David Arioch – Jornalismo Cultural

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Você já colocou a mão dentro da boca de um porco criado para consumo?

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Fotos: Reprodução

Você já colocou a mão dentro da boca de um porco criado para consumo? Se fizer isso, você pode perceber um leve aclive. Isto porque normalmente os dentes dos leitões são removidos, serrados ou desbastados precocemente. Sim, eles nascem com oito dentes, e alguns são extraídos e outros encurtados rente à gengiva porque segundo normas industriais isso pode colocar em risco o próprio animal, a mãe durante o processo de amamentação e mais tarde aqueles com quem ele convive.

Mas se esses dentes são inúteis ou nocivos porque eles nascem com eles? Por que durante milhares de anos ninguém se preocupou em remover os dentes dos porcos selvagens? Basicamente, isso não faz muito sentido fora de uma contextualização mercadológica. Porcos não são animais estúpidos. Na realidade, eles são mais inteligentes do que cães. A verdade é que muitas vezes os dentes são removidos simplesmente porque, em algum momento, os animais podem enlouquecer e consequentemente agredirem uns aos outros, chegando até mesmo a praticar canibalismo.

Sejamos honestos, se uma pessoa vai se alimentar de porcos não vejo problema nenhum em divulgar tal informação. Que sejamos responsáveis por aquilo que consumimos, mesmo que isso signifique arrancar dentes de animais dóceis, sem anestesia e talvez até usando alicates. Então quando alguém compra bacon, pernil, bisteca, copa-lombo, pancetta, ossobuco, maminha, costela, entre outras partes, sim, está a financiar tais ações. Ademais, sabemos que a verdade é que a maioria não se preocupa, de fato, com a origem do que consome.





 

Written by David Arioch

February 6th, 2018 at 5:26 pm

Produção de bacon é uma das principais causas da matança anual de mais de um bilhão de suínos

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O bacon é a gordura subcutânea extraída originalmente das nádegas do porco após o abate. Com o tempo, passou a ser extraído também das laterais. Depois tornou-se mais usual a extração de bacon da barriga desse animal que preserva inúmeras características de seus ancestrais, principalmente a inteligência e a consciência daqueles que viviam livremente em florestas.

Como a demanda mundial de bacon é muito alta, principalmente nos Estados Unidos, onde 70% do seu consumo ocorre no café da manhã, pode-se dizer que a produção de bacon é uma das principais causas da matança anual de mais de 1,1 bilhão de suínos. No mundo todo, cerca de 23 milhões de porcos são mortos por semana, segundo a organização Animal Ethics, do Reino Unido. China, União Europeia e Estados Unidos respondem por mais da metade da morte de suínos. Em seguida, vem o Brasil.

Dos mamíferos reduzidos a alimentos e produtos, os porcos estão no topo. Mata-se no mundo todo pelo menos três vezes mais suínos do que bois e vacas, de acordo com a AE. Sem dúvida, o consumo de bacon contribui substancialmente para a morte desses seres sociáveis que nascem com aptidão para interagir e viver em grupo, e podem ser mais inteligentes do que os cães.





Piadas sobre bacon não são engraçadas

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Foto que ilustra bem a degradação animal

Quando alguém faz piada sobre bacon, não consigo rir porque a minha mente logo faz uma rápida associação com a realidade. E a realidade é a contumaz degradação de um ser vivo. Ademais, fechar os olhos para o sofrimento animal não vai fazer ele desaparecer. Muito pelo contrário, só vai ajudar a crescer, já que ele depende basicamente de conivência e omissão.

 

 





Quando não havia sorvete

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Racionamento de açúcar obrigou crianças a trocarem sorvete por cenoura (Foto: Ashwood)

Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, toda a Europa foi obrigada a tomar sérias medidas quanto ao racionamento de alimentos, principalmente de bacon, manteiga e açúcar.

À época, um fotógrafo inglês de guerra conhecido como Ashwood fez questão de registrar um momento que destoava de todo aquele cenário genocida. Na foto, carregada de beleza e inocência, três crianças comem cenouras em palitos imaginando que estão saboreando sorvetes, produto que só voltou a ser comercializado normalmente na Europa após o fim da guerra.