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Vídeo mostra funcionários torturando frangos e pintinhos em um aviário na Polônia
“O que documentei nessa fazenda ilustra os aspectos cotidianos da crueldade relacionada à criação de frangos e galinhas no mundo todo”
Esta semana, um homem, que pediu para ser identificado apenas como Adam, disponibilizou na internet um vídeo que mostra funcionários torturando frangos e pintinhos em uma fazenda no Condado de Strzelce-Drezdenko, na voivodia da Lubúsquia, na Polônia. Adam instalou uma câmera e registrou a violência contra os animais ao longo de seis semanas.
Em uma das cenas, um funcionário ataca os pintinhos e os espanca até a morte com um cano de metal antes de jogar seus corpos dentro de baldes. Um dos animais mortos era um frango de três patas. Uma ave cega também é violentada até a morte.
“O que documentei nessa fazenda ilustra os aspectos cotidianos da crueldade relacionada à criação de frangos e galinhas no mundo todo, como excesso de estoque, fraturas ósseas, insuficiência cardíaca e animais que crescem tão rapidamente que não conseguem andar. Também ilustra o que consideramos abuso ilegal de animais”, declara Adam.
Alguns funcionários da fazenda aparecem recolhendo uma grande quantidade de animais mortos que estão apodrecendo no chão, provavelmente em decorrência de violência. A organização de proteção animal Open Cages analisou o vídeo e disse que aquela realidade pode ser testemunhada em qualquer país que produz e comercializa carne de frango.
“A única diferença é o nível de crueldade e violência”, explica Kirsty Henderson, da Open Cages, acrescentando que animais vivendo em superlotação e em condições imundas em aviários não é nada incomum.
Um funcionário também aparece “ensinando” como matar pintinhos que estão muito doentes ou demorando demais para crescer. Ele os agarra e esmaga seus crânios contra um trilho de metal. “A crueldade que testemunhei ficará comigo para sempre”, enfatiza Adam.
Tem ovo, leite, mel? “É só um bolo!”
— Bora comer um bolo ali, irmão.
— Agradeço, mas estou satisfeito.
— Vai fazer desfeita mesmo?
— O que tem nesse bolo?
— O de sempre.
— Tem ovo, leite, mel?
— É só um bolo!
— Fico realmente grato pela consideração, mas vou declinar.
— Ô louco, irmão! Vai sacanear mesmo?
— Não, de modo algum, o respeito prevalece.
— Mas recusar assim é patifaria.
— Será? Veja bem, escrevo sobre a exploração de animais diariamente porque faço franca oposição a isso. Creio que sacana eu seria em ter a postura que tenho e me alimentar de algo de origem animal, mesmo que esporadicamente. Ética é ética, irmão. Não faço concessão por um prazer, mesmo que ocasional.
— Xaropão mesmo, hein? As pessoas vão se afastar de você, cara. Isso ferra a vida social de qualquer um.
— E uma vida social deveria ser baseada na obliteração de outra vida social? Quero dizer, se socializo me alimentando de animais, isso significa que contribuo para arruinar outras vidas e outras relações sociais. Claro, não humanas, mas ainda assim relações sociais, já que nos alimentamos de seres sociáveis. Vale a pena? Nossa interação deveria depender do fim dos outros? Deveríamos socializar com a morte? A morte é socializável? Porque se a morte é reconhecida como um essencial socializável o derramamento de sangue pode ser considerado uma virtude, já que une pessoas em torno de uma mesa farta que não existiria sem mortes. Você acredita nisso? Matar é uma virtude?
— Ah, cara! Não é bem assim… Vamos pegar leve.
— Então vamos colocar de outra forma. Você gosta de miúdos de animais? Coraçãozinho de frango ou galinha, por exemplo.
— Até que curto, com cervejinha e limão vai muito bem.
— Você sabe quantos coraçõezinhos você come tomando a sua cervejinha?
— Não sei, mas como bem.
— Cada coraçãozinho de frango ou galinha pesa em média 10 gramas. Será que você come pelo menos 200 gramas? Se sim, e ponderando essa referência, isso significa que você se alimenta de 20 frangos ou galinhas em uma “socialização”. Será que é radical dizer que em cada bandeja de miúdos, por exemplo, estamos diante de uma hecatombe, uma chacina de aves? Um quilo de coraçõezinhos significa até cem aves mortas.
— Caramba! Agora você me assustou.
Por que o pai matou a galinha?
Com cinco anos, Hugo testemunhou seu pai matando uma galinha no quintal. Nunca tinha visto aquele animal com vida. Achava que galinhas já nasciam mortas. Chorou quando viu a pequena ceder com o pescoço destroncado. O pai olhou para o menino. Não disse nada. Entrou em casa e pediu para que a esposa limpasse a galinha e preparasse o jantar.
Hugo correu até o quintal, juntou as penas da galinha que voaram pelo chão de terra e as guardou dentro do bolso. Enquanto a mãe temperava a galinha, o menino tomou coragem e se aproximou.
— Por que o pai matou a galinha?
— Pra gente comer, filho.
— Mas ela queria morrer?
Silêncio.
— A vida é assim, Hugo.
— Por quê?
Silêncio.
— Depois a gente conversa. Agora preciso fazer a janta.
Hugo entrou no quarto. Ficou lá mais de hora e retornou. Desenhou uma galinha, tirou as penas do bolso e as colou na ave tristonha. Depois foi até a cozinha e entregou o desenho para a mãe.
— Olhe, mãe, eu disse que ela não queria morrer.
A mulher observou a expressão lacrimosa do animal. As lágrimas da mãe desceram junto com as lágrimas da galinha, pinguinhos escuros de lápis.
A galinha Zezinha
Eu e meu irmão éramos crianças quando fomos para uma cidadezinha no Mato Grosso do Sul visitar um sobrinho do meu avô. Na manhã do dia seguinte, pediram que meu irmão destroncasse o pescoço de uma galinha parda que estava quietinha ciscando sobre a relva.
— Se você matar ela a gente já limpa e faz galinha ao molho.
Olhei para o meu irmão e fiquei apreensivo, aguardando sua reação.
— Não, obrigado — respondeu na sua típica fleuma.
— Vamos, rapaz! Mate ela! Mate-a! Não há nada de errado nisso.
Me levantei e caminhei em direção ao homem.
— Ele não quer e não vai matar. O senhor pode respeitar a vontade dele?
— Tudo bem, mas agora alguém tem que matar.
— Por quê? — questionei.
— Porque a carne já tá começando a ficar dura, e não quero ficar no prejuízo.
— Então a galinha viver é prejuízo pro senhor?
— Claro que sim! Eu que cuidei dela até hoje. E ela não bota mais ovo.
— O que o senhor quer pela galinha?
— Nada, vamos comer a bichinha.
A galinha parou de ciscar e virou a cabeça em nossa direção.
— Será que ela está prestando atenção? — pensei, na minha curiosidade meninil.
— De um jeito ou de outro, daqui a pouco a gente vai matar ela, viu? — avisou o homem.
Quando não havia mais ninguém por perto, pegamos a galinha Zezinha e corremos por mais de dois quilômetros e nos escondemos em uma área de mata nativa. Nem pensamos na possibilidade de sermos surpreendidos por algum animal selvagem. Só queríamos protegê-la.
— Aqui a gente tá seguro — comentou meu irmão.
Ficamos lá até escurecer, quando nossos pais nos encontraram sujos e famintos. De volta ao sítio, meu irmão, que estava com o braço quebrado há duas semanas, mostrou o gesso para o sobrinho do meu avô:
— O senhor ainda acha que ela não merece viver? — questionou.
No gesso do meu irmão, Zezinha fez um desenho de formas incertas com o bico, mas que de algum modo pareciam revelar algum tipo de afeição. O homem ficou calado.
— Se quiser, podem levar a galinha. Ela gosta de vocês.
Zezinha viveu com a gente por três anos antes de falecer. Gostava de subir na jabuticabeira, colher as frutas uma a uma e deixá-las na entrada da cozinha, presentes de galinha.
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Você já viu galinha sendo ensacada em granja?
Você já viu galinha sendo ensacada em granja? Eu já, e posso te dizer que deve ser uma das experiências mais terríveis de sufocamento. O que muitas pessoas parecem desconhecer é o fato de que granjas não apenas se voltam para a produção de ovos, mas também comercializam galinhas no atacado e no varejo. Sim, para serem mortas. E se for uma granja de pequeno e médio porte, você pode comprá-las vivas (caso queira matá-las com as próprias mãos) e levá-las para casa dentro de um saco, sim, enquanto elas sufocam. Sem problema algum – mediante nossa realidade homocêntrica. Não estou falando isso baseado em algo que li, mas sim em minhas próprias experiências visitando granjas.
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“Esses franguinhos têm uma vida muito triste e curta”
Esses franguinhos têm uma vida muito triste e curta. Todos nascem em uma chocadeira artificial aos milhares de cada vez. O primeiro ar que eles respiram é impregnado de formol. Dizem seus criadores que assim eles ficam amarelinhos e isso agrada mais aos clientes. Eles nem sabem quem são. Nunca vão poder sentir a presença de uma mãe, nunca vão abrigar-se sob suas asas, ou mesmo ter a oportunidade de ciscar ou correr livremente. São tratados como coisas. Para os criadores, eles são simplesmente um produto:
“Você tem que fazer a seleção e depois vacinar. Aqueles que não são aproveitados são triturados.“
Excertos do documentário “A Carne é Fraca”, lançado em 2005 pelo Instituto Nina Rosa.
A galinha garnizé de 20 anos
No quintal da casa da aposentada Lindinalva Silva Santos vive Jurema, uma galinha garnizé de 20 anos. Falo com ela e ela se aproxima. Miudinha e esperta, continua calma e dócil, mesmo depois de ter sofrido tanto ao longo da vida. Escapou da morte várias vezes quando era mais jovem. Uma vez se esforçaram para arrastá-la com linha e anzol.
Naquele dia, Jurema perdeu a língua, mas foi bem cuidada e se recuperou. Também sobreviveu a outras tentativas de ladrões querendo transformá-la em comida. Acho incrível como ela inspira vida. É atenta a tudo. Nada passa despercebido.
Mais surpreendente ainda é ver como Jurema gosta de brincar com outros animais. Será que vale a pena explorar uma ave ou transformá-la em comida? Levando em conta tudo isso, a lição que ela transmite ao existir até hoje, com seus 20 anos. Pelo que pesquisei, Jurema tem potencial para chegar pelo menos aos 25, e não tenho dúvida de que isso é resultado de uma vida sem exploração.
Saiba Mais
A galinha garnizé mora na Vila Alta, na periferia de Paranavaí, no Noroeste do Paraná.
Tazinha e a galinha Jurema
Aquele molho envolvia partes de um ser idêntico àquele que corria pelo quintal com o viço de uma criança

Para conquistar a ave, Tazinha correu para dentro de casa e perguntou: “Mãe, o que a galinha come?” (Foto: Reprodução)
Tazinha chegou em casa e encontrou uma galinha. Ela nunca tinha visto uma de perto, a não ser descaracterizada dentro de uma panela, dividida em peito, pés, coxas e outras partes que depois de consumidas davam a impressão de que o animal reduzido a alimento jamais existiu.
Com cinco anos, Tazinha não imaginava que aquele molho vermelho e borbulhante cobrindo fatias grossas de batata-inglesa envolvia partes de um ser idêntico àquele que percorria o quintal com o viço de uma criança. Quando viu a garotinha de olhos amendoados e graúdos, a galinha se escondeu atrás de um pedaço de capoeira e cacarejou, mantendo os olhos castanhos e vibrantes bem esgazeados. Também abriu as asas mescladas de preto, amarelo e branco e esfregou os pezinhos em uma porção de terra arenosa, fazendo poeirinha.
Para conquistar a ave, Tazinha correu para dentro de casa e perguntou: “Mãe, o que a galinha come?” Então caminhou até a despensa, afundou a mãozinha em um fardo de ração com cheiro de farelo de milho e se apressou em direção ao quintal, arrastando os chinelinhos e deixando um rastro louro como o sol daquela manhã de verão. Ainda desconfiada e hesitante, a galinha a assistiu estendendo as mãos e os farelos deslizando entre os vãos de seus dedos miúdos. Tazinha sorriu apreensiva. Não sabia se devia se aproximar mais ou simplesmente lançar o que restou da ração sobre o chão de terra batida.
Tomou uma decisão. Se ajoelhou, fez um coraçãozinho na terra com o dedo indicador da mão direita e o preencheu com os farelos. Logo que a galinha deu o primeiro passo, Tazinha recuou quase 20 metros, sentou à sombra da jabuticabeira e assistiu a ave se alimentando. Vez ou outra, erguia a cabeça e observava a criança. “Seu nome vai ser Jurema”, disse antes de engolir uma jabuticaba e enterrar a casca. A galinha a olhou rapidamente, cacarejou e continuou comendo, sem levantar a cabeça. Depois daquele dia, sempre que Tazinha corria até o quintal, Jurema a aguardava.
Balouçava as asas e caminhava até a garotinha que a abraçava e acariciava suas penas com o dorso da mão direita. Tazinha sentia cócegas quando a galinha se espichava, esfregando a plumagem contra o seu pescoço. Sua gargalhada era tão alta que atraía a atenção de vizinhos curiosos que penduravam no muro para ver o que estava acontecendo. Em menos de uma semana de convivência, Jurema começou a presentear Tazinha com preciosidades que ela encontrava no quintal.
“Que linda, Jurema!”, comentou assim que a galinha abriu o bico e lançou uma pedrinha colorida na palma de sua mão. Com os presentes, Tazinha fez um colar. Numa noite, quando seus pais questionaram o porquê dela nunca tirá-lo do pescoço, ela respondeu: “Ué, porque a Jurema é minha melhor amiga e quero sempre sentir ela pertinho de mim. Ela teve tanto trabalho pra juntar as pedrinhas.”
Tazinha gostava tanto da galinha que após muita insistência seus pais permitiram que ela levasse Jurema para passear pelas ruas pelo menos três vezes por semana. “Ela também quer se divertir”, justificava, crente de que sua amizade com a galinha seria eterna, e que as duas nunca se separariam. Porém, quando a galinha estava perto de completar seis meses, ela ouviu uma conversa que a entristeceu:
— A galinha que meu irmão deu tá ficando velha, quase seis meses de vida já. Se demorar mais, passa do ponto. E o Alberto chega no final de semana e quer galinha caipira ao molho pro almoço de domingo – disse o pai.
— Meu Deus! E o que vamos falar pra Tazinha? – perguntou a mãe.
— A gente arruma outra galinha pra ela – respondeu o pai.
Desesperada, Tazinha correu até o quintal, pegou a Jurema, a levou até o seu quarto e a escondeu dentro do guarda-roupa, onde passou a noite abraçada com a galinha. Pela manhã, seus pais ouviram um som suspeito vindo do quarto. Encontraram Tazinha chorando e acariciando as penas de Jurema que se mantinha em silêncio, com o bico recostado em seu ombro.
— Por favor! Não mata ela! Eu não sabia que a carne da panela vinha dos bichos. Olha, a Jurema anda, brinca e fica assustada que nem a gente. Coloca a mão aqui, pai! Coloca, mãe! Dá pra sentir o coraçãozinho dela batendo forte. Não mata ela! Por favor! Ela só quer viver!
No domingo, quando Alberto, tio de Tazinha, chegou para o almoço, ele se aproximou do fogão e ergueu a tampa da panela. “Mas que cheiro delicioso é esse, cunhada? Que maravilha!”, declarou. Lá dentro, o molho vermelho borbulhava, exalando olência da combinação de batata, cebola, alho, cebolinha, salsinha, tomate, páprica, azeite e folhas de louro. No quintal, Tazinha amarrava uma fitinha no pescoço de Jurema antes de alimentá-la com um pouquinho de ração.
— Por isso, você me olhou assustada no primeiro dia que te vi. Desculpa! Não precisa mais ter medo, Jurema. A gente nunca mais vai comer carne aqui em casa. Prometo!
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Eu e as proteínas de origem animal
Nunca fui um verdadeiro fã de carne. Carne nunca foi algo que me fez muita falta. Comia carne branca ocasionalmente porque eu julgava como importante, até porque para onde eu olhasse havia alguma propaganda sobre as proteínas de origem animal. No meio da musculação, por exemplo, de cada cinco palavras ditas, uma costuma ser proteína. Dificilmente alguém toca no assunto sem dizer: “Proteína animal, proteína animal, proteína animal, alto valor biológico – filé de frango, claras de ovos, laticínios…”
Com isso em mente, cheguei a consumir até três gramas de proteínas por quilo corporal em uma fase da minha vida, principalmente proveniente de laticínios e ovos. Pode ter certeza que é muita proteína, e uma quantidade que eu vejo hoje como absurda, desconfortável e desnecessária. Comia até sem querer porque tinha um objetivo a ser alcançado. E isso deveria ser bom? Não creio. Sempre fui saudável, exames perfeitos desde a adolescência, mas com o tempo deixei de absorver a ideia de uma dieta altamente rica em proteínas animais como uma coisa boa.
Sou um ser humano, não uma máquina. E tenho certeza que minhas necessidades são sempre mais modestas do que eu costumava imaginar ou acreditar. E acho que se meu organismo não quer um alimento, não devo ir além. Perdi as contas de quantas pessoas conheci que comiam tanto com a intenção de ganhar massa muscular que chegavam a sentir ânsia de vômito. Se exercitar e se alimentar bem deve ser sempre algo positivo, não impositivo, porque há sempre o risco da reeducação alimentar se tornar um novo tipo de disfunção.
Também cheguei a comprar caixas de filé de frango durante um período da minha vida. E comia sem prazer – porque qualificava isso como importante para a minha saúde, condição física e estética. Mesmo distante dessa realidade há muito tempo, ainda sou a mesma pessoa, sem qualquer prejuízo. E estou empenhado em provar que definitivamente não preciso de alimentos de origem animal.
Além disso, me recordo da última vez em que estive em uma granja e observei as galinhas confinadas, privadas de liberdade, almejando pelo menos um espaço maior de circulação. Elas não pareciam felizes, e foi então que tomei a decisão de não consumir mais ovos – último alimento de origem animal que comi. Muito tempo antes, comecei a refletir sobre a forma como sempre defendi a igualdade, o respeito e a tolerância entre os seres humanos.
E por que não estender isso aos animais? Já tinha abandonado a carne há um bom tempo, mas enquanto consumia ovos e laticínios não conseguia me ver como um ser humano em posição de falar de forma justa sobre a igualdade e a importância da vida.