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“The Yoyo Effect”, documentário promete mostrar os equívocos das dietas ricas em alimentos de origem animal
Autor do documentário “Food Choices”, de 2016, que discute os maus hábitos alimentares associados principalmente aos alimentos de origem animal, o produtor e diretor Michal Siewierski está prestes a lançar o seu segundo documentário. Intitulado “The Yoyo Effect”, o filme vai mostrar a epidemia de obesidade que tem atingido os Estados Unidos, além dos equívocos das dietas da moda e das dietas de perda de peso como a dieta paleolítica e a dieta Atkins.
Siewierski garante que o filme contará com inúmeras evidências científicas, e promete apresentar aos espectadores estratégias equilibradas de perda de peso que são sustentáveis e que realmente ajudam a melhorar a saúde, sem riscos de rebote. “O meu objetivo é munir o espectador de informações que podem levá-lo a um caminho de perda de peso saudável a longo prazo por meio de uma mudança no seu estilo de vida”, declarou ao Veg News.
Michal Siewierski, que já foi obeso e teve sua vida completamente transformada depois que abdicou do consumo de “fast food” e de todos os alimentos de origem animal, defende que o melhor caminho é uma dieta nutricionalmente completa e baseada principalmente em vegetais. “Há uma mensagem para não veganos e veganos, já que temos também veganos concentrando suas dietas em alimentos processados e altamente calóricos [sem que haja tal demanda]”, avisa.
Entre os participantes do documentário estão o médico Neal Barnard, do Comitê Médico Para Medicina Responsável dos Estados Unidos (PCRM), o ultramaratonista vegano Rich Roll e o fundador e CEO da Whole Foods, John Mackey. O filme produzido e dirigido por Michal Siewierski foi patrocinado por financiamento coletivo.
Os perigos das dietas que demonizam os carboidratos e incentivam o alto consumo de proteínas de origem animal
Sobre as dietas de perda de peso, as pessoas usam duas abordagens que não funcionam a longo prazo. Então é claro que elas dizem que dietas não funcionam. Uma abordagem é tentar ficar sem comer e sentir fome o tempo todo. Essas são dietas de porções controladas, dietas típicas que as pessoas seguem. Não funciona porque você sente fome o tempo todo, e não se pode tolerar esse tipo de dor.
As alternativas são as dietas “torne-se um doente”. E essas são as dietas de alta proteína de origem animal, alta gordura e baixo carboidrato. Nos últimos anos surgiram muitas dietas afirmando que comer pouco carboidrato e muita proteína animal ajuda a perder peso. Tudo orquestrado por campanhas publicitárias multimilionárias e pelo endosso de celebridades [que lucram com isso]. Como resultado, a maioria das pessoas hoje associa carboidrato a ganho de peso.
Dietas com pouco carboidrato deixam você doente [um exemplo é a baixa na imunidade]. Como resultado, todo o seu corpo fica doente, [com riscos de] doenças arteriais e danos nos rins, no fígado e assim por diante. Elas aumentam a mortalidade. Isso já foi mostrado inúmeras vezes nos grandes estudos. Mas elas também o deixam doente de forma que faz você perder o apetite. A pessoa diz: “Finalmente encontre a solução!” E então você entra em cetose e perde o apetite. Como resultado, pode se sustentar sem pensar em comida o tempo todo. Porque você está doente. Essas dietas são perigosas, e as pessoas não deveriam segui-las.
Em 1973, Rob Atkins publicou seu primeiro livro no qual ele argumentava que o problema não era com a gordura, o problema não era com a proteína. Segundo ele, o problema era que consumíamos carboidratos demais. E ele defendeu este argumento. E depois, muitas outras pessoas escreveram a mesma coisa. A Dieta de South Beach é apenas uma cópia, na maior parte, da Dieta Atkins.
A Dieta das Zonas é uma cópia, e a Dieta do Tipo Sanguíneo, em muitos aspectos, também é uma cópia. Calorias Boas, Calorias Ruins, de Gary Taubes, a mesma coisa. Até mesmo Michael Pollan, devo dizer, o Dilema do Onívoro, é uma cópia. E a Dieta Paleo, tão popular hoje em dia, é só uma cópia.
São erros e fraudes em dietas comerciais com nomes diferentes, e podem cuspir diferentes argumentos sobre o porquê de aquilo estar certo, mas estão todos errados. Isso é escrito por pessoas, devo dizer, que não têm experiência nesse campo de pesquisa nutricional, e ponto. A maioria nunca publicou um artigo sequer na literatura científica.
Bem, como você sabe, as maiores mentiras do mundo são aquelas que têm um fundo de verdade. Todos sabemos disso. É uma grande tática. É verdade, concordo que devemos cortar os carboidratos, mas os carboidratos simples. Isso está fora do contexto geral. Você sabe, açúcar, farinha branca. Isso faz sentido. Neste caso, tem um fundo de verdade. Mas eles nem sempre destacam isso. Apenas dizem: low carb, low carb, low carb.
Todos querem ouvir boas notícias sobre seus maus hábitos. Então quando você diz às pessoas que elas podem comer quanta lagosta quiserem, podem comer bife com ovos, alguns incluem laticínios, outros não. Isso soa agradável para as pessoas porque parece menos restritivo. Algumas das pessoas que estão falando sobre dietas com poucos carboidratos não têm habilidades para avaliar informações científicas. Escute, esqueça o que você gosta ou não gosta. Pense no seu objetivo.
John McDougall, médico especialista em nutrição e autor do livro “The Starch Solution”.
T. Colin Campbell, bioquímico e doutor em nutrição, que estudou as implicações do consumo de alimentos de origem animal por 20 anos. Em 2005, o seu trabalho foi transformado no livro “The China Study”.
Pamela A. Popper, doutora em nutrição e fundadora do Fórum Wellness.
Excertos de depoimentos do documentário “Food Choices”, de Michal Siewierski.
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