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Casal de idosos recebe uma grande ajuda na Vila Alta

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Esse tipo de sensibilidade é cativante e faz todo e qualquer esforço valer a pena

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Dona Neide e Seu Juvenal com algumas das doações (Foto: David Arioch)

Hoje passei algumas horas na Vila Alta, na periferia de Paranavaí, e visitei o Seu Juvenal e a Dona Neide, o casal que se tornou tema de uma matéria minha porque precisavam de ajuda para a substituição de um precário telhado. Devo dizer que o resultado tem sido muito melhor do que eu esperava.

Além de conseguirmos todas as telhas graças à doação do senhor Carlos Gomes, uma excelente pessoa que ainda se ofereceu para custear as despesas com mão de obra, recebemos contribuições muito boas em dinheiro da dona Sueli Takahashi, do Ministério do Trabalho, uma senhora extremamente atenciosa e carinhosa; e também do meu amigo Sobhi Abdallah, um grande parceiro de longa data – e sem dúvida uma das melhores pessoas que já conheci em Paranavaí.

Outra pessoa que ajudou muito e por quem tenho grande estima é o Gugu Ditzel, da Vida Farma, que foi até a casa do Seu Juvenal e da Dona Neide entregar medicamentos e deixar claro que eles nunca mais vão precisar comprar remédio. Gugu também levou cesta básica, pagou as faturas de energia elétrica e água do casal e se dispôs a continuar pagando.

Agora a meta é comprar o forro e tenho certeza que nos próximos dias essa parte também vai ser concluída. Outras pessoas têm me ligado para contribuir e acredito que boas novas cheguem até a semana que vem. Também destaco o interesse do meu amigo Felipe Figueira que sensibilizado tem acompanhado a situação do casal e já deixou claro que sua doação está garantida na aquisição do forro.

Sei que todos que ajudaram não fazem questão nenhuma de aparecer, mas acho importante e justo citá-los porque não é fácil encontrar pessoas dispostas a ajudar hoje em dia. Esse tipo de sensibilidade é cativante e faz todo e qualquer esforço valer a pena. Outro presente foi ver a expressão de felicidade no rosto do Seu Juvenal e da Dona Neide, pessoas humildes e batalhadoras que não merecem passar por tantas dificuldades numa fase da vida em que deveriam estar descansando confortavelmente.

Dona Neide me confidenciou que mal tem conseguido dormir. “Nunca esperava que um dia a gente fosse receber tanta ajuda assim de repente”, comentou emocionada. Só tenho a agradecer a todos esses ótimos seres humanos que conheço e aqueles que conheci através desse episódio. Se não fosse por essas pessoas, meu trabalho não valeria a pena, seria isento de valor, e talvez não existisse.

Conheça a história do casal

//davidarioch.com/2016/04/25/casal-de-idosos-precisa-de-ajuda-para-comprar-um-novo-telhado/

Casal de idosos precisa de ajuda para comprar um novo telhado

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Há aberturas por onde a chuva invade molhando quase todos os cômodos da casa

Casal não tem condições financeiras para resolver o problema (Foto: David Arioch)

Casal não tem condições financeiras para resolver o problema (Foto: David Arioch)

No sábado passei uma parte da tarde conversando com o aposentado Juvenal Ferreira e sua esposa Dona Neide, moradores da Vila Alta, em Paranavaí. O conheço já tem alguns anos, desde que ele aceitou participar de dois dos meus documentários sobre a realidade da periferia.

Mais uma vez fui muito bem recebido. Seu Juvenal que sofre de uma infecção cutânea grave chamada erisipela fez questão que eu registrasse que ele não tem queixas a fazer sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e Programa Saúde da Família (PSF). Confidenciou que duas vezes por semana recebe visitas de três gentis enfermeiras, além do atendimento humanizado de uma médica.

Seu Juvenal sofre em decorrência de uma grave infecção cutânea (Foto: David Arioch)

Seu Juvenal sofre em decorrência de uma grave infecção cutânea (Foto: David Arioch)

“Se não fosse por elas talvez eu já tivesse perdido pelo menos uma perna. Não tenho do que reclamar do serviço público de saúde. Teve até uma época que me visitavam todos os dias”, comenta Seu Juvenal que não consegue mais andar porque seus pés e pernas incharam demais desde que contraiu a doença há alguns anos.

Ainda assim ele se esforça para fazer “bicos” na pequena oficina contígua à residência, onde conserta panelas e outros utensílios domésticos, trabalho que desempenha em parceria com a esposa também aposentada. Vivendo com salário mínimo, os dois têm enfrentado muitas dificuldades porque as despesas aumentam a cada dia. “Só uma das pomadas que preciso comprar pra passar nas pernas dele está custando de R$ 20 a R$ 30. E depois de três passadas o tubo já acaba”, garante Dona Neide.

Sem dinheiro, o casal está enfrentando mais um problema. A casinha onde vivem na Rua das Ameixas, construída em 2011, está com o telhado comprometido e, além dos buracos, há aberturas por onde a chuva invade molhando quase todos os cômodos da residência.

“Se conseguíssemos mil reais já seria de grande ajuda pra comprar um telhado novo”, garante Dona Neide. No entanto para a substituição integral são necessários quase R$ 2 mil. Outro problema que percebi é que não existe forro em nenhum dos cômodos da casa. Quem quiser ajudar o casal pode ligar para (44) 9909-2513.