Archive for the ‘ditadura militar’ tag
Será que os militares de alto escalão realmente gostam do Bolsonaro?
É apenas minha opinião, mas não acho que os militares de alto escalão realmente gostam do Bolsonaro. Eles parecem tolerá-lo, porque provavelmente veem ele como um meio para um fim, que ainda não se sabe qual é exatamente.
Mas o Mourão está aí para provar que os militares não se submetem ao Bolsonaro e já deixaram claro que têm suas próprias pautas, independente da vontade do presidente. Até porque têm seus próprios representantes no Congresso.
Acho que não é difícil perceber também que o Bolsonaro é um sujeito indisciplinado (o seu histórico militar está disponível na internet), e isso não inspira muita confiança por parte dos militares. Até me surpreendo com o fato dele ter sido militar, se bem que esteve na ativa por pouco mais de dez anos, o que é realmente pouco se tratando de alguém com 64 anos.
Tem um material raro que o Roberto Simon, diretor para a América Latina da FTI Consulting, de Nova York, divulgou recentemente que traz uma entrevista com o Geisel, que qualificou o Bolsonaro como um mau militar.
Além disso, qualquer pessoa pode ter acesso aos depoimentos do Jarbas Passarinho (ex-ministro em vários governos militares) via Google dizendo que ele nunca suportou o Bolsonaro.
E só esses dois nomes que citei são considerados dois dos mais emblemáticos do período da ditadura militar. Então honestamente não creio que Bolsonaro seja tão estimado pelos militares.
Você conhece a história do DEM?
O Democratas (DEM) é o partido com maior número de políticos cassados no Brasil, e agora ocupa a maior posição de destaque da sua história ao reeleger o Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados e o Davi Alcolumbre à presidência do Senado.
O DEM foi criado para se desvincular da sua própria história quando ainda era o Partido da Frente Liberal (PFL), que contava com 15 políticos de um total de 37 envolvidos em crimes e irregularidades, segundo a reportagem “PFL é recordista em número de escândalos”, publicado pela Folha de S. Paulo em 16 de julho de 2000.
Mais tarde, em 2007, a direção do PFL decidiu começar uma nova história sob o nome Democratas (DEM). No entanto, na última pesquisa sobre o ranking da corrupção no Brasil, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) apontou o DEM como o partido com maior número de políticos cassados – somando 69, o equivalente a 20,4% do total de políticos cassados em um período de sete anos.
O DEM é hoje o partido que está no controle das duas casas legislativas mais importantes da política nacional. Mas há um outro ponto intrigante, que é o fato de que o PFL que surgiu em 1985, ao final da ditadura militar, teve um longo legado enquanto Aliança Nacional Renovadora, partido mais conhecido como ARENA, e que foi fundado em 1965 para atender aos interesses dos militares que ocupavam o poder.
A ARENA tinha Sarney e Maluf entre seus membros, e foi o partido mais influente da política brasileira por um longo período (de voto de cabresto), conseguindo ocupar a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados em quatro eleições consecutivas, assim contendo e lidando facilmente com a oposição em tempos de política bipartidarista. Parece que a história se repete…
Passagem do livro “Infância Roubada: Crianças atingidas pela Ditadura Militar no Brasil”
Há um documentário chamado “O Dia que Durou 21 anos”
Há um documentário chamado “O Dia que Durou 21 anos”, do Camilo Galli Tavares, de 2013, inclusive recomendo, que é sobre o período da ditadura militar. Nesse filme um general é questionado sobre como seria a implantação do “regime militar” hoje. Ele enfatiza que para fazer a ditadura acontecer não seria preciso matar, torturar ou violentar ninguém, já que vivemos na era da guerra da informação. O general deixa subentendido que a implantação desse “regime” seria feita de forma silenciosa, e com a conivência da própria população que, imersa em um cenário de dúvidas e descrença, não resistiria, muito pelo contrário, agradeceria; mesmo sem ponderar as implicações desse incentivo que custaria a democracia e a liberdade em diversos aspectos.
Se alguém tivesse me falado há 15 anos…
Se alguém tivesse me falado há 15 anos que chegaria um dia em que os brasileiros votariam em massa em um cara que não apenas vê a ditadura militar como um período lindo, mas que além disso fez apologia à tortura, disse que não veria problema em matar 30 mil pessoas para mudar o Brasil, e que homenageou o maior torturador da história moderna brasileira, eu nunca acreditaria. Juro mesmo.
Honestamente, não consigo ver da mesma forma diversas pessoas que votaram e vão votar nesse cara outra vez, ainda mais porque são pessoas que conheço e sei que sabem quem foi o Ustra e tudo que o Bolsonaro já disse a respeito do assunto. A tortura é inadmissível até mesmo contra os piores criminosos condenados à morte em países de “Primeiro Mundo”, vide Estados Unidos. Isso é uma prova de que devemos ser melhores, não piores. Inclusive sou contra a pena de morte.
Eu gostaria que essas pessoas que acreditam na violência como solução para os nossos problemas assistissem um filme do Werner Herzog chamado “Into the Abyss”, sobre a pena de morte, que me fez admirar ainda mais esse cineasta alemão. Não somos bárbaros para endossar tortura. Nada resta se assim como criminosos legitimamos o desrespeito à vida.
“Brasil: Nunca Mais”, um livro que não deve ser esquecido
O livro “Brasil: Nunca Mais” foi lançado em 1985 por dom Paulo Evaristo Arns, quinto arcebispo de São Paulo, e pelo pastor presbiteriano Jaime Wright. A obra é baseada em informações coletadas em mais de um milhão de páginas de 707 processos do Superior Tribunal Militar. E a partir daí, dom Paulo Evaristo, o reverendo Wright e mais 30 pesquisadores mostram a dimensão da repressão política no Brasil dos tempos da ditadura militar.
No livro, é apresentado como funcionavam as agências de investigação, quem eram os principais perseguidos, como eram feitas as prisões e expõe as técnicas de tortura contra presos políticos. Há dados reveladores sobre violência física e psicológica aplicada contra crianças e gestantes. “Brasil: Nunca Mais” foi a primeira obra a denunciar essas práticas.
Entre os principais colaboradores do projeto estavam os advogados Eny Raimundo Moreira, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luís Carlos Sigmaringa Seixas e Mário Simas, os jornalistas Paulo Vannuchi e Ricardo Kotscho, além de Frei Betto, a socióloga Vânya Santana e a historiadora Ana Maria de Almeida Camargo. Durante o processo de produção do livro, a equipe teve de mudar de local várias vezes por medidas de segurança. A obra informa que a tortura no Brasil durante o período da ditadura militar foi colocada em prática por 444 torturadores.
No prefácio do livro, dom Paulo Evaristo diz que a tortura é o meio mais inadequado para levar-nos a descobrir a verdade e chegar à paz: “É com penitências, pois, que encaramos este livro. Ele não pretende ser meramente uma acusação, mas sim um convite para que todos nós reconheçamos nossa verdadeira identidade através das faces desfiguradas dos torturados e dos torturadores.”
Sem oposição à ditadura, você não poderia votar para presidente hoje
Após a ditadura, o direito ao voto para presidente, o surgimento das Diretas Já, foi uma conquista baseada em oposição e luta. Sendo assim, qual foi a contribuição ao processo democrático das pessoas que apenas seguiram suas vidas nos tempos da ditadura militar? Elas simplesmente não contribuíram nesse processo. Quem diz que a ditadura foi uma maravilha deixa claro que não era opositor, e nessa ausência de oposição você confirma que não é graças a você que temos o direito de votar para presidente hoje.
Alencar Furtado: “Tive a desventura de viver sob a inclemência de duas ditaduras”
Tive a desventura de viver sob a inclemência de duas ditaduras: a do “Estado Novo” e a de “1964”. Uma, recebeu um nome; a outra, recebeu um número. Ambas fascistas. Soberbas. Plenipotenciárias. Como é da natureza das ditaduras que, sem essas desqualificações, não seriam ditaduras. Deus concedeu-me a ventura de combatê-las. Nas ruas. Na universidade. No Centro de Estudos e Defesa do Petróleo. Na tribuna forense. No Parlamento Brasileiro. Ou no MDB do GRUPO AUTÊNTICO, que travou uma das mais belas lutas políticas deste país.
Uma ditadura é, no mínimo, uma calamidade. Duas, já são uma tragédia. É que as instituições democráticas se vergam sob o vendaval das arbitrariedades. A mídia, vira instrumento de alienação de consciências. A força, sobrepõe-se ao direito. A liberdade é sufocada e proibida. A cultura, fica dirigida. O Parlamento se dobra, ajoelhado, e o Judiciário deixa de ser Poder e passa a obedecer a vontade e os caprichos do ditador.
Enfim, é o terror tocando no futuro, castrando gerações. As ditaduras torturam ou matam opositores, dispondo dos bens e da vida dos que não lhe são gratos. Entre nós, após mais de 20 anos de autoritarismo pleno, o soba tupiniquim é anistiado de todos os crimes, tem assegurados seus direitos políticos, gozando ainda de proteção policial, de veículos, funcionários, e uma pensão vitalícia do presidente da República.
É que tivemos uma abertura democrática negociada, sob a mira dos arsenais da ditadura. E muitos querendo ainda servi-la com benesses injustificadas. A minha geração foi de muita vibração cívica, nas refregas políticas e sociais. Derrubou ditadores; conquistou direitos; lutou, lá fora, contra o nazismo; defendeu as liberdades, reconquistou a democracia, abatendo-se, por isso mesmo, sobre ela todos os flagelos do arbítrio. Foi a luta de toda uma geração que se doou exemplarmente.
Quando do chamado “Estado Novo”, era eu estudante no Ceará. No reinado da ditadura de 1964, eu já residia no Paraná, Estado que me acolheu como seu filho, honrando-me com um mandato de deputado estadual e três outros de deputado federal. Por ter, como líder da Bancada Federal do MDB, denunciado pela televisão as torturas praticadas pelo governo, tive o meu mandato cassado pelo ditador Ernesto Geisel.
A cassação de mandatos era um ato imperial, inapelável e brutal praticado por um sujeito que se achava um semideus. Tanto podia ser uma vindita contra quem, como eu, denunciava tortura e investigava as multinacionais, ou um ato de amor a correligionário, como foi o caso da cassação do mandato de cinco deputados do Rio Grande do Sul, para fazer uma conta de chegar, na Assembleia Legislativa daquele Estado, que desse para eleger, por via indireta, o coronel Perachi Barcelos, governador gaúcho.
O ditador era amigo do candidato indicado. Não precisava de credencial maior. Era a ditadura bastando-se. Cobrindo-se de ridículo com atuação escandalosamente aética. As vicissitudes permearam a minha vida pública. Obtive vitórias e sofri derrotas nos episódios vividos. Levei a minha vida pública na oposição aos governos. Nada de mais. O homem nasce gritando, esperneando, já fazendo oposição. Não é como o feijão, que nasce curvo ou de joelhos, se joelhos tivesse.
O importante é que concorri, de algum modo, para a redemocratização do país. Demérito não é perder eleição. Demérito é não disputar ou omitir-se, podendo agir. Demérito é não ser, podendo ser.
Páginas 189, 190 e 191 do livro “Um Pouco de Muitos – Memorizando”, de autoria do ex-deputado federal Alencar Furtado, publicado este ano. Atualmente ele tem 92 anos e me presenteou com um exemplar do seu novo livro de memórias recém-lançado.
Contribuição
Este é um blog independente, caso queira contribuir com o meu trabalho, você pode fazer uma doação clicando no botão doar:
A contradição de clamar por democracia sendo antidemocrático
Vejo muita passionalidade envolvida, e muitas vezes me parecem armadilhas do ego e da vaidade
Esses dias, testemunhei na internet um camarada sendo chamado de “comunista”, no sentido mais pejorativo do termo, aquele que hoje povoa o ideário comum, porque publicou um vídeo mostrando um general da época da ditadura militar impedindo um jornalista de exercer a própria função. Esse sujeito que o ofendeu com palavras baixas e declarou que o camarada deveria ser fuzilado por ser “comunista” é um exemplo de uma efervescência perigosa e sem precedentes que tenho visto na internet.
Primeiro porque o camarada não é “comunista”. Ainda assim, tentei entender o posicionamento do rapaz, mas foi impossível porque ele vive uma estoica contradição – uma pessoa que diz estar lutando pela democracia e ao mesmo tempo se coloca no direito de dizer que muitos brasileiros deveriam ser deportados ou fuzilados porque não pensam como ele. Me refiro a alguém que entra na internet para impor sua opinião de forma agressiva em páginas de pessoas com quem não partilha as mesmas ideias.
Penso que se não sou seu amigo e entro na sua página para comentar algo sem ser convidado, devo pelo menos ser educado e defender o meu posicionamento de forma ponderada e lúcida – o mínimo que se pode esperar de um ser humano que deveria respeitar o outro tanto quanto respeita a si mesmo. Não é correto invadir um perfil pessoal no Facebook para impor nada, até porque esse espaço pode, porém não precisa ser democrático. Ninguém tem o direito de fazer isso, independente de qualquer coisa.
Sinceramente, não há como negar que comportamentos como o do rapaz citado têm relação direta com a indigência cultural, já que generalizações e ofensas costumam ser usadas com mais frequência por pessoas que não são capazes de argumentar ou defender um ponto de vista sem apelar para clichês ou estereótipos. O sujeito que ofendeu esse meu camarada trabalha como instrutor em uma academia onde paro em frente quase todos os dias quando o sinal vermelho do semáforo está acionado.
Já o vi algumas vezes rindo e fazendo brincadeiras com alunos e colegas de trabalho, o que torna tudo mais chocante porque mostra como um ser humano aparentemente pacífico pode na realidade esconder uma faceta agressiva e tirânica, o que é interpretado por estudiosos do comportamento humano como sinais de sociopatia.
Acho válido citar também pessoas mais próximas que conheço há muito tempo e que presenciei e ainda presencio defendendo discursos de ódio em mídias sociais. Posso dizer que não é fácil olhar para a pessoa e não associá-la ao que li na internet. A vida segue, mas um resquício de fel na boca persiste.
Vejo muita passionalidade envolvida, e muitas vezes me parece armadilha do ego e da vaidade, aliada a uma visão canhestra do mundo; até um anseio jactante e quase totalitarista de redefinir o que é certo e errado. É incrível como nos deparamos todos os dias com pessoas hostilizando alguém. Tudo isso porque não foram preparadas para lidar com as diferenças, e acho que esse é um problema que surge na infância e adolescência.
Diariamente encontramos pessoas querendo moldar o mundo e as pessoas à sua maneira, o que não significa que seja algo basicamente ruim, já que no fundo todos fazemos isso de algum modo. E claro, muitas coisas nesse sentido podem ser realmente positivas. No entanto, a preocupação surge quando as negativas se sobrepõem, porque aí o respeito é relegado à farelagem e o ser humano deixa de ser humano.
Há diferenças entre viver na época da ditadura e entendê-la enquanto poder político
Analfabetismo no Brasil da década de 1960 chegava a 60 e até 70% em muitos estados
Me sinto deslocado quando encontro pessoas enaltecendo a ditadura como se tivesse sido um período majestoso e edênico. “Meu pai, minha mãe, meu avô, minha avó, meu tio, minha tia e tantos outros contam que só apanhava na época da ditadura quem era bandido”, dizem muitos.
Francamente? Todo mundo tem alguém na família que diz isso e não é algo que me surpreenda porque interpreto de uma forma completamente diferente. Eles não reclamavam e ainda não reclamam da ditadura porque na realidade não se importavam muito com os rumos da política brasileira. Também gozavam de pouco entendimento sobre as responsabilidades de se viver em sociedade.
O individualismo naquela época já era uma coisa aberrante e foi exatamente isso que fez com que a ditadura perdurasse por 21 anos no Brasil. Ademais, tinha uma face sombria e uma néscia. A sombria era encampada por aqueles que se beneficiavam do sistema político vigente, e a néscia era a dos menos instruídos ou incultos que tinham linha de raciocínio azêmola e solene, e por assim dizer até macabra de que “se o governo não me incomoda, tudo está perfeito, mesmo que pessoas morram à minha volta”.
A verdade que vejo pouca gente divulgando nos debates sobre o assunto é que nos tempos da ditadura militar havia uma grande massa de pessoas que não se importavam realmente com a democracia ou a liberdade de expressão. Muitos nem sabiam o significado dessas palavras, o que é aceitável, levando em conta que o analfabetismo no Brasil da década de 1960 chegava a 60 e até 70% em muitos estados, segundo o IBGE.
Por isso grande parcela da população brasileira da atualidade não teve e não tem familiar que foi perseguido nessa época, o que é muito normal, levando em conta que quando a ditadura chegou ao fim o Brasil contava com mais de 136 milhões de pessoas. E tudo isso pode ser usado para reforçar o discurso falseado de que só os “piores cidadãos” eram perseguidos pelos militares. A mim. isso significa algo bem simples. O que veio depois não foi graças ao esforço da maioria, o que na minha modesta opinião endossa mais ainda as histórias de luta de quem seguiu na contramão da obviedade.
Pondero que ter vivido na época da ditadura e tê-la compreendido na essência são coisas completamente diferentes. Conheço muitos idosos que a enaltecem, inclusive da minha família, mas esses não desempenhavam atividades intelectuais, culturais, artísticas ou econômicas que pudessem ser cerceadas. Sendo assim, considero no mínimo incoerente citar um familiar que pouco ou nada contribuiu para os rumos da democracia no Brasil, mesmo que não exercida na sua plena funcionalidade.
Em Paranavaí, no Noroeste do Paraná, tivemos até obras musicais e poemas censurados no Festival de Música e Poesia de Paranavaí (Femup), principalmente nas décadas de 1960 e 1970, porque o Dops suspeitou que havia conteúdo subversivo nos trabalhos enviados, o que não era verdade. E são pessoas que qualificam a ditadura militar como revolução que falam mal de ditadores. Ou seja, um entranhado e estrambólico paradoxo.
Além disso, acredito que embora o Golpe de 1964 tenha sido colocado em prática como uma promessa de transformar o Brasil em um país do futuro, o que ele fez foi instituir uma retrógrada forma de colonialismo baseada em relações de trabalho fundamentadas no barateamento e precarização da mão de obra, o que já acontecia na Europa e nos Estados Unidos na década de 1920.
Ou seja, inspirados na velha Doutrina Góes Monteiro, da Era Vargas, os generais fizeram com que o Brasil evoluísse sim em industrialização, não tenho dúvida disso, mas um progresso que a exemplo de outras versões beneficiou a menor parcela de brasileiros.
Contribuição
Este é um blog independente, caso queira contribuir com o meu trabalho, você pode fazer uma doação clicando no botão doar: