David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

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Cartas que recebi de estudantes sobre a exploração animal

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Foto: David Arioch

Na foto, algumas das cartas que recebi de mais de 20 estudantes da área rural de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo. Fui escolhido como ativista para me corresponder com eles sobre a realidade da exploração animal. Ainda não li todas, mas já me surpreendi com a sensibilidade e inocência deles. É uma honra participar desse projeto a convite do professor e escritor Antonio Neto. No decorrer da semana vou produzir e publicar um texto sobre isso em meu blog.





Um convite animador

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Eles vão enviar cartas para um ativista para relatar esse trabalho (Foto: Reprodução)

Um amigo que é escritor e professor no Espírito Santo entrou em contato comigo me contando que vai fazer um trabalho com estudantes de 13 a 16 anos sobre hábitos e práticas que tratam os animais com crueldade. Depois disso, eles vão enviar cartas para um ativista para relatar esse trabalho e o que eles aprenderam com isso. Eu fui escolhido para me corresponder com essa garotada. São alunos da zona rural de uma cidade pequena, e muitos deles ainda preservam um espírito infantil e inocente, segundo o meu amigo. Fiquei feliz com isso.





Minhas reportagens em projeto de incentivo à leitura

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Inclusão das reportagens no projeto foi feita pelo escritor e professor Antonio Neto (Fotos: Reprodução)

Ontem, fiquei muito feliz ao saber que as minhas reportagens “Sou prostituta sim, acompanhante não” e “Latinha, infância fragmentada pelo crack?” estão sendo usadas no projeto Descobrindo o Ato de Ler o Mundo, de incentivo à leitura, de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, por sugestão do professor e escritor Antonio Neto. O trabalho é desenvolvido com estudantes do último ano do Ensino Médio. Incrível como a textualidade é capaz de transpor fronteiras. Em breve sai reportagem sobre o assunto no meu blog.

As duas reportagens estão nos links abaixo:

//davidarioch.com/2013/02/07/sou-prostituta-sim-acompanhante-nao/

//davidarioch.com/2011/07/13/latinha-infancia-fragmentada-pelo-crack/

Memorial do Alto Tietê, um manifesto de tudo que somos

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Sem melodrama, Antonio Neto emociona e faz refletir sobre a difícil realidade dos jovens da periferia

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Memorial do Alto Tietê é uma obra sobre a vida, a importância de sentir a própria existência (Imagem: Divulgação)

Em Memorial do Alto Tietê, o escritor paulista Antonio Neto, radicado em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, é autor e personagem em fragmentos bem estruturados que versam sobre várias etapas da sua vida, mas principalmente a infância. Sem precisar decair para o melodrama, emociona e ao mesmo tempo faz refletir sobre a difícil realidade dos jovens da periferia. A partir de histórias curtas, cândidas e ao mesmo tempo analíticas, o autor desvela a hipocrisia de uma sociedade mergulhada em pré-conceitos e preconceitos.

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Em junho de 2015, Antonio Neto me convidou para escrever o prefácio do seu livro de crônicas (Fotos: David Arioch)

E faz tudo isso num misto de criança e adulto norteado pelo requinte literário, descritivo e memorial. O grande diferencial de Antonio Neto subsiste na simplicidade da linguagem, no ato de se lançar como um espírito livre, na apresentação dos acontecimentos e das impressões de que um passado distante não está tão longe assim se o leitor observar o que acontece nas periferias das pequenas e grandes cidades, onde a vida acontece em um ritmo diverso, adverso e peculiar.

A relação de afeto com a família, os amigos e as coisas da nostalgia humana são costuradas sob uma perspectiva que permite uma compreensão universal. O peso de algumas histórias é contrabalanceado com a leveza de outras. O autor também evidencia e celebra a maturidade humana ao olhar para o passado com uma sensibilidade peculiar, sem nutrir rancor, amarguras ou desprezo.

É justo e essencial dizer que Memorial do Alto Tietê é um livro sobre a vida, a importância de sentir a própria existência, se arriscar e aceitar que o ser humano pode tanto ser resultado de um meio quanto da realidade, talvez até onírica, que cativa dentro de si mesmo. Se apresenta como um manifesto de tudo que somos e podemos ser se nos apegarmos ao que nos move e nos comove.

Nas 19 crônicas da obra, Antonio Neto se entrega em extensão, convida o leitor a mergulhar no passado, sentir a própria essência, se enxergar sem melindre, aprender a conviver com as alegrias, as tristezas, as perdas, as realizações e as decepções. Tudo isso se soma num convite atemporal para o ser humano se esforçar em semear a empatia e entender que o que somos hoje não merece ser dissociado do que fomos no passado. A vida deve ser vivida e celebrada em aceitação. O livro está à venda na livraria da Editora Penalux (editorapenalux.com.br/loja) por R$ 32.

Saiba Mais

Em junho de 2015, o premiado escritor Antonio Neto, que conheci durante o bate-papo com autores no Festival de Música e Poesia de Paranavaí (Femup) de 2014, me convidou para escrever o prefácio (disponibilizado integralmente logo acima) de “Memorial do Alto Tietê”. Foi uma grande e feliz surpresa. Afinal, é muito gratificante ser convidado a produzir o texto de abertura de um livro, até porque essa missão só é dada a alguém em quem confiamos a compreensão de nossos sentidos literários. Além disso, o que corrobora mais ainda tal importância é o fato de que é hábito antigo do leitor o ato de ler o prefácio antes de mergulhar na obra. Antonio Neto, muito obrigado pelo convite e confiança!

“É Nóis Cinco”: entreter para informar

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Grupo de humor usa bonecos gigantes para oferecer entretenimento e ao mesmo tempo informação

Bonecos criados pelo grupo tem quatro metros de altura (Foto: Amauri Martineli)

Bonecos criados pelo grupo têm quatro metros de altura (Foto: Amauri Martineli)

Além de trabalhar com shows de humor, palestras, oficinas e publicidade, a trupe “É Nóis Cinco” está apostando também na criação e no uso de bonecos gigantes como meio de oferecer entretenimento e ao mesmo conscientização sobre assuntos importantes.

Em Paranavaí, é difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar do grupo “É Nóis Cinco”, conhecido por seus espetáculos paradoxais que misturam o humor das ruas, baseado na realidade, a elementos surreais, nascidos do improviso.

Desta vez, a trupe formada por Aleks Alves, Moacir Barini, Antônio Soares, Márcio Cândido e Amarildo Travain está investindo na criação de fantoches grandes. “Já fizemos cinco. Foi um trabalho que levou dois meses para ser concluído”, revela o artista Márcio Cândido. Os bonecos gigantes chamam a atenção não apenas pelos quatro metros de altura, mas também, e principalmente, pela riqueza de detalhes; é impossível não identificar as feições dos membros da trupe em cada um daqueles personagens caricatos.

"É Nóis Cinco" mistura humor das ruas a elementos surreais (Foto: Arquivo)

"É Nóis Cinco" mistura humor das ruas a elementos surreais (Foto: Arquivo do grupo)

Embora tenham usado basicamente isopor, madeira e ferragens na composição, o que se vê são figuras tão realistas e próximas da arte popular que a simpatia com os bonecos surge à primeira vista. Além disso, os fantoches da trupe também remetem aos clássicos bonecões do folclórico carnaval de Olinda, em Pernambuco.

“As ferragens foram trabalhadas de modo a termos todo o conforto necessário na hora de manipular os bonecos”, relata o artista Aleks Alves. Os fantoches gigantes podem ser interpretados como um grande apelo visual do grupo para assuntos sérios. “Criamos eles enormes pra realmente chamar atenção. Assim podemos usá-los para trabalhar com campanhas de conscientização, tratar de assuntos importantes de forma descontraída”, revela Márcio Cândido, referindo-se a especialidade do grupo.

A trupe acrescenta que os bonecos estarão disponíveis para trabalhos com publicidade. “Eles podem ser desmontados, o que facilita o transporte”, frisa o artista Moacir Barini.  O grupo ainda agradece o apoio da Fundação Cultural pelo espaço cedido para a criação dos bonecos.

Trupe se apresenta para 15 mil estudantes

Até o final do mês de novembro, o grupo de humor “É Nóis Cinco” vai encerrar um ciclo de 42 apresentações que misturam humor, teatro e conta com a participação dos bonecos gigantes. São espetáculos destinados a estudantes da rede municipal de ensino. “É um trabalho de conscientização ambiental em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, inclusive até o cenário do espetáculo é feito de materiais recicláveis”, relata o artista Márcio Cândido.

A trupe tem muita experiência em trabalhos envolvendo temas como DST/Aids, alcoolismo, ergonomia, atendimento ao cliente, motivação, direção defensiva, qualidade de vida e relações familiares. O grupo também oferece oficinas de materiais recicláveis, pintura em azulejo e decoração.

“É Nóis Cinco” surgiu há três anos

O Grupo humorístico “É Nóis Cinco” surgiu em Paranavaí há três anos, e desde então já levou ao público cinco peças autorais: “É Nóis de Férias”, “É Nóis trabalhando”, “É Nóis de Férias, Trabalhando e Estudando”, “Nóis é Show” e “É Nóis Cinco Ponto Com”. Agora o grupo se prepara para estrear o espetáculo “Talentos” em que vão interpretar personagens famosos. “Vamos nos apresentar nos dias 20 e 21 de novembro no Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa. Vai ser muito legal”, garante o artista Moacir Barini.

A marca registrada do grupo é a capacidade em transformar o improviso em arte.  As apresentações da trupe são tão imprevisíveis que os próprios artistas surpreendem uns aos outros. Segundo o “É Nóis Cinco”, errar também faz parte do show porque aproxima mais o público do espetáculo. Em suma, a trupe é composta por artistas que trabalham por prazer e que valorizam a liberdade criativa de cada um.

Saiba mais

Os integrantes do grupo de humor “É Nóis Cinco” já excursionaram por muitas cidades do Paraná, além de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Serviço

Interessados podem entrar em contato com o grupo por meio da Educa Assessoria. O telefone é (44) 3045-4510. Para mais informações, basta acessar o site http://www.enois5.com