplesmente não participar da exploração animal. Comecei a panfletar e a ir para as ruas. Tive muitas conversas ótimas com pessoas que queriam mudar, mas muitas vezes eu desanimava com a frequência com que alguém dizia que já sabia o que acontecia com os animais e não se importava”, relata em entrevista a Rachel Waite, do DxE Grand Rapids.
Um dia, depois de assistir a uma palestra na DxE House sobre as diferenças na abordagem à defesa animal, ela percebeu que a criação de mudanças sistêmicas pode surtir mais efeito do que as conversas individuais sobre veganismo. “Fiz algumas leituras sobre o que havia sido mais eficaz em movimentos passados de justiça social e decidi dedicar a maior parte do meu tempo a trabalhar com o DxE”, informa.
A primeira experiência de Diane fazendo um discurso em local público, segurando um megafone, é considerada por ela como das mais inesquecíveis. “Foram momentos empoderadores. Sempre fui um pouco tímida e saía do caminho para evitar confrontos. [Então] eu disse a mim mesma que isso era pelos animais e me empurrei para fora da minha zona de conforto”, revela.
Desde que ouviu pela primeira vez a história de um resgate de animais criados para consumo, Diane Sorbi teve vontade de ir a campo. Em 2015, ela participou de um treinamento de resgate animal. “Uma experiência muito poderosa. Segurei um doce peru em meus braços e o levei para um lugar seguro, ciente de que há alguns anos uma de suas irmãs estaria no meu prato [no feriado] de Ação de Graças. Foi um momento emocional cheio de arrependimento e reconciliação”, garante.
Sobre as motivações para seguir em frente, apesar das adversidades como o risco de prisão, ela simplifica: “Os animais. Enquanto eu viver, trabalharei pela liberdade deles. E também, os outros ativistas. Estar cercada de pessoas maravilhosas e atenciosas que dedicam inúmeras horas para tornar o mundo um lugar melhor é uma inspiração constante.”
Questionada sobre o que a mantêm na luta pela libertação animal, ela explica que simplesmente porque todo mundo tem direito à sua própria vida e a viver seguro e livre da exploração. Com a experiência de quem não pretende desistir do ativismo tão cedo, Diane Gandee Sorbi dá algumas dicas para os novos ativistas: “Meu melhor conselho é se manter envolvido. Se um tipo de ativismo não der certo, tente outro. Precisamos do máximo possível de mãos nessa luta, e toda defesa da causa tem o seu valor. Faça o melhor que puder, e tente evitar criticar o trabalho de outras pessoas com as quais você pode não concordar. Se estiver interessado em resgate, participe de um treinamento. Há muitas formas de ajudar, incluindo trabalhos importantes em pesquisa e imprensa.”
Referência
Waite, Rachel. Why DxE Wednesday V: Diane Gandee Sorbi. DxE Grand Rapids (MI).
Produtor de leite diz que ativistas veganos podem arruinar a indústria de laticínios
Na sexta-feira, o ativista vegano australiano Joey Carbstrong publicou um vídeo em seu canal no YouTube em que um produtor de leite diz que os ativistas veganos podem arruinar a indústria de laticínios. Diante da situação, Carbstrong comentou: “Bem, é isso que estamos tentando fazer.”
O ativista acrescenta que o objetivo não é deixar quem atua no ramo sem trabalho, mas sim pôr um fim à exploração e ao abuso praticado contra os animais. O que significa que o melhor caminho seria migrar para uma atividade agrícola que não envolva a exploração e a criação de animais para consumo.
O fazendeiro afirma que toda “a comunidade foi construída sobre as costas de uma vaca”, e que os ativistas estão tentando destruir isso. Quando Carbstrong pergunta ao fazendeiro onde está a escolha da vaca assim que, depois de ser explorada exaustivamente, ela é enviada ao matadouro e reduzida a pedaços de carne, o homem responde: “Nós não vivemos em um mundo perfeito, camarada.”
Jill Phipps, a ativista que morreu durante um protesto contra a exportação de bezerros
Jill foi atropelada por um caminhão quando tentava atrasar o embarque dos bezerros
Na próxima segunda-feira, a ativista pelos direitos animais britânica Jill Phipps completaria 54 anos. Jill faleceu aos 31 anos quando foi atropelada por um caminhão em um protesto contra a exportação de bezerros vivos em 1º de fevereiro de 1995. Os animais enviados para os Países Baixos seriam reduzidos à carne de vitela e comercializados em toda a Europa.
Na matéria “For what cause did Jill Phipps die?”, publicada no jornal britânico The Independent em 3 de fevereiro de 1995, Bob Phipps, pai da ativista contou que na infância Jill já demonstrava um grande amor pelos animais, adquirindo o hábito de resgatar cães abandonados ou levar para casa hamsters ou testudinatas.
Aos 11 anos, Jill foi encorajada pela mãe ativista pelos direitos animais a participar de campanhas contra o comércio de peles de animais. “Ela participou de uma manifestação comigo e continuou a partir daí”, relatou Nancy. Pouco tempo depois, Jill se tornou vegetariana e conseguiu convencer toda a família a adotar a mesma filosofia de vida. Também ingressou no grupo de ação direta Eastern Animal Liberation League, filiado à Animal Liberation Front (ALF).
Por meio de manifestações, Jill e sua mãe geraram comoção o suficiente para fecharem uma fazenda e uma loja onde extraíam e comercializavam peles de animais. Em 1986, elas invadiram a fábrica de sabão Port Sunlight, subsidiária da Unilever, em Merseyside, no Noroeste da Inglaterra, para protestar contra a realização de testes em animais.
Naquele dia, as ativistas quebraram inúmeros equipamentos de informática da fábrica. Presas em flagrante, sua mãe foi sentenciada a seis meses de prisão e sua irmã a 18 meses. Jill teve sua pena suspensa porque estava grávida. Após o nascimento de Luke, Jill se dedicou bastante ao filho. Divorciada, participava de manifestações ocasionais e encontros visando sabotar caçadas, principalmente durante as férias escolares de Luke.
Em dezembro de 1994, quando um dos aviões usados no transporte de bezerros caiu matando cinco pessoas, ela comentou: “Todo esse desastre é consequência da ganância de [Christopher] Barrett-Jolly. Se ele não estivesse exportando animais vivos, esse avião não estaria em Coventry. As únicas pessoas pelas quais sinto muito são as famílias cujos parentes morreram.”
A crescente exportação de carne de vitela motivou Jill a intensificar o seu ativismo. Ela começou a fazer vigílias diárias no Aeroporto de Baginton, em Warwickshire, no início de novembro de 1994. Seu filho de nove anos, sua mãe e sua irmã frequentemente a acompanhavam. Em janeiro de 1995, ela percorreu quase 160 quilômetros de Coventry até o Westminster, em Londres, para protestar no dia 15 de janeiro, data de seu aniversário, em frente à casa de Barret-Jolly, empresário responsável pela exportação de bezerros vivos.
Idealista, Jill Phipps sonhava com a libertação animal, e tornou-se bastante popular nos protestos contra a exploração animal na Inglaterra, um sonho interrompido em 1º de fevereiro de 1995. Naquela quarta-feira, Jill Phipps fazia parte de um grupo de 35 ativistas no Coventry Airport, em Baginton, protestando contra a exportação de bezerros vivos com destino a Amsterdã.
A intenção de Jill e dos outros ativistas era fazer com que os caminhões que transportavam os bezerros desacelerassem, na tentativa de impedir que os animais embarcassem para Amsterdã. Pam Brown, uma de suas amigas mais próximas, relatou em fevereiro de 1995 à Animal Liberation Front que elas falaram inclusive de irem logo depois para casa tomarem um pouco de chá e então retornarem ao aeroporto. No decorrer da ação, Pam foi apanhada por um policial e levada para longe do caminhão. Meia hora depois recebeu a notícia de que Jill estava morta.
Durante o protesto, dez manifestantes atravessaram a barreira policial e tentaram impedir o comboio de chegar ao seu destino – colocando-se na frente dos caminhões. Nesse ínterim, Jill que corria ao lado de um caminhão, foi atropelada e esmagada pelas rodas do veículo. Seus ferimentos fatais incluíram uma espinha quebrada. Ela faleceu a caminho do hospital.
Zab Phipps, irmão de Jill, declarou em 1995 que o motorista Stephen Yates não foi responsabilizado, nem mesmo pela condução sem o devido cuidado e atenção. O Ministério Público alegou que não havia provas consistentes contra o motorista. A família culpou a negligência policial pela morte de Jill, justificando que a polícia manteve o comboio em movimento o tempo todo.
Uma testemunha disse à ALF que a polícia estava mais preocupada em proteger os negócios da empresa de exportação de animais vivos do que a segurança das pessoas. Segundo o The Independent, o inquérito diz que o motorista pode ter se distraído com outro manifestante que estava sendo forçado a se afastar do caminhão.
Um policial chegou a dizer que Jill se jogou debaixo do caminhão. A explicação foi refutada por toda a família e pelos ativistas, argumentando que Jill tinha um propósito na vida, reforçado principalmente após o nascimento do filho Luke. O que surpreende até hoje na história da morte de Jill Phipps é que havia quase 100 policiais trabalhando no local, e nenhum deles pensou na possibilidade de que uma tragédia poderia acontecer naquele dia.
As exportações de bezerros vivos pelo Coventry Airport só foram encerradas meses depois, quando Christopher Barrett-Jolly faliu após acusações de que ele estava transportando armas da Eslováquia para o Sudão, violando regras da União Europeia (UE). Em 2006, ele também foi acusado de contrabandear 271 quilos de cocaína da Jamaica.
Saiba Mais
Embora fosse boa aluna, Jill Phipps deixou a escola aos 16 anos para trabalhar no Royal Mail, os Correios da Inglaterra, seguindo os passos de seu pai Bob Phipps.
Em 2005, John Curtin lançou o documentário “Jill’s Film”, que conta a história de Jill Phipps. Com aproximadamente 40 minutos de duração, o filme inclui filmagens amadoras de Jill, a sua campanha no Coventry Airport, o seu funeral e entrevistas com familiares e amigos, além de informações sobre a cruel realidade da exploração animal.
Referências
For what cause did Jill Phipps die? – The Independent – 3 de fevereiro de 1995.
Jill Phipps – Animal Liberation Front
Ativista vegano de 12 anos tem chamado a atenção no Canadá
Daniel: “Seu corpo é o seu templo, então você precisa comer os alimentos certos”
Aos 12 anos, o estudante Daniel Bissonnette está se tornando um dos mais conhecidos ativistas veganos do Canadá. Depois de passar oito anos sendo chamado de “garoto estranho” por causa da sua alimentação livre de ingredientes de origem animal, atualmente, sempre que possível, ele viaja pelo país compartilhando suas experiências com o veganismo.
Depois de sofrer preconceito por alguns anos, na 3ª série uma de suas professoras o convidou para fazer uma apresentação para a classe, falando sobre sua alimentação e os benefícios do veganismo. “A senhora Stanley veio até mim e disse que seria uma ótima ideia. Percebi que eu tinha certas capacidades que outras crianças não tinham, certas forças que vêm da forma como me alimento”, relatou a David Bell, da CBC News.
Nem por isso Daniel se vê como melhor que as outras crianças, porém, ele declarou que por meio de uma alimentação vegana suas habilidades cognitivas estão melhores do que nunca – seu cérebro tem adquirido o combustível certo. Os três alimentos mais importantes na alimentação do garoto são mirtilo, óleo de coco e cacau. “Que é do que todo chocolate é feito. [Esses alimentos] estimulam a memória, o foco e a concentração, então você pode dar o seu melhor em um exame escolar ou em um projeto em que esteja trabalhando”, declarou.
Bissonnette, que vive perto de Vancouver, importante cidade litorânea da Colúmbia Britânica, deixa claro que seu maior objetivo é inspirar outros jovens a mudarem sua alimentação e a sentirem o impacto positivo do veganismo. “Estou realmente apaixonado por ensinar as crianças a comerem um café da manhã saudável, porque eu sei que muitas têm medo de que outras crianças zombem delas por se alimentarem assim”, comentou.
Daniel, que é vegano desde que nasceu, tem compartilhado suas experiências se pautando principalmente em uma alimentação saudável e livre de ingredientes de origem animal. Segundo ele, as crianças são muito negligentes em relação ao café da manhã, que é uma refeição de extrema importância no rendimento cotidiano. “Seu corpo é o seu templo, então você precisa comer os alimentos certos e, se seus amigos o chamarem de estranho, encontre melhores amigos”, recomendou em entrevista a David Bell.
Saiba Mais
Daniel Bissonnette tem se apresentado em eventos veganos e vegetarianos e feito o seu ativismo em canais de mídia social. Ele também publicou um livro intitulado “Daniel’s Breakfast Burst”.
Referências
http://www.cbc.ca/news/canada/calgary/daniel-bissonnette-calgary-health-show-1.3999718
http://vegnews.com/articles/page.do?pageId=9117&catId=1
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Rosa Parks: “Não é tão difícil ficar sem comer carne. [Me tornar vegetariana] Era algo que eu queria fazer”
Em 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks se recusou a obedecer ao motorista James F. Blake, quando ele exigiu que ela cedesse o seu lugar a um passageiro branco e se sentasse na seção relegada aos negros no fundo do ônibus. Por tal feito, embora não tivesse sido a primeira, ela foi presa e depois tornou-se um símbolo de resistência contra a segregação racial nos Estados Unidos.
Considerada mais tarde a primeira dama dos direitos civis e a mãe do movimento pela liberdade, ela tornou-se colaboradora de importantes líderes, como Edgar Nixon e Martin Luther King Jr. Chegou a ser considerada pela revista Time como uma das 20 pessoas mais influentes do século 20. E para além dos direitos civis, também ajudou na divulgação do vegetarianismo enquanto estilo de vida. “Não é tão difícil ficar sem comer carne. [Me tornar vegetariana] era algo que eu queria fazer”, declarou, de acordo com a organização independente Vegetarians of Washington.
Rosa, que nasceu em 4 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama, e faleceu em Detroit, Michigan, aos 92 anos, em 24 de outubro de 2005, gostava de comer principalmente brócolis, verduras, batata-doce e feijões. “Por mais de 40 anos, tenho sido vegetariana. Cresci em uma família pobre. Tive problemas de saúde muito cedo por causa da minha má alimentação. Por isso, me alimentar de forma saudável é uma prioridade para mim”, disse em entrevista à psiquiatra Judith Orloff, publicada em 2004 no livro “Positive Energy: 10 Extraordinary Prescriptions for Transforming Fatigue, Stress and Fear into Vibrance, Strength and Love”.
Rosa recebeu muitas homenagens ao longo da vida, e provavelmente as mais importantes foram o prêmio da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) e a Congressional Gold Medal, concedida pelo Congresso dos Estados Unidos, e entregue pelo então presidente Bill Clinton em 15 de junho de 1999. “Rosa Parks ajudou a divulgar o vegetarianismo. Ela era conhecida por promover a paz e a justiça. E também atribuía o seu sucesso, saúde e estamina a sua alimentação vegetariana estrita”, informou.
Referências
https://vegofwa.org/tag/famous-vegetarians/
http://www.peta2.com/blog/rosa-parks-vegetarian/
http://www.peta.org/blog/8-famous-vegetarians-might-surprise/
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Coretta King via o veganismo como uma extensão lógica da luta pela não violência
Coretta se tornou vegana em 1995 e viveu assim até os seus últimos dias
Em 4 de fevereiro de 2006, a escritora e professora estadunidense Barbara A. Reynolds, publicou no jornal The Washington Post, um artigo sobre quem era realmente Coretta Scott King, muitas vezes definida somente como a esposa do ativista político Martin Luther King. Coretta foi muito mais do que isso.
Ela própria era uma ativista desde a adolescência, e em 1995 aderiu ao veganismo, filosofia de vida que ela considerava como a mais adequada para quem passou a vida toda lutando por igualdade.
“Viajei com a senhora King, uma vegana, para um centro de emagrecimento na Flórida. Ao longo de uma semana, não comemos nada além de vegetais crus. E por anos, ela jamais se esqueceu de me enviar um cartão de aniversário”, conta Barbara.
Segundo Erin Zimmer, especialista em veganismo do portal DCist, de Washington, Coretta King, assim como o filho Dexter King, acreditava que a luta pelos direitos animais era uma extensão lógica da luta pela não violência defendida pelo marido Martin Luther King.
Para Stephanie Ernst, do portal estadunidense All-Creatures, de defesa dos direitos animais, a mudança de Coretta foi muito natural, tratando-se de alguém que teve uma vida compassiva, apaixonada e extraordinária. “Ela não era extremista, fanática – apenas uma vegana”, declarou.
Após o assassinato de Martin Luther King Jr. em 4 de abril de 1968, Coretta se empenhou em preservar o legado do marido ao liderar a construção do King Center e lutar pela criação de um feriado nacional em homenagem a ele.
“Antes de eu ser uma King, eu era uma Scott. Éramos proprietários de terras e pensadores independentes. Se eu fosse uma mulher fraca e temerosa, Martin teria sido forçado a recuar em suas campanhas. Eu trouxe não apenas o espírito de discernimento de minha mãe para o nosso casamento, mas também a força que herdei de meu pai”, argumentou em entrevista a Barbara Reynolds.
Na década de 1950, Coretta usou seu talento como cantora e realizou concertos para arrecadar fundos para as campanhas do marido. “Talvez muita gente não saiba que eu era uma ativista porque a mídia não estava me assistindo”, justificou.
Em 1942, quando ainda era uma criança, ela viu a própria casa ser incendiada por um grupo de brancos no Dia de Ação de Graças. Apesar disso, seu pai, assim como seu avô, jamais sentiu ódio ou tentou se insurgir contra os agressores. “Seu exemplo de perdão ampliou minha compreensão de que devemos ter o compromisso de usar o amor para triunfar sobre o ódio”, ponderou.
Saiba Mais
Coretta King nasceu em 27 de abril de 1927 em Heiberger, Alabama, e faleceu em 30 de janeiro de 2006 em Rosarito Beach, no México.
Referências
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/02/03/AR2006020302512.html
http://www.all-creatures.org/articles/ar-celebrating.html
http://dcist.com/2006/01/mlk_day_vegan_s.php
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