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Oito anos de David Arioch – Jornalismo Cultural
Desde 2009, produzo e edito de forma independente todo o material do blog
Em março de 2009, completei três anos de exercício profissional como jornalista, depois de trabalhar desde 2006 produzindo principalmente matérias especiais sobre histórias e personagens do Noroeste do Paraná. Afeiçoado a escrever sobre fatos históricos e figuras pitorescas, dentre outros assuntos, decidi modestamente criar um blog para compartilhar o meu trabalho, e sem qualquer pretensão. À época, comecei a transformar em textos algumas entrevistas que não tiveram espaço nos meus tempos de foca na mídia impressa.
Meu primeiro texto, intitulado “De Bamberg a Paranavaí”, conta a história do Frei Bonaventura, um alemão que foi enfermeiro do Exército Alemão na Segunda Guerra Mundial. Ele se tornou padre, perdeu quase toda a família na guerra, e veio ao Brasil trazendo a cunhada e os sobrinhos. Frei Bona, como era mais conhecido, dizia, com um sorriso cândido e olhar profundo “que não errou em escolher um país que tem tudo para estar entre os melhores do mundo.” Ele fundou um seminário que ofereceu boa educação para centenas de crianças e adolescentes ao longo de décadas.
Desde então, publiquei matérias e outros tipos de texto sobre assuntos que me agradavam e me motivavam como jornalista e curioso da oralidade. Ouvir pessoas foi o que mais fiz durante muito tempo, e ainda faço sempre que posso. Transformei relatos, anseios, aspirações, sonhos e ideias em quase 1,2 mil textos publicados.
Alguns trabalhos exigiram semanas de dedicação, enquanto outros, muito, muito menos. Desde o início, sempre trabalhei com seriedade, mas não me preocupava nem pensava em repercussão. Fazia isso apenas pelo prazer de ler o resultado final, e ter a certeza de que a história de algo ou alguém já não seria mais esquecida, mesmo que meu trabalho não fosse mágico como eu gostaria.
Matérias, reportagens, artigos, aforismos, opiniões, reflexões, críticas, contos e crônicas. Em menor ou maior proporção, me guiei por um universo realmente diverso. Publiquei pouco conteúdo factual, do cotidiano, e que no dia seguinte seria visto como matéria antiga ou texto velho. Me distanciando um pouco do jornalismo, passei por alguns ambientes onde a realidade vai à ficção e a ficção à realidade.
Nunca tive hora para produzir, ou melhor, para parar de produzir. Se uma ideia surgia, já anotava em um pedaço de papel ou apenas a memorizava, ansiando por transformá-la em algo, mesmo quando a cidade silenciava. Escrever por satisfação, não por obrigação, tem dessas coisas. Ainda sou assim.
Sempre dei prioridade ao que pode transparecer atemporal, porque acho que isso tem tudo a ver com uma proposta variegada de jornalismo cultural, embora possa ir além. Também divulguei a realidade dos marginalizados, o aspecto íntimo e humano de personagens anônimos, ignorados e relegados ao esquecimento. Algumas publicações cresceram e se tornaram modestos documentários.
Também me lancei como personagem em minhas histórias – crônicas e contos que remetem à minha infância, adolescência e início da fase adulta, principalmente. Ademais, assumi a forma de humanos, animais e até mesmo da chuva caudalosa. Alguns de meus trabalhos geraram bastante controvérsia, consequência natural de um processo.
A verdade é que nunca me dei bem com barreiras. Escrevo sobre aquilo que me agrada, e meu blog deixa isso às claras. O mais importante é eu estar em sintonia com o que estou produzindo. Atualmente escrevo bastante sobre vegetarianismo, veganismo e direitos animais, porque são assuntos que me interessam muito. Também me sinto motivado pelo feedback dos leitores, que normalmente compreendem e respeitam minha produção.
Além disso, estou sempre aberto a críticas e disposto a aceitar sugestões de pauta, desde que estejam dentro do que tenho me proposto a fazer. Depois de oito anos, decidi abrir espaço para que os leitores possam contribuir com o meu trabalho no meu blog independente David Arioch – Jornalismo Cultural.
Por isso, disponibilizei um botão de doação ao final de cada publicação para que os leitores contribuam, se acharem que vale a pena, me incentivando a prosseguir nessa caminhada. Muito obrigado, e que venham mais anos de blogosfera…
Saiba Mais
Atuo profissionalmente como jornalista desde março de 2006.
Contribuição
Este é um blog independente, caso queira contribuir com o meu trabalho, você pode fazer uma doação clicando no botão doar: