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Laticínios, coca-cola e o poder da indústria
Você percebe como a indústria tem poder sobre as definições dietéticas de uma sociedade quando encontra mais recomendações ao consumo de leite do que de água. Isso me fez lembrar de um episódio em que perguntei a uma mulher porque ela quase não consumia água, e ela me disse que não precisava porque a água que ela bebia já fazia parte da composição da coca-cola. Sabe como se chama isso? Uma propaganda bem-sucedida capaz de desencadear uma dependência. Imagino como os executivos da Coca-Cola não ficariam extasiados ao ouvirem alguém dizer isso.
Uma coisa que pouca gente se dá conta, quero dizer a não ser que você seja vegetariano, vegano ou tenha sido diagnosticado como intolerante à lactose, é que laticínios estão muito além de produtos óbvios como leite, iogurte, bolos, chocolates e outros doces. Se você começar a ler os rótulos dos produtos nos mercados, você vai se surpreender com a quantidade de produtos que você consome que contêm laticínios. Muitas vezes, até quem diz que não consome leite ou não gosta de leite está consumindo laticínios sem se dar conta. Faça esse teste. Quando for ao mercado, leia os rótulos de tudo que você compra. Leite está muito além do que você pensa.
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Na época da escola…
Na época da escola, lembro que nos levavam à fábrica da coca-cola, entre outras grandes indústrias que permitiam nossas visitas, mas sempre com um guia que romantizava tudo. Por que não nos levavam para conhecer a origem da carne, dos produtos lácteos e dos ovos? Matadouros, aviários, avícolas ou os bastidores da indústria leiteira… É uma pergunta retórica mesmo.
Baikal, a reação soviética à Coca-Cola
Durante a Guerra Fria, não foi apenas no campo da espionagem e da fabricação de armas que a União Soviética desafiou os Estados Unidos, mas também na produção de alimentos e bebidas capazes de diminuir a influência estadunidense. Um exemplo é o refrigerante Baikal, desenvolvido para ser a reação soviética à Coca-Cola. A ideia não era transformá-lo em um produto de consumo mundial, mas sim de redução da penetração da bebida de origem norte-americana em território russo.
A maior diferença entre o Baikal e a Coca-Cola é que o refrigerante russo é baseado em ingredientes naturais, ervas típicas, e tem um sabor peculiar e original, com leve aroma de pinho. Excetuando alguns ingredientes que variam de acordo com o fabricante, a bebida que começou a ser comercializada em Moscou em 1976 traz louro, erva-de-são-joão, sementes de coentro e raiz de alcaçuz na sua composição. O Baikal também não é tão doce. Na realidade, contém pouco açúcar se comparado à Coca-Cola.
Outra curiosidade é que o nome da bebida de coloração castanha-escura é uma homenagem ao maior lago do mundo, situado na Sibéria. Com o tempo o Baikal se tornou tão popular em algumas regiões da Rússia quanto a vodka. Hoje há uma grande variedade de sabores, inclusive versões alemãs, como é o caso da bebida Vostok. O fotógrafo Joris Van Velzen que trabalhou durante anos em Moscou também criou um novo Baikal.
Há muito tempo no mercado, o refrigerante russo é considerado um bom tônico com propriedades restauradoras relacionadas à adição de Eleutherococcus senticosus, o ginseng siberiano. Embora o ritmo de produção tenha oscilado com o passar dos anos, o Baikal ainda ocupa posição de destaque entre as bebidas carbonatadas mais vendidas na Rússia. Ele só não é indicado para quem sofre de diabetes ou precisa manter um severo controle de ingestão de líquidos. Das versões tradicionais do Baikal, que não possui ingredientes de origem animal nem relação com testes em animais, a mais recomendada pelos russos é a fabricada em Chernogolovka, no óblast de Moscou.
O Baikal pode ser comprado no link abaixo:
http://www.russianfooddirect.com/food/beverage/water-kvas/baikal/
Coca-cola foi criada por um médico e farmacêutico
Existe algo mais paradoxal do que a Coca-Cola ter sido inventada por um médico e farmacêutico que queria criar um refresco para amenizar cefaleia? E mais, John Pemberton era um estudioso e especialista em técnicas modernas de eliminação de toxinas. Pois é, a contradição nos acompanha desde sempre.