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Jovem vegano percorre mais de 1600 quilômetros a pé para arrecadar dinheiro para o resgate de cabras

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“Enquanto os humanos são invariavelmente complicados e esporadicamente miseráveis, não é preciso muito para fazer uma cabra feliz”

“Tudo o que sei é que, devido ao fato de que eu estava despreparado para a magnitude dessa tarefa, tem sido uma experiência que não esquecerei rapidamente” (Foto: The Tab)

O britânico Jack Mackey, de 19 anos, decidiu viajar de St. Albans, na Inglaterra, para Aberdeen, na Escócia, a pé. O motivo? Chamar a atenção e, dessa forma, arrecadar dinheiro para o resgate de cabras abandonadas, abusadas e negligenciadas.

A viagem de mil milhas, o equivalente a mais de 1600 quilômetros, foi a forma que Mackey encontrou de divulgar também o veganismo e conscientizar as pessoas sobre a importância do resgate de outros animais, além de cães e gatos. Em entrevista ao The Tab, ele explicou que não houve nenhuma preparação especial para a viagem, inclusive sua alimentação tem sido improvisada em postos de combustíveis.

A recepção tem sido bem positiva e Mackey está conseguindo atrair a atenção que desejava. “Tudo o que sei é que, devido ao fato de que eu estava despreparado para a magnitude dessa tarefa, tem sido uma experiência que não esquecerei rapidamente”, afirmou.

Desde que deixou St. Albans, a alimentação do jovem tem sido baseada em pasta de amendoim, smoothies e pães. Segundo Mackey, que começa a estudar na Universidade de Aberdeen em setembro, a inspiração para a viagem a pé também veio com a música “I’m Gonna Be (500 Miles)”, da banda escocesa de folk rock The Proclaimers.

“Tentarei arrecadar dinheiro para uma instituição de caridade que resgata cabras abandonadas, abusadas e negligenciadas, proporcionando-lhes uma um lar e uma boa vida. Enquanto os humanos são invariavelmente complicados e esporadicamente miseráveis, não é preciso muito para fazer uma cabra feliz”, enfatizou.





 

Written by David Arioch

June 1st, 2018 at 12:31 pm

Uma vida dedicada ao próximo

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Na infância, Rosinha percorria até 20 quilômetros a pé com o pai para rezar pelos enfermos

Dona Rosinha: “Desde que nasci meu pai já orava pelos outros e fazia caridade. Vem de geração em geração” (Foto: David Arioch)

Dona Rosinha: “Desde que nasci meu pai já orava pelos outros e fazia caridade. Vem de geração em geração” (Foto: David Arioch)

Chego na casa de Dona Rosinha no Jardim Ipê, como é mais conhecida Rosa Ferreira dos Santos, e o seu marido, o vigilante Cido Dias dos Santos, pede que eu entre. Sem cerimônia, diz que ela já está me aguardando. Quando me vê, a dona de casa exibe um sorriso largo e singelo e me convida para sentar em um sofá na sala.

Miudinha e ansiosa pela entrevista, Rosinha tem uma rara força e resistência, o que ela atribui à fé religiosa. Procurada toda semana por pessoas que desejam algum tipo de graça, a dona de casa diz que não é benzedeira, mas sim rezadora. “O povo chega aqui e pede pra eu rezar. Meu trabalho pra ajudar quem precisa é baseado em três orações: ‘Pai Nosso’, ‘Creio em Deus-Pai’ e ‘Salve Rainha’. São as mais fortes pra gente”, afirma.

Além de orações, muitos são atraídos pelos seus remédios caseiros para dores nas costas, gripe e bronquite, feitos há 16 e 20 anos. “Quando acontece de não vir quase ninguém numa semana eu já fico preocupada, me perguntando se minha oração ainda está ajudando. Mas depois o número de visitas aumenta e fico feliz”, comenta com simplicidade.

A cultura da oração entrou na família de Rosinha com os bisavós e desde então a família segue a tradição de ajudar quem precisa, independente de classe social. “Desde que nasci meu pai já orava pelos outros e fazia caridade. Vem de geração em geração. As pessoas me procuram bastante por motivos de doença e também pra passar em algum tipo de concurso. Muita gente já me ligou agradecendo depois. Só não sei é a minha fé que é mais forte ou a fé deles em mim”, declara sorrindo.

Ainda criança, e vivendo em um cenário que lembra a atmosfera mística do filme “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, Rosinha e os sete irmãos acompanhavam o pai em caminhadas de até 20 quilômetros para levar orações àqueles que já não podiam frequentar uma igreja, principalmente por problemas de saúde. Quando chegavam ao local, o pai e os filhos rodeavam o enfermo e oravam por horas.

“Ele era rezador de terço igual eu sou agora. Foi a herança que me deixou. Lembro que íamos tão longe que às vezes até dormíamos na beira da estrada. Meu pai e os filhos mais velhos carregavam os menores nas costas. Nunca foi homem de sair e deixar a família abandonada em casa”, destaca.

"Faço exatamente como meu pai me ensinou” (Foto: David Arioch)

“Faço exatamente como meu pai me ensinou” (Foto: David Arioch)

O relato remete aos anos 1960 e início dos anos 1970, quando a família de Rosinha vivia em cidades como São Jorge do Patrocínio, Pérola, Altônia e Rondon, nas regiões de Umuarama e Cianorte. “Morávamos em um canto, daí passava um tempo e a gente mudava, até que ficamos na residência do meu tio em São Jorge do Patrocínio. Depois arrumamos uma casa e começamos a trabalhar como boia-fria nos cafezais. O serviço mais perto exigia pelo menos quatro quilômetros de caminhada”, conta.

Após o falecimento do pai, há quase 20 anos, Rosinha continuou a tradição familiar, inclusive o trabalho de aplicar injeções em enfermos, algo que aprendeu na juventude, numa época de grande carência médica. “Quando um doente não pode sair de casa e a ajuda não chega, as pessoas me procuram. Faço exatamente como meu pai me ensinou”, justifica.

A dona de casa defende que o mais importante é fazer o bem aos outros sem esperar nada em troca. “Nem poderia ser diferente. Já alcancei tantas graças que só tenho a agradecer. Não me vejo no direito de cobrar nada de ninguém”, afirma. De acordo com a zeladora Maria Ruth Serrano, Rosinha é uma mulher atenciosa e batalhadora que possui muita força. “O trabalho dela é maravilhoso. Tá sempre preocupada com o próximo”, garante Ruth que a conhece há mais de 30 anos.

Segundo o marido Cido, o que também reafirma a solidariedade da esposa é o fato de nunca terem morado sozinhos. “Ela sempre trouxe alguém pra gente cuidar. Alguns eram parentes e outros não. Quase todos os irmãos dela já moraram com nós. Hoje cuidamos do meu pai. Torço para que ela nunca precise parar de fazer esse trabalho porque sei que é a maior satisfação da vida dela”, argumenta o vigilante.

“Nunca gostei de ficar à toa em casa”

Nascida em Salinas, no Norte de Minas Gerais, Dona Rosinha adotou Paranavaí como lar há 37 anos. “Já fiz de tudo na minha vida. Até trabalhei de doméstica e não me adaptei, retornando pra roça de café. Agora faço apenas trabalhinhos como confecção de rosários e crochê”, explica e acrescenta que atualmente a renda familiar é baseada no salário do marido e do filho.

A dona de casa, acostumada a realizar serviços manuais, foi obrigada a parar de trabalhar após o implante de um marca-passo. “Ninguém dá serviço para alguém nessa condição. Não sou aposentada. Já tentei três vezes e não consegui, nem mesmo pelo INSS. Por que os ricos se aposentam e eu não? Tem muita gente por aí aposentada sem necessidade”, desabafa.

A casa onde vive há dois anos no Jardim Ipê, e perto de uma igreja, foi conquistada com muito sacrifício, assim como praticamente tudo na vida de Rosinha. “Me empenhei para que meus filhos estudassem e hoje me orgulho de saber que se formaram na faculdade. Quando eram crianças, eu até trabalhava na escola pra garantir uma boa educação pra eles”, revela.

"Me empenhei para que meus filhos estudassem e hoje me orgulho de saber que se formaram na faculdade" (Foto: David Arioch)

“Me empenhei para que meus filhos estudassem e hoje me orgulho de saber que se formaram na faculdade” (Foto: David Arioch)

Por mais de dois anos, a rezadora fez trabalho voluntário na Santa Casa de Paranavaí. Assim que terminava os afazeres domésticos, ia até o hospital, onde dava banho e trocava as roupas dos enfermos. “Nunca gostei de ficar à toa em casa. Por isso passava horas na Santa Casa, ajudando principalmente aqueles que não recebiam visitas de parentes”, garante.

Com a proximidade do Natal, Dona Rosinha explica que está preparando um presépio feito de jornal dobrado, em forma de torre. Seguindo uma velha tradição, em vez de pintá-lo com tinta, ela vai colori-lo com carvão molhado. “Fazemos isso todos os anos e atrai muita gente. As pessoas pedem muitas orações, até quem não pode vir faz o pedido por telefone”, confidencia.

“Não tinha quase comida, só um pouquinho de arroz e feijão cru”

Aos 20 anos, quando trabalhava como boia-fria, Rosinha, acompanhada do pai e dos irmãos, percorria a pé 15 quilômetros de estrada de terra para chegar ao cafezal. Saía de casa às 5h, antes do galo cantar, quando a escuridão ainda tomava conta do lugar. “Um dia a gente tava em casa se preparando pro trabalho e não tinha quase comida, só um pouquinho de arroz e feijão cru. Minha mãe olhou nas panelas e ficou preocupada”, conta. Então sugeriu ao marido que pedisse um pouco de mandioca para o patrão, senão teriam de passar fome no dia seguinte.

No mesmo dia, às 9h, uma vizinha bateu na porta da casa de Dona Joana, mãe de Rosinha, e reclamou que seus três filhos estavam sem comer há três dias. Sensibilizada, Joana deu metade do arroz e do feijão cru já insuficiente para alimentar a própria família. Por volta do meio-dia, uma mulher desceu de um automóvel em frente à casa de Rosinha e bateu palmas, surpreendendo Dona Joana. “Naquele tempo era difícil ver carro em São Jorge do Patrocínio. Ela chamou minha mãe e mostrou um saco de estopa enorme cheio de alimentos. Tinha tanta coisa que a gente nem sabia o que era. Pra gente era comida de rico”, lembra Rosinha rindo e chorando.

Um homem que acompanhava a mulher posicionou o saco ao lado do pequeno portão da casa dos pais de Rosinha. No mesmo instante, o mais novo dos oito filhos de Dona Joana começou a chorar. Ela se desculpou e foi ver o que aconteceu com a criança. Quando retornou, a mulher não estava mais lá, nem o homem e o carro que a trouxe. “Minha mãe ficou desesperada. Queria agradecer de qualquer jeito. Ela correu toda a vizinhança tentando saber o paradeiro da mulher. Todos os vizinhos falaram a mesma coisa, que não viram carro nenhum passar por aquelas bandas naquela manhã. Então minha mãe chorou, se sentindo abençoada por Deus”, narra com olhos marejados.

Solidária, Dona Joana retirou apenas o essencial do saco de estopa e dividiu o restante com quatro famílias de boias-frias. O dia foi tão especial que até a jornada de trabalho dos que foram para o campo acabou mais cedo. “A gente sempre chegava em casa à noite, lá pelas nove horas, porque demorava pra arruar o café, mas naquele dia vimos o Sol desaparecer através da nossa janela”, relata Rosinha chorando.

“Senti mãos me pegando e me levantando”

Numa noite, Dona Rosinha sentiu tontura e não conseguiu dormir. Preocupados, o marido e os filhos a levaram para o Pronto Atendimento Municipal (PA), onde recebeu um pouco de soro intravenoso. Às 6h, a dona de casa deveria ir Arapongas, no Norte Central do Paraná, trocar o marca-passo que parou de funcionar, mas ninguém a chamou. Assim que levantou e olhou pela janela, já estava tudo claro lá fora. Então Rosinha deitou com os olhos fechados debaixo de uma lâmpada, pedindo a Deus que não deixasse nada de ruim acontecer com ela. “Senti mãos me pegando e me levantando. Fiquei com os olhos fechados porque não tive vontade de abrir. Quando fui colocada novamente na cama, abri os olhos e não tinha ninguém ao meu lado, como se ninguém tivesse entrado no quarto”, conta.

Depois a dona de casa se levantou e lembrou a enfermeira de que ela precisava ir a Arapongas trocar o marca-passo. “Veio uma equipe grande me ajudar. Na ambulância, durante toda a viagem, senti como se as mesmas mãos que não vi continuassem acariciando o lugar onde o marca-passo que não funcionava mais estava instalado. Sentia tudo, mas não via nada”, garante.

Após receber anestesia, Rosinha ficou sabendo que não havia condições de recuperar seu marca-passo, sendo necessário fazer a substituição. “Foi preciso fazer uma outra cirurgia de última hora pra trocar o marca-passo. A operação acabou tão rápido que até a equipe médica se surpreendeu. E eu ainda sentia aquela mão desconhecida no marca-passo”, assegura.

Ao final da cirurgia, a dona de casa foi avisada que precisaria de dois ou três dias de repouso para conseguir andar novamente. Surpreendendo todos, Rosinha levantou na manhã seguinte, andando por todo o quarto e se oferecendo para ajudar os pacientes deitados nas camas mais próximas. “O médico disse que nunca viu uma recuperação tão rápida. Dias atrás também tive um princípio de [acidente vascular cerebral] AVC, só que logo ficou tudo bem”, comemora com voz remansosa.

Frases de Dona Rosinha

“Seguindo as lições de meu pai e minha mãe, não consigo passar um dia sem ajudar alguém”

“Quando eu era criança, uma moça que era nossa vizinha tentou se matar. Ela tomou veneno cinco vezes e chegou até a beber soda e não morreu. Se não for a hora, não adianta insistir”

“Qualquer pessoa que aparece aqui pra eu cuidar, eu cuido, porque Deus me deu esse dom e eu sigo em frente”

Saiba Mais

Dona Rosinha, que também é procurada por pessoas de outras cidades e regiões, mora no Paraná há 53 anos. Quem quiser entrar em contato com ela, pode ligar para (44) 3045-7819.

Benzedeira já foi presenteada com carro zero-quilômetro

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Pela cura de graves enfermidades, mãe-de-santo ganhou três automóveis novos

Mãe-de-Santo segue a umbanda há mais de 40 anos

A benzedeira baiana Clarice Pereira Eurinice é umbandista em Paranavaí há mais de 40 anos. Ao longo da carreira, a médium foi presenteada com três carros zero-quilômetro em retribuição pela cura de enfermidades.

A mãe-de-santo Clarice Pereira Eurinice adotou a umbanda como religião antes de sair da Bahia para vir ao Paraná. “Desde então eu olho o tarô, jogo os búzios, benzo e resolvo problemas espirituais e materiais. O nome do meu terreiro é Senhor O Bom Jesus de Nazaré e a minha guia é a Mãe Regina de Aruanda”, explica. O guia é o espírito que a ajuda a resolver os problemas daqueles que a procuram.

Para benzer, Clarice informa que não cobra. “Sempre benzo de graça. Cobro apenas quando querem que eu faça algum trabalho que exige despesas”, conta, acrescentando que por muito tempo sofreu pelo fato das pessoas verem a umbanda como uma prática maligna.

Idéias equivocadas já levaram pessoas com propósitos criminosos a procurarem a mãe-de-santo. “Queriam que eu fizesse trabalhos para assassinar inimigos, algo que vai contra os princípios da umbanda que é fazer o bem”, frisa. Por curar graves enfermidades, a mãe-de-santo já foi presenteada com três automóveis zero-quilômetro.

Clarice Eurinice: "O princípio da umbanda é fazer o bem"

“Ganhei esses carros de pessoas que foram desenganadas pelos médicos, a enfermidade deles não era física, mas sim espiritual. Quando o problema é apenas físico, só a medicina pode resolver”, enfatiza Clarice.

A mãe-de-santo também se destaca pela habilidade em qualificar médiuns. A umbandista já formou 80. A maior parte dos discípulos exerce a atividade em outros estados e países, principalmente nos Estados Unidos.

Anualmente a benzedeira realiza doze festas que atraem aproximadamente 400 pessoas de Paranavaí e região. “Faço tudo no meu terreiro mesmo com a contribuição da comunidade. Dia 8 de dezembro sempre fazemos uma homenagem a Nossa Senhora da Conceição”, completa.

Clarice já atendeu pessoas de diversas regiões do Brasil

Clarice já atendeu pessoas de Londrina, Umuarama, Campo Mourão, Apucarana, Cianorte, Jandaia do Sul, Maringá, Nova Esperança, Alto Paraná e muitas outras cidades do Paraná. “Também já fiz trabalho para muitos de São Paulo, Cuiabá, Campo Grande, Dourados e até norte-americanos”, afirma a mãe-de-santo que obteve até reconhecimento do poder público. Há alguns anos, Clarice foi convidada a apresentar a umbanda em eventos do município.

Em dias de grande movimentação, a benzedeira atende até 20 pessoas. Caso o trabalho tenha relação com a luz branca, Clarice cobra cerca de R$ 10 por consulta, se necessário. “Se for de esquerda, não cobro menos de R$ 50. Nestes casos, sou procurada para desfazer trabalhos errados ou mandingas”, ressalta.

Toda última quinta-feira do mês, Clarice trabalha gratuitamente. “É o dia em que faço qualquer caridade, independente da dificuldade”, assinala. Nos outros dias, o preço do trabalho pode custar até R$ 3 mil. Segundo a benzedeira, para preparar um santo é exigido muito tempo e inúmeros médiuns, o que para ela justifica o valor. Para quem tem interesse em seguir a mediunidade, Clarice informa: “O primeiro passo é receber as ordens dos guias para preparar a vestimenta. Então depois de oito meses na corrente é feito o batismo e o juramento”, pontua.

Umbanda X Preconceito

A benzedeira Clarice Eurinice conta que aos 23 anos trabalhava em uma fazenda local quando foi mandada embora por ser umbandista. “Eu e minha família pegamos todos os nossos bens e fomos pra outra fazenda. Ao chegar lá também não nos aceitaram. Eu, meu marido e filhos ficamos sem ter pra onde ir”, relembra a benzedeira que mais tarde conseguiu abrigo em uma propriedade rural próxima ao Aeroporto Edu Chaves.

Segundo Clarice, foi com a renda do novo trabalho que conseguiu guardar dinheiro para comprar o terreno onde atualmente está construída a residência da família e o terreiro. “No início, era pequenininho e de madeira”, relata. Antes de ingressar na umbanda, o marido de Clarice era alcoólatra, porém, por influência da benzedeira o homem mudou de vida. “Se tornou um pai-de-santo de muita fé”, assegura. Hoje em dia, a família toda de Clarice segue a umbanda. São 14 pessoas ligadas a religião.