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Sobre ofensas no trânsito

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Dias atrás, descendo pela Heitor de Alencar Furtado, um caminhão invadiu a pista em que eu trafegava (Foto: Helder Shiroshima)

Dias atrás, descendo pela Heitor de Alencar Furtado, um caminhão invadiu a pista em que eu trafegava. Quando estava a poucos centímetros de bater no meu carro, comecei a buzinar e o motorista recuou. Então segui meu caminho.

Um quilômetro depois, o mesmo caminhão encostou do meu lado. O motorista abaixou o vidro e começou a falar: “Ô seu palhaço, você é um palhaço, você mesmo, seu idiota! Por que ficou buzinando lá atrás? Babaca!”

Nem abaixei o vidro, só fiquei em silêncio e mantive meus olhos na avenida. Então refleti depois: “Qual é o sentido de xingar uma pessoa que você não conhece? De ir atrás dela e abordá-la apenas com a finalidade de intimidá-la ou ofendê-la?”

Há pessoas que sentem raiva e ódio com muita facilidade. Seria interessante se elas pudessem conhecer a vida das pessoas que xingam ou ameaçam no trânsito. Acredito que pelo menos uma parcela se arrependeria desse ato impensado.

Também me questiono se pessoas que fazem isso são capazes de ter a mesma atitude enquanto andam. Por exemplo, um cara esbarra em mim e começo a tentar intimidá-lo, xingá-lo. A probabilidade disso acontecer é sempre maior quando nos sentimos ilusoriamente seguros e intocáveis atrás de um volante.

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Written by David Arioch

April 12th, 2017 at 12:09 am

Direção e fome

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Parece que a fome é capaz de deixar as pessoas um pouco mais agressivas. Por volta das 11h50, trafegando pela Avenida Parigot de Souza, vi logo mais a frente um senhor com a porta do carro aberta, então reduzi a velocidade até dar tempo dele fechá-la. Um motorista abespinhado passou do meu lado em alta velocidade, quase rasurando a lataria do meu carro. Sentindo-se o dono da razão, seguiu buzinando, como se eu tivesse feito algo de errado. Não é um relato incomum. É rotina numa cidade fleumática de motoristas famintos.

Written by David Arioch

October 10th, 2016 at 11:19 pm