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Avenida Paulista vai ser cenário do Encontro Vegano Junino no domingo
O evento vai ser realizado das 12h às 20h nos Salões Gran Real e Nobre do Clube Homs
No próximo domingo, 24, vai ser realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, das 12h às 20h, o Encontro Vegano Junino JMA J’adore mes amis. Realizado nos Salões Gran Real e Nobre do Clube Homs, o evento oferece em 1500 metros quadrados uma grande diversidade de alimentos tipicamente juninos – como bolo de milho, canjica, buraco quente, pamonha, feijão tropeiro, além de muitas outras opções de lanches, refeições, bebidas e sobremesas. Quem chegar às 10h, pode participar das atividades de yoga e meditação.
Além das opções alimentícias, o Encontro Vegano Junino vai contar com expositores comercializando vestuários, calçados, cosméticos, artesanatos e acessórios – tudo isento de exploração animal. Outro atrativo é que a Econudo estará no local com suas peças em inox reutilizáveis, acompanhando a tendência da abolição dos canudos de plástico.
Este ano o Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (UN Environment) elegeu como tema principal o combate à poluição plástica, e cada vez mais a população mundial está se conscientizando sobre a quantidade desnecessária de lixo produzido pela humanidade, gerando impacto negativo no planeta e na vida dos animais – que acabam ingerindo acidentalmente esses produtos que não são biodegradáveis. Como os canudos comuns não são reciclados, o Encontro Vegano JMA o baniu das últimas edições.
Em 2018, o Encontro Vegano JMA completa quatro anos. Aberto gratuitamente ao público, já recebeu cerca de 80 mil visitantes e contou com mais de 500 empreendedores, tornando-se referência no veganismo em acessibilidade. Nos encontros, o público tem uma prova de que é possível um estilo de vida baseado na ética e respeito aos animais, aos humanos e ao planeta.
Acompanhando o crescimento do veganismo no Brasil e no mundo, o evento reúne na curadoria expositores qualificados em bens e serviços veganos, ou seja, baseados em ingredientes e matéria-prima sem origem animal e também não testados em animais. O espaço sempre conta com abertura antecipada para a atividade de yoga e meditação, e presença de ONGs e protetores de animais independentes que recebem doações de ração, medicamentos, fraldas, jornais, tapetes higiênicos, cobertores e outros itens para ajudá-los nos resgates.
Serviço
Encontro Vegano JMA
Entrada gratuita
Av. Paulista, 735 – Salões Gran Real e Nobre do Clube Homs – São Paulo
Próximo ao metrô Brigadeiro
12h às 20h – Yoga e meditação às 10h
Acessibilidade com elevador
A maioria dos expositores aceita cartão
Avenida Paulista recebe Festival de Gastronomia Vegana
No domingo, dia 8, das 12h às 20h, o Festival de Gastronomia Vegana JMA J’adore mes amis vai oferecer no Club Homs, no número 735 da Avenida Paulista, próximo ao Metrô Brigadeiro, em São Paulo, um circuito gastronômico com falafel, samosa, cheesecake, bolos, comida árabe, do Congo, da Índia, do Japão e de tantos outros locais – além dos quitutes brasileiros como a coxinha de jaca verde, sorvetes com frutas tropicais, sucos diversos e até alimentos para animais. De acordo com a organização do evento, são muitas as iguarias para provar sem dor na consciência, ou seja, sem exploração animal.
Além da alimentação para consumo imediato no local ou para viagem – como leites, manteigas e queijos, todos de origem vegetal, haverá expositores de outros setores como cosmético, higiene, artesanato, decoração, vestuário, calçados, acessórios e itens para pets. Será um evento para toda a família, com abertura antecipada às 10h para yoga e meditação com Cláudio Duarte; das 14h às 15h30 a nutricionista vegana Andressa Roehrig Volpe palestra sobre “Os benefícios da dieta 100% vegetariana”; e para as crianças haverá às 17h narração de histórias com o tema “O Casarão das Gatas” com Marcya Harco, vegana idealizadora e organizadora do projeto PAZ.
Em 2018, o Encontro Vegano JMA completa quatro anos. Aberto gratuitamente ao público, já recebeu cerca de 80 mil visitantes e contou com mais de 500 empreendedores, tornando-se referência no veganismo em acessibilidade. No festival, o público tem uma prova de que é possível um estilo de vida baseado na ética e respeito aos animais, aos humanos e ao planeta.
Acompanhando o crescimento do veganismo no Brasil e no mundo, o evento reúne na curadoria expositores qualificados em bens e serviços veganos, ou seja, baseados em ingredientes e matéria-prima sem origem animal e também não testados em animais. O espaço sempre conta com abertura antecipada para a atividade de yoga e meditação, e presença de ONGs e protetores de animais independentes que recebem doações de ração, medicamentos, fraldas, jornais, tapetes higiênicos, cobertores e outros itens para ajudá-los nos resgates.
Saiba Mais
Entrada franca com atividades gratuitas
Acessibilidade com elevador
A maioria dos expositores aceita cartão
Página do evento: www.facebook.com/events/356043328138658
O aliendígena
Plebeu: “Todo mundo dizia que eu tinha criado um estilo, mas não me deram incentivo algum”
Há mais de vinte anos, Roldney Plebeu, de Paranavaí, no Noroeste do Paraná, encontrou na arte mais do que um hobby e uma profissão: uma razão existencial. Cada uma de suas telas recebe cores e formas que nascem da mistura de impressões e sentimentos. É a arte existencialista de um aliendígena, como o artista define a si e tudo que produz.
Roldney Plebeu, 42, teve o primeiro contato com o desenho e a pintura na infância. “Comecei rabiscando com caneta”, diz. Na adolescência, se tornou um artista autodidata solitário por causa da incompreensão e falta de apoio. Aos 23 anos, sentiu necessidade de amadurecimento artístico e tentou entender melhor as próprias pinturas. Anos depois, insatisfeito em Paranavaí, Roldney se mudou para São Paulo.
Na capital paulista, o artista conheceu alguns empórios, institutos e escolas de artes como a Panamericana Escola de Arte e Design. “Precisava saber se o meu trabalho pertencia a alguma corrente artística, mas apenas me decepcionei. Todo mundo dizia que eu tinha criado um estilo, que sou revolucionário da arte, mas não me deram incentivo algum”, lamenta, sem esconder a decepção.
Plebeu não conseguiu custear as despesas em São Paulo por muito tempo e logo adotou como lar um banco gelado do Terminal Rodoviário da Barra Funda, espaço que dividia com mendigos. “Eu dormia pouco nessa época. Ficava a maior parte do tempo pintando na Avenida Paulista”, relata. O destino era sempre uma viela do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp).
Lá, chamou a atenção de estrangeiros. Turistas dos Estados Unidos, Japão, Inglaterra e Israel compraram muitas de suas obras. “Um norte-americano, Joshua Rodriguez, presidente de uma fábrica de medicamentos do Texas, gostou muito do meu trabalho. Comprou até pinturas inacabadas”, garante Roldney. Convidado a se mudar para Londres, recusou a proposta para não se distanciar da mulher e dos filhos que estavam em Paranavaí.
Não demorou para os seguranças do Masp pedirem para Plebeu procurar outro lugar para pintar. Sem lugar fixo para expor as obras, o artista teve dificuldade em vender o que produzia. “Comecei a dar aula de graça para crianças de rua que eram viciadas em drogas”, explica. Pouco tempo depois, a desvalorização artística levou Roldney à depressão crônica. “Diziam que minhas obras eram complexas demais. Não consegui vender mais quase nada. Me envolvi com pichação e comecei a usar drogas”, revela o artista que abandonou a dependência química quatro anos depois e retornou a Paranavaí.
Emocionado, declara que nunca conquistou estabilidade trabalhando com arte, inclusive há períodos em que enfrenta sérias dificuldades para comprar materiais. “Pintar é uma terapia, mas é uma pena que com essa arte eu não consiga manter a mim e minha família”, desabafa o pintor que também é escultor. Plebeu manipula madeira, pedra-sabão e ferro.
O conceito aliendígena
Roldney Plebeu é um artista prolífico. Consegue produzir pelo menos 15 obras por mês. Pinta telas com extrema naturalidade, tanto que abre mão de criar esboços. “Muito do que pinto surge como uma surpresa até pra mim, é algo sem planejamento, um reflexo da maneira como eu encaro o mundo e a vida”, justifica Plebeu que materializa impressões e emoções usando pincel e tinta.
O artista é autor do estilo aliendígena de conceber arte. O neologismo é uma referência às origens de Roldney Plebeu, um sincretismo de europeu e índio. “Eu sou o aliendígena, uma mistura de etnias. Trato das diferenças em meio ao caos mundial. Cada pessoa pode interpretar como quiser”, comenta.
O conceito estético aliendígena parece carregar um pouco de brasilidade, tropicalismo, existencialismo, surrealismo e modernismo; uma arte de origem globalizada e destribalizada que aborda a heterogeneidade cultural do ser humano e descortina as dificuldades do homem em reconhecer a si mesmo diante do semelhante. É possível encarar cada pintura de Plebeu como um quebra-cabeças, tanto na forma quanto no conteúdo, inclusive os personagens do quadro são fragmentos que se encaixam tanto quanto se antagonizam.
Roldney Plebeu também trabalha com paisagismo. É uma maneira de dar novas perspectivas a um ambiente. “É como criar um mundo dentro de outro”, avalia o artista plástico que também é poeta, letrista e escreve até versos de rodeio.
Frase do artista plástico Roldney Plebeu sobre a arte aliendígena
“Em São Paulo, quando era mais jovem, mostrei meus quadros para pessoas com grande formação em arte. Achei que me dariam respostas, mas me enganei.”
Contato
Para mais informações sobre o trabalho de Roldney Plebeu, basta ligar para (44) 9832-3901