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Quando alguém me diz que eu deveria ser assassinado ou roubado por não defender o discurso “bandido bom é bandido morto”
Quando alguém me diz que eu deveria ser assassinado, roubado ou algo do tipo por não defender o discurso “bandido bom é bandido morto”, eu desejo apenas muita luz e serenidade pra quem diz isso. Eu não nego que venho de uma realidade confortável, mas por uma mistura de influência familiar e iniciativa própria comecei a conviver com os mais desfavorecidos ainda muito cedo. Na infância, meu pai me levava para passear pelos bairros mais pobres (Vila do Sossego, Vila Alta, Região do Brejo), para conviver com crianças que atuavam como engraxates, que fumavam e eram usuárias de drogas. Não viviam em casas, mas em barracas de lona – chamavam de balão mágico. Você acha isso visceral? Visceral é a vida e o obscurantismo da zona de conforto.
No início da adolescência, meu pai saiu de cena e minha mãe passou a me levar para a Vila Alta para acompanhá-la em trabalhos sociais, realização de reuniões e festinhas para as crianças. Também tive o exemplo da minha avó, que levava andarilhos para a sua casa, e um deles hoje é um empresário do ramo de consultoria em commodities. Minha avó foi a primeira pessoa a estender uma mão quando ele mais precisou.
Anos depois, adulto, terminei a faculdade e voltei a frequentar a Vila Alta, graças a um amigo que me levou a conhecer outro amigo. Isso foi na década passada. Estava tudo bem diferente, talvez nem tanto. Passei anos convivendo com menores infratores, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ouvia suas histórias, filmava. Transformei algumas em pequenos filminhos e em um documentário. Você não conhece a humanidade de alguém até que ele abra seu coração na espontaneidade, livre das amarras da ignorância social. O ódio muitas vezes é apenas a casca do que existe de mais nobre na alma humana.
E sim, como outras pessoas desejaram, não sei se maldosamente ou apenas de forma impensada, em março do ano passado um rapaz estava tentando furtar o meu carro quando eu o vi tentando abrir a porta (essa história chegou a ser publicada na época). Perguntei pra ele o que pretendia. Ficou assustado e deixou algo cair rente ao meio fio. Claro que não recomendo que ninguém faça isso, mas eu faço, porque esse sou eu.
Eu já tinha visto ele na Vila Alta. Seu pai vivia em uma cadeira de rodas, a mãe atuava ocasionalmente como diarista e ele tentou justificar me dizendo que “ninguém dava emprego, então tava arriscanu”. Moravam em um barraco na Rua E (soube depois). Perguntei se valeu a pena o risco, que eu poderia tê-lo matado ou espancado. Ele disse que não pensou pra agir. “Viu o carro e bateu a vontade”. “Colei aqui só!” Com 19 anos, explicou que não pagava a pensão da criança tinha meses e não queria ir pra cadeia. Já tinha cometido outros pequenos delitos, como “furto de radinho, coisa pouca, duas, três vezes”, confidenciou.
Falei pra ele sair dessa vida. Já tinha terminado o ensino médio, mas só conseguia bico de vez em nunca como servente de pedreiro. Disse que “aliviava pra ele” com uma condição – encontrar um amigo meu que atua como engenheiro. Conseguiu trabalho. Isso tem mais de um ano. Hoje Fimo trabalha como pedreiro e está cursando engenharia. Talvez tenha sido loucura. Mas faria tudo de novo. É verdade.
Breve reflexão contra a vivissecção (experimentação animal)
A vivissecção passou a ser considerada “prática comum” no mundo ocidental a partir do século 19. Muito tempo se passou, estamos em 2018 e animais continuam sendo torturados e mortos desnecessariamente em nome da ciência. O que ajuda a postergar o banimento dessa prática já considerada obsoleta é o lobby e a politicagem que caminham lado a lado.
Eu e as proteínas de origem animal
Nunca fui um verdadeiro fã de carne. Carne nunca foi algo que me fez muita falta. Comia carne branca ocasionalmente porque eu julgava como importante, até porque para onde eu olhasse havia alguma propaganda sobre as proteínas de origem animal. No meio da musculação, por exemplo, de cada cinco palavras ditas, uma costuma ser proteína. Dificilmente alguém toca no assunto sem dizer: “Proteína animal, proteína animal, proteína animal, alto valor biológico – filé de frango, claras de ovos, laticínios…”
Com isso em mente, cheguei a consumir até três gramas de proteínas por quilo corporal em uma fase da minha vida, principalmente proveniente de laticínios e ovos. Pode ter certeza que é muita proteína, e uma quantidade que eu vejo hoje como absurda, desconfortável e desnecessária. Comia até sem querer porque tinha um objetivo a ser alcançado. E isso deveria ser bom? Não creio. Sempre fui saudável, exames perfeitos desde a adolescência, mas com o tempo deixei de absorver a ideia de uma dieta altamente rica em proteínas animais como uma coisa boa.
Sou um ser humano, não uma máquina. E tenho certeza que minhas necessidades são sempre mais modestas do que eu costumava imaginar ou acreditar. E acho que se meu organismo não quer um alimento, não devo ir além. Perdi as contas de quantas pessoas conheci que comiam tanto com a intenção de ganhar massa muscular que chegavam a sentir ânsia de vômito. Se exercitar e se alimentar bem deve ser sempre algo positivo, não impositivo, porque há sempre o risco da reeducação alimentar se tornar um novo tipo de disfunção.
Também cheguei a comprar caixas de filé de frango durante um período da minha vida. E comia sem prazer – porque qualificava isso como importante para a minha saúde, condição física e estética. Mesmo distante dessa realidade há muito tempo, ainda sou a mesma pessoa, sem qualquer prejuízo. E estou empenhado em provar que definitivamente não preciso de alimentos de origem animal.
Além disso, me recordo da última vez em que estive em uma granja e observei as galinhas confinadas, privadas de liberdade, almejando pelo menos um espaço maior de circulação. Elas não pareciam felizes, e foi então que tomei a decisão de não consumir mais ovos – último alimento de origem animal que comi. Muito tempo antes, comecei a refletir sobre a forma como sempre defendi a igualdade, o respeito e a tolerância entre os seres humanos.
E por que não estender isso aos animais? Já tinha abandonado a carne há um bom tempo, mas enquanto consumia ovos e laticínios não conseguia me ver como um ser humano em posição de falar de forma justa sobre a igualdade e a importância da vida.
A tempestade de fuligem
Ela era artista e obra, uma autora travessa que aprendeu a se guiar pelo vento
Foi num dia de clima ameno que cheguei em casa no final da tarde e encontrei a garagem e as roupas no varal cobertas de fuligem da queimada de cana-de-açúcar. A forma como se moviam pelo espaço me dava a impressão de que eu estava diante dos vestígios de uma tempestade caliginosa, flexuosa e suja.
A fuligem serpentava pelo ar de forma zombeteira. Quando eu tentava tocá-la, ela desviava com agilidade e se fixava em alguma coisa que ingênuo eu me esforçava para proteger. Havia sujeira por todos os lados. Sem constrição, a fuligem grafitava tudo que pelo caminho encontrava.
Ela era artista e obra, uma autora travessa que aprendeu a se guiar pelo vento. Podia ser tocada em sua minúcia, mas nunca possuída, porque depois que nascia a mais ninguém ela pertencia. Escura e minúscula parecia livre para fazer o que quisesse no seu mundo corrente.
Meu carro branco e asseado ficou encarvoado quando a conheceu. Sem condições de se mover, testemunhou o vento especioso transportando tanta fuligem que até o sol desapareceu atrás das sombras massificadas de imundície. O brilho da lataria sumiu, embaciado pela soberania malemolente da falsa plumbagina.
Esfreguei o dedo no capô e notei uma mixórdia de cinzas e grafite de baixa qualidade que se desvaneceu sob o meu indicador direito. Para minha surpresa ainda preservava o aroma de cana-de-açúcar crestada. Repousando no seco, ela se arrastava como alguém que engatinhava. E agarrada ao úmido ou molhado, a fuligem se dissolvia, criando desenhos nem sempre incompreensíveis ou vazios em sentido.
No centro de uma camiseta branca que brandia sobre o varal, vi o adunco formato de uma mão diminuta e estriada. Tinha até unhas carcomidas, e algumas eram mais encardidas que as outras. Cheguei a crer que a fuligem possuía sua própria memória, uma lembrança perene do momento em que se desprendeu da cana-de-açúcar para sumir na imensidão do céu e da aragem outonal.
Talvez fosse a mais depreciativa das Fênix, já que ela renascia das cinzas e quase como cinzas, sem o direito de transformar-se em algo belo, bom e frutuoso que as pessoas pudessem gostar de assistir ou aspirar. Rebento do palhiço de cana, nasceu feinha e sem motivação existencial.
Gestada no borralho, a fuligem percorria dezenas de quilômetros até chegar ao seu destino – residências da área urbana, inclusive de pessoas que nem sabiam que ela existia. Aquela era sua sina, a curta vida de quem despontou casmurrada pela queimada. Não a culpo pela indisciplina. Deve ser horrível acordar sentindo algo quente te obrigando a partir.
Mergulhei dentro da minha mente e assisti seu primeiro voo, tímido e lânguido. Soprada para longe, obedeceu sem questionar a ordem natural das coisas. Apesar de tudo, sentiu o frescor remanescente do verde que se extinguia a dezenas de metros de distância do solo. A fuligem se esforçou para chorar, vendo-se tão turva e uniforme quanto insignificante. Se contorceu no ar, mas de nada adiantou. Relegada a uma existência estéril, era mais seca que a mais contumaz das estiagens.
Encolerizada por não ter direito a nada, e ciente de que não duraria mais do que horas e, com muita sorte, alguns dias, se insurgiu contra o seu fado. Fez um acordo com o vento, prometendo reverenciá-lo como um deus se ele a ajudasse a ir o mais longe possível em sua zaragata. Ele concordou.
Depois de se transformar em tempestade, a aragem a arrastou. Com sua força nímia e sobranceira, condensou toda a fuligem do canavial, criando uma pequena e turva réplica da lua. Num percurso de dezenas de quilômetros, a esfera se desfez e seus fragmentos seguiram pelas mais diferentes direções – atravessando pastos, lavouras, vilas, distritos e cidades da região de Paranavaí.
Naquele dia, a fuligem invadiu a Rua John Kennedy, cruzou o céu da minha casa e deixou centenas de vestígios indesejáveis, acompanhados de um som cicioso que imitava o tinir dos facões. O aroma de cana-de-açúcar ainda persistia. E por um descuido, enquanto eu decidia o que fazer, a fuligem entrou no meu nariz e eu a inalei. Mais tarde senti uma queimação no peito. Tive a impressão de que algo insólito estava vivo dentro de mim e se movendo.
Fui ao médico no dia seguinte e na mesma semana fiz alguns exames. Ele me mostrou que havia uma mancha estranha que se distendia sobre um dos meus pulmões. Não nego que senti um misto de preocupação, raiva e tristeza. “Tenho quase certeza de que são vestígios de monóxido de nitrogênio, dióxido de nitrogênio, dióxido de carbono e amônia. Precisamos cuidar disso, porque senão rapidamente pode virar asma, câncer de pulmão ou até peniano”, alertou o pneumologista.
“Senti a morte despedaçar-se de encontro à minha cabeça, como se um bólide houvesse caído do espaço e fosse escolher justamente o meu crânio para campo de pouso”, escreveu Campos de Carvalho em “A Lua vem da Ásia”. Na segunda e na terceira bateria de exames, realizadas no mês seguinte, não havia mais nada em meus pulmões. Então me recordei que 15 dias antes um prolongado espirro me proporcionou uma ímpar sensação de alívio. E o que saiu do meu nariz não era claro como a água, mas turvo como o vácuo da inexistência.
Chegando em casa, deitei na cama e percebi através da janela que do outro lado repousava uma nova mancha de fuligem na parede – parecia uma sarça ardente. Caí no sono, pensando apenas em outra passagem de Campos de Carvalho. “À noite a lua vem da Ásia, mas pode não vir, o que demonstra que nem tudo neste mundo é perfeito.”
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A atendente e o café expresso
Perto do horário do almoço, passei com minha mãe em uma cafeteria. Ela pediu um café expresso e eu também. Fazia muitos anos que eu não tomava um expresso, tanto que me aproximei da atendente e perguntei a ela como o preparavam, qual era a composição. “Vocês adicionam açúcar?”, questionei. Ela respondeu que não, que a bebida vinha pura para ser adoçada ao gosto do cliente. Então comentei: “Bom! Então você pode me servir na menor xícara.”
Também fiz algumas perguntas sobre um assado de palmito recém-colocado na estufa. Ela se mostrava confusa nas respostas, mas isso não me incomodou porque notei que era nova na função. Enquanto ela me atendia, um homem sisudo a assistia atentamente. Percebi que ele era o gerente e talvez até o dono do lugar. Em pouco tempo, o telefone da cafeteria tocou e ouvi a mesma moça conversando com a filha. Parecia que a menina estava agitada por algum motivo desconhecido e a mãe se esforçava para acalmá-la.
Tão logo desligou, ela veio até a nossa mesa e nos serviu. Suas mãos tremiam. Agradeceu mais uma vez e caminhou em direção ao balcão. Comi o assado, nada mal, porém não era dos melhores. Minha mãe se serviu do café expresso extremamente forte e amargo, bem diferente do que ela pediu. Quando levei a xícara à boca, notei no primeiro gole um gosto extremamente acentuado de açúcar. Ali tinha no mínimo umas duas colheres de chá bem cheias.
Depois de anos sem sentir o sabor do açúcar em estado puro, tive a mesma sensação de quando se é criança e come bolo de festa de aniversário bebendo refrigerante – a língua chega a acidular. Atrás do balcão, a moça e o seu patrão continuavam nos observando. Um espelho lateral os denunciava. Me senti comendo cubos de açúcar em forma de expresso.
Malgrado isso, mantive a expressão serena, assim como minha mãe que só se queixou do café no carro. Quando me levantei para ir embora, caminhei até a atendente e disse: “Foi o melhor café expresso que tomei na vida. O assado também estava excelente. Parabéns!” Acanhada, a moça sorriu, assim como o gerente que desfez o semblante carrancudo e acenou com a cabeça, numa respeitosa reverência. Parti tranquilo, mas ainda sinto na boca o gosto hiperbólico do açúcar.
Quando “dois olhos de fogo” brilharam na escuridão
O dia em que quatro missionários alemães se perderam nas matas virgens de Paranavaí
Em outubro de 1954, um artigo intitulado “Noch Ein Missionberich”, do frei alemão Alberto Foerst, da Ordem dos Carmelitas, foi publicado na edição número 10, ano 21, da revista alemã Karmel-Stimmen, de Bamberg, no estado da Baviera. Ao longo de quatro páginas, o missionário relata algumas experiências nas matas virgens de Paranavaí, no Noroeste do Paraná, onde dividiu bons e maus momentos ao lado dos freis Henrique Wunderlich, Burcardo Lippert e Adalberto Deckert.
No texto, Foerst conta que viajar por uma região em processo de colonização era muito complicado. Os mapas eram imprecisos e os menos precavidos podiam perder-se na mata por dias. “Costumávamos nos orientar pela bússola, mas nem sempre era possível evitar o erro. A nossa sorte é que de vez em quando encontrávamos um caminho já trilhado, facilitando o nosso trajeto”, explica.
Porém, certo dia, os freis Alberto, Henrique, Burcardo e Adalberto, como eram mais conhecidos em Paranavaí, ficaram com o jipe atolado em meio a uma floresta densa, habitada somente por uma rica fauna silvestre. Embora viajassem com picaretas, pás e outras ferramentas que auxiliavam em situações difíceis, de nada adiantou. Horas depois, veio a escuridão e tiveram de passar a noite na mata. “Não podíamos seguir a pé porque era uma área muito isolada e distante”, justifica.
Mesmo com uma espingarda ao alcance das mãos, os missionários não conseguiam se distrair da “noite tenebrosa” e especialmente escura, acompanhada de um “silêncio sinistro” que os mantinha em alerta. “Apesar de tudo, como o dia foi estafante, chegou um momento em que cochilamos. Só acordamos quando ouvimos as cobras fazendo ruídos nas ramagens e madeiras apodrecidas da floresta”, conta frei Alberto no artigo “Noch Ein Missionberich”, de 1954.
Não demorou muito e um grupo de macacos começou a gritar bem alto. Daquela escuridão, “dois olhos de fogo” brilharam em direção aos quatro missionários. Foi quando perceberam que estavam cercados por uma onça. “Ficamos assustados e os nossos corações dispararam. O medo era tão grande que podiam tirar nossa pulsação pelo dedinho do pé. A onça nos farejou e circulou o jipe por algum tempo”, relata.
Com dificuldades de raciocínio, se entreolhavam, crentes de que a espingardinha de chumbo fino seria inofensiva contra o selvagem animal. “Ela só riria de nós. Então decidimos ficar quietos, sem se mexer ou respirar alto”, continua. Aguardando a iminência de uma tragédia, os missionários foram salvos por uma eventualidade. Um macaco, debandado de seu grupo, saltou sobre uma imensa árvore que estava acima do jipe, chamando a atenção da onça.
“Ela saiu no encalço dele e respiramos aliviados. Se bem que não dormimos mais naquela noite e ficamos muito felizes quando amanheceu. É uma pena que não haja fotos do episódio”, lamenta. Pela manhã, os quatro aventureiros procuraram as chamadas “árvores elétricas” que ofereciam energia para equipamentos elétricos. A voltagem mais alta ficava nas copas e a mais baixa nas raízes. “Para conseguir uma boa voltagem era preciso pendurar nos galhos. A força da energia estava subordinada ao atrito provocado pelo vento no meio das folhas”, destaca Alberto Foerst.
Depois de usarem os barbeadores elétricos, os missionários se perguntaram o que fariam para sair daquela região desconhecida, pois tinham o compromisso de abençoar uma nova escola. Então Henrique Wunderlich pegou a sua gaita de boca e começou a tocar. “Logo apareceram índios [de etnia caiuá] de todos os lados, atraídos por aquela mágica melodia. O frei Henrique ainda tocou mais algumas músicas e pedimos que os nativos nos ajudassem. Deram a direção certa e conseguimos chegar ao nosso destino”, acrescenta.
No mesmo dia, foram convidados para conhecer uma interessante granja de galinhas. Em torno do aviário, havia uma grande e bela roça de girassóis que deixou os alemães admirados. “Nos falaram que serviam de alimento para as galinhas botarem ovos com mais gorduras saudáveis. Explicaram que os ovos saíam com uma camada extra que dispensava o uso de óleo na hora de prepará-los”, enfatiza.