Archive for the ‘Curta-metragem’ tag
Ergástulo
Eu e alguns amigos, que formamos o coletivo de audiovisual Cinesia, produzimos recentemente um curta-metragem intitulado “Ergástulo”. Convido vocês a assistirem e compartilharem suas impressões.
Documentário apresenta os equívocos de quem usa as escrituras religiosas para defender o consumo de carne
“Nossa crença judaica é de que realmente Deus nunca fez com que comêssemos animais”
Na semana passada, o Guibord Center lançou um documentário de curta-metragem intitulado “ANIMA: Animals. Faith. Compassion”, disponível no Vimeo, que apresenta os equívocos nas afirmações de quem usa as escrituras religiosas para defender o consumo de carne. O filme conta com depoimentos de autoridades religiosas e propõe uma discussão sobre como objetificamos os animais e os reduzimos a produtos.
As perspectivas apresentadas partem de membros de 12 religiões e credos, incluindo o cristianismo, budismo, islamismo, zoroastrismo, hinduísmo, judaísmo e jainismo. No filme, a reverenda Gwynne Guibord fala que no livro de Gênesis está escrito que Deus deu ao homem o domínio sobre os animais. Porém, aponta que isso é um erro de tradução. “Deveria se ler: ‘E Deus deu ao homem responsabilidade ou intendência. Isso muda toda a noção [da frase]”, defende.
A rabina Suzanna Singer afirma que não temos qualquer necessidade de consumir qualquer alimento de origem animal. “Nossa crença judaica é de que realmente Deus nunca fez com que comêssemos animais. No Jardim do Éden, Deus nos mostra o fruto das árvores, a relva nos campos e diz: ‘Você pode comer algo assim.’ Mas Deus nunca mencionou os animais”, enfatiza.
Lo Sprague, vice-presidente do Guibord Center e uma das idealizadoras do filme, afirma que nunca houve um momento tão importante para desafiar os mal-entendidos que no passado foram usados para justificar a exploração de animais – ponderando que a compaixão é defendida por todas as religiões.
Considerando que milhões de pessoas no mundo todo tratam os animais baseando-se em suas crenças e percepções sobre outras espécies, o objetivo do filme é mudar a maneira como as pessoas interagem com os animais, reconhecendo que eles também são seres vivos sencientes e conscientes.
E se humanos fossem abatidos como animais criados para consumo?
A Peta lançou ontem em seu canal no YouTube um curta-metragem intitulado “If Humans Were Slaughtered for Meat Like Animals”, que de um lado mostra os horrores do abate de suínos (com cenas reais). Já do outro lado, apresenta uma inversão de papéis com cenas do filme “Holocaust – A Realistic Look Into slaughterhouses”, lançado pela Stretch Films em 2016 – em que um ser humano é colocado na mesma situação de um porco criado para consumo. Ou seja, recebendo os mesmos tipos de agressão. O objetivo é mostrar que talvez seja necessário nos imaginarmos na situação desses animais, para entendermos como a carne que chega ao prato do consumidor envolve privação, sofrimento e violência que antecede e culmina na morte de um ser senciente que não deseja morrer.
Canadá vai sediar o primeiro festival internacional de cinema vegano
Estão abertas as inscrições do Ottawa International Vegan Film Festival, que vai ocorrer no Mayfair Theatre, em Ottawa, no Canadá, no dia 14 de outubro. Realizado anualmente, o festival, que segue os moldes dos festivais mais tradicionais, vai ser o primeiro do gênero no mundo. Então se você tem pelo menos um filme de curta-metragem com temática vegana e legendas em inglês não perca a oportunidade de participar e motivar mais pessoas a respeitarem os animais independente de espécie.
De acordo com o organizador Shawn Stratton, sem dúvida, o objetivo é usar o festival para inspirar mais pessoas a adotarem o estilo de vida vegano, e também a motivar aqueles que já estão trilhando esse caminho. Além, claro, de inspirar mais cineastas e veganos a abordaram por meio de obras audiovisuais questões que envolvem a exploração e o respeito aos animais. “Estamos dando a eles uma oportunidade de exibir seus filmes para mais pessoas”, explica Stratton.
Os filmes de curta e longa-metragem podem ser inscritos nas categorias “defesa dos animais”, “estilo de vida’, “saúde e nutrição” e “proteção ambiental”. Os melhores filmes de cada categoria serão premiados. Também haverá premiação por voto popular. Segundo o coordenador do Ottawa Vegan Film Festival, seria muito bom se os participantes enviassem filmes com histórias autênticas que oferecem um senso de esperança em relação ao futuro dos animais. Parte do lucro do festival vai ser destinado a instituições de caridade. Todo o processo é feito online e as inscrições se encerram no dia 31 de julho. Para mais informações, acesse o site do Ottawa International Vegan Film Festival.
A vida de Seu Zé
Publiquei hoje no YouTube um curta-metragem bem simples intitulado “Seu Zé”. Gravado com o celular, conta a história do idoso José Rodrigues que divide uma casa em situação extremamente precária com a esposa na Vila Alta, na periferia de Paranavaí. Morador da Rua E, a última rua do bairro, Seu Zé tem alguns problemas de saúde, como a visão comprometida e a dificuldade para andar, consequência de um acidente que sofreu há alguns anos. Ainda assim, se esforça para tentar levar uma vida mais digna.
“Seu Zé” mostra a difícil realidade do casal, que é obrigado a se alimentar muito mal em decorrência da falta de recursos, já que a única renda deles são os R$ 630 recebidos por Seu Zé. Na residência de três cômodos, há furos por todo o telhado, tornando a casa um alvo fácil em dia de chuva. Quem assiste ao vídeo de um minuto e meio logo percebe que todo o cenário destaca a difícil e degradante situação do ex-boia-fria.
Como não há rede de esgoto, na entrada da casa há uma fossa aberta há quatro anos que já está cedendo. No geral, o idoso não tem uma boa perspectiva do futuro, mas gostaria que a sua realidade presente não fosse tão amarga. É um pequeno vídeo bem cru, inclusive não interferi no ambiente. Mostra a vida de Seu Zé em seu estado natural, sem qualquer artificialismo. Ele é o narrador da sua própria história.
Um olhar sensível sobre o homem negro
Em 1973, o ator e cineasta Zózimo Bulbul lançou o filme experimental de curta-metragem “Alma no Olho”, de 11 minutos. Na obra intimista, um olhar sensível sobre a escravidão, vemos um homem negro. Somos levados a conhecê-lo fisicamente. A câmera parte do todo para acompanhar os detalhes do seu corpo. Seu semblante, seu sorriso, o seu suor e a sua dor são tão reais e intensos quanto de qualquer outro ser humano.
No filme, uma metáfora da vida, o personagem é privado da liberdade. A alegria de viver, celebrada com música e dança, é substituída por grilhões que o impedem de existir. Sua reação é de estranheza e desespero. A princípio, a resignação o vence, mas ele desperta e resiste.
Quando ganha a liberdade, comemora, sem se dar conta de que continua preso aos grilhões da escravidão. A vida segue, e ele aceita tudo passivamente, até se dar conta de que a sua liberdade depende em primeiro lugar da sua conscientização e da sua verdadeira resistência. Então ele se liberta das correntes e segue seu caminho.
“Alma no Olho”, metáfora da escravidão e da liberdade do homem negro, é um filme que tem apenas um personagem em um mesmo cenário, que pode ser qualquer lugar, já que a escravidão e o preconceito não têm local específico para acontecer. Ademais, é esteticamente silencioso porque o barulho é despertado na mente do espectador, testemunha das ações e das emoções que guiam e dominam o protagonista.
The Herd, e se vacas fossem substituídas por mulheres?
Curta-metragem de horror mostra como os animais são explorados em benefício dos seres humanos
Um filme que mistura horror e suspense, o curta-metragem The Herd (O Rebanho), da britânica Melanie Light, convida o espectador a conhecer a realidade de um grupo de mulheres em regime de servidão, confinadas como se fossem vacas. Em um ambiente sujo e soturno, onde a pouca luminosidade acentua o desespero das prisioneiras, elas são violadas, obrigadas a fornecer até a exaustão o leite dos próprios seios.
Em uma das cenas, assim que uma jovem dá à luz, o recém-nascido é afastado dela. Presa e impossibilitada de tocá-lo, é forçada a testemunhar a criança sendo lançada em uma lata de lixo como se fosse um objeto descartável. Afinal, o que eles querem dela é apenas o leite, nada mais.
Entre gemidos e gritos agonizantes, as vítimas são punidas com choques elétricos. Agonia, medo, desespero e cólera são alguns dos sentimentos que pautam suas vidas 24 horas por dia. Mas a situação começa a mudar quando um homem abre uma das gaiolas e é golpeado com um chute. Uma das mulheres consegue rendê-lo e o mata com uma facada certeira no pescoço.
Embrutecida pela própria condição, ela recobra o seu estado normal de consciência por um momento, quando entra em prantos ao ver o sujeito convulsionando. Depois prossegue sua jornada de retaliação e mata mais um verdugo asfixiado com uma corrente. Outra prisioneira comemora, mas sente-se desorientada quando recebe as chaves da própria gaiola, provavelmente por causa da perda da própria identidade.
Atravessando espaços macabros e insólitos, a fugitiva testemunha uma prisioneira sofrendo lobotomia. Em outra sala, ela observa mulheres agindo como zumbis, despersonalizadas pela condição degradante. Mais adiante, quando se aproxima de uma adolescente para confortá-la, é surpreendida e rendida por outro algoz, até que uma companheira o mata de forma violenta, numa ação retributiva.
E assim a represália continua. Nem mesmo a funcionária responsável por sedá-las escapa da punição. Cortam sua língua, a vestem como uma das prisioneiras e a confinam em uma das gaiolas. Ainda em fuga, elas se escondem quando um empresário é levado até um dos locais onde as vítimas são violentadas.
No final de The Herd, Melanie, que mostra como os animais são explorados pelas indústrias, apresenta a finalidade do leite extraído das mulheres. Todo o material coletado é usado na produção de um creme facial rejuvenescedor chamado Lactis Vitae, O Leite da Vida, que promete hidratar e melhorar a firmeza da pele, além de reduzir rugas.
Vegana, a cineasta interpreta como seria se os animais se rebelassem, e chama a atenção para que as pessoas reflitam sobre o preço a ser pago quando financiamos indústrias que exploram os animais. E para corroborar esse argumento, os minutos finais do filme são dedicados a exibição de cenas reais de bovinos sendo espancados, arrastados e enforcados por correntes.
The Herd foi escrito por Ed Pope e traz no elenco Pollyanna McIntosh, Victoria Broom, Charlotte Hunter, Dylan Barnes, Jon Campling, Francessca Fowler, Andrew Shim e Sarah Jane Honeywell. O filme foi eleito o melhor curta-metragem do Festival Boca do Inferno 2, realizado no Brasil em 2015. No mesmo ano, recebeu prêmios no British Horror Film Festival, Celluloid Screams, London Independent Film Festival, Sounderland Shorts e Russian Annual Horror Film.
O filme foi disponibilizado pela própria autora no Vimeo
Contribuição
Este é um blog independente, caso queira contribuir com o meu trabalho, você pode fazer uma doação clicando no botão doar:
Uma lição de amor à vida
João Mariano surpreende pela capacidade de ver beleza naquilo que passa despercebido pela maioria
Lançado ontem no YouTube, o documentário João Mariano, um curta-metragem de menos de 15 minutos, produzido com um Nokia Lumia 1020, é o meu mais novo trabalho audiovisual. Em meio a muitas reflexões e lembranças, principalmente reminiscências da juventude e das tragédias familiares, o documentário mostra o estilo de vida minimalista do aposentado João Mariano.
Um senhor de 87 anos que ainda tem muita vontade de viver, apesar de tantas perdas e das limitações impostas pela idade, Mariano surpreende pela sensibilidade e capacidade de ver beleza naquilo que passa despercebido pela maioria. Sente prazer na simplicidade de existir e no privilégio de pensar com a mesma acuidade de quando era mais jovem.
Radicado em Paranavaí, no Noroeste do Paraná, desde 1955, o aposentado que trabalhou até os 84 anos relembra a infância e a adolescência no interior do Ceará. Também fala sobre a tranquila rotina e as experiências mais impactantes de sua vida. João Mariano tem uma relação especial com a natureza e a vida, e isso nem mesmo os problemas de saúde que surgiram na idade avançada são capazes de desqualificar.
O aposentado celebra a vida diariamente à sua maneira e prova que mesmo quando nos tornamos idosos ainda somos crianças e adolescentes. O maior exemplo disso é a passagem em que cita as muitas vezes na infância da década de 1930 em que o pai o chamou para balançar na rede com ele. “Era muito gostoso”, declara sorrindo como petiz o homem de 87 anos.
João Mariano diz como conheceu Clarinda, a namorada com quem fugiu para se casar em 1955, seu primeiro e único amor. Após a separação e o falecimento dela em 2008, o aposentado nunca mais se relacionou com ninguém. “Eu sinto falta dela, de ver ela. Fiquei sozinho e estou até hoje”, enfatiza sensibilizado. Se emociona ao se recordar da morte do filho José Cláudio, vítima de câncer com apenas 42 anos. “Morreu nos braços da irmã dele. Pra mim foi um choque. É uma coisa que tem hora que parece que é mentira, não uma realidade”, lamenta.
O aposentado conta ainda uma exemplar história de honestidade vivida no início da década de 1940, quando era jóquei na região de Iguatu, no Centro-Sul do Ceará. “Meu gosto mesmo era viver até 100 anos. Aproveitar bem do nosso país”, revela rindo. Em seguida, comenta que às vezes fica abalado com o fato de ter visto tanta gente partindo, já que não resta mais ninguém dos seus tempos de infância e adolescência.
Por outro lado, reconhece que estar vivo é uma vitória. Em síntese, o documentário é uma lição de amor à vida. João Mariano ensina que independente do que passamos nada deve ser mais forte do que a vontade de seguir em frente. A trilha sonora do filme é assinada pela banda finlandesa de pós-rock Magyar Posse.
Observação
Não consegui disponibilizá-lo no YouTube com a qualidade final da produção, mas creio que a perda esteja dentro do aceitável.
A diversidade cultural do cinema
2ª Mostra de Cinema de Paranavaí exibirá filmes de todas as regiões do Brasil e de Moçambique
Na sexta-feira, 7, e no sábado, 8, às 20h30, a Casa da Cultura Carlos Drummond de Andrade será cenário da 2ª Mostra de Cinema de Paranavaí (MIC) em que serão exibidos 16 filmes de curta, média e longa-metragem dos mais diversos gêneros. O evento que recebeu obras de todas as regiões do Brasil e de Moçambique é uma iniciativa da Fundação Cultural. A entrada será gratuita.
Para a primeira noite da 2ª MIC está programada a exibição dos filmes “Sonho de Valsa”, de Beto Besant, de Santo André, São Paulo; Loading 66%, de Henrique Duarte, de São Carlos, São Paulo; “Caça-Palavras”, de Pedro Flores da Cunha, de São Paulo, capital; “As Aventuras de Seu Euclides Chegança”, de Marcelo Roque Belarmino, de Aracaju, Sergipe; “Maria Ninguém”, de Valério Fonseca, do Rio de Janeiro, capital; “Foi Uma Vez”, de Renan Lima e Bruno Martins, de São Paulo, capital; “Burguesia”, de Rodrigo Parra, do Rio de Janeiro, capital; “Incelença da Perseguida”, de Silvio Gurjão, de Fortaleza, Ceará; e “Eu Não Faço a Diferença?”, de Henrique Moura, de Paranavaí.
Já no sábado, serão exibidos “A Maldição de Berenice”, de Valério Fonseca, do Rio de Janeiro, capital; “Hr. Kleidmann”, de Marcos Fausto, de São Paulo, capital; “No Oco da Serra Negra”, de Angelo Bueno, Ernesto Teodósio, Pedro Kambiwá e Otto Mendes, de Recife, Pernambuco; “Aos Pés”, de Zeca Brito, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul; “Bucaneiro”, de Juliana Milheiro, do Rio de Janeiro, capital; “Do Morro”, de Mykaela Plotkin e Rafael Montenegro, de Recife, Pernambuco; e Chikwembo, de Julio Silva, de Maputo, Moçambique.
Para o presidente da Fundação Cultural de Paranavaí, Paulo Cesar de Oliveira, o cinema brasileiro e africano está muito bem representado na 2ª Mostra de Cinema de Paranavaí pela diversidade de gêneros e também de temas que abordam desde assuntos mais simples e bucólicos até os mais controversos e subjetivos. “Escolhemos filmes que façam com que as pessoas deixem a Casa da Cultura discutindo, repensando o que assistiram”, enfatiza o diretor cultural Amauri Martineli, acrescentando que a 2ª MIC é voltada ao público com faixa etária acima de 14 anos.
Filmes poderão ser enviados a 2ª MIC até o dia 5 de setembro
Nos dias 7 e 8 de outubro será realizada a 2ª Mostra Internacional de Cinema de Paranavaí (MIC) na Casa da Cultura Carlos Drummond de Andrade. Para participar, basta inscrever algum filme de curta, média ou longa-metragem até o dia 5 de setembro, a contar da data de postagem. O objetivo da Fundação Cultural é incentivar a produção audiovisual e também dar visibilidade aos cineastas brasileiros e estrangeiros, amadores e profissionais.
Cada participante pode enviar quantidade ilimitada de trabalhos, no entanto, vale lembrar que ao se inscrever para a 2ª MIC automaticamente é repassado a Fundação Cultural o direito de exibição dos filmes, sejam para fins promocionais da mostra ou divulgação de conteúdo em eventos culturais e educativos. Também será oferecido ao público um ambiente propício a troca de informações.
Nenhum dos trabalhos enviados será devolvido, pois farão parte da videoteca da Fundação Cultural. A inscrição é totalmente gratuita, no entanto, o custeio do envio das obras é de responsabilidade dos realizadores. Os participantes precisam enviar duas cópias de cada trabalho em DVD e no formato DVD acompanhado de encarte que deve conter imagens da obra e sinopse.
Por se tratar de uma mostra não haverá prêmios em dinheiro. Porém, os dez melhores filmes de cada categoria, eleitos por uma comissão julgadora formada por profissionais ligados a comunicação social e ao cinema, receberão certificados de participação. Os trabalhos que não respeitarem o prazo de envio não serão exibidos. Informações sobre a programação e o funcionamento do festival serão publicadas em breve no site da Fundação Cultural de Paranavaí: http://www.novacultura.com.br. Para mais informações, basta ligar para (44) 3902-1128.
O regulamento e a ficha de inscrição podem ser baixados no seguinte endereço:
http://www.mediafire.com/?jm91wgadsf5gpeb