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Um atleta motivado por um sonho

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Leonardo Fellipe Mariani sonha em se tornar campeão mundial de powerlifting

Luiz Fellipe: "Comecei a treinar pra valer em outubro de 2012"

“Comecei a treinar pra valer em outubro de 2012”

Em um certo dia de 2010, Leonardo Fellipe Mariani, de Siderópolis, Santa Catarina, estava em casa assistindo alguns vídeos de campeonatos de powerlifting no YouTube. Ficou tão impressionado com a força, técnica e vigor físico dos competidores que decidiu se tornar um atleta da modalidade. Sem saber exatamente como proceder, Mariani buscou informações na internet e procurou pessoas envolvidas com o esporte para instruí-lo.

“Foi amor à primeira vista, mas infelizmente esbarrei nas limitações da minha antiga academia. Por causa disso, comecei a treinar pra valer em outubro de 2012. Só que desde então não parei mais e tenho dado tudo de mim”, afirma. O que levou o catarinense de 25 anos a procurar vídeos de powerlifting na internet foi o apreço pela musculação, atividade que pratica desde 2009, quando se matriculou em uma academia com o objetivo de perder peso.

Mariani: “Os meus exercícios preferidos são o agachamento livre e o levantamento terra”

“Os meus exercícios preferidos são o agachamento livre e o levantamento terra”

Atualmente o atleta treina cinco vezes por semana e cada treino tem duração de duas horas. “Os meus exercícios preferidos são o agachamento livre e o levantamento terra”, conta. Incluído o supino, os três formam a base que consagrou o esporte. Embora motivado por uma paixão, hoje, Mariani vive o dilema de não ter patrocínio, o que dificulta a participação nos principais campeonatos.

“Preciso de apoio financeiro para competir no Campeonato Catarinense que será realizado em Blumenau [Santa Catarina] no dia 23 de março. Quem puder ajudar, me comprometo a divulgar a marca patrocinadora através de sites, fotos, vídeos e entrevistas”, declara. As dificuldades de Leonardo Fellipe refletem também o preconceito contra o esporte no Brasil, uma consequência do desinteresse da iniciativa pública e privada.

“Preciso de apoio financeiro para competir no Catarinense que será realizado em Blumenau no dia 23 de março"

“Preciso de apoio financeiro para competir no Catarinense que será realizado em Blumenau no dia 23 de março”

Tudo isso somado ao descaso da imprensa ofusca o brilho de um esporte que requer muita força de vontade, dedicação e disciplina. A situação preocupa porque inviabiliza uma maior aceitação do powerlifting em território nacional, modalidade já tradicional e que na versão moderna começou a se popularizar nos EUA e Reino Unido nos anos 1950.

O amor pelo levantamento de peso há muito tempo constrói irmandades por todo o Brasil. Mariani é um exemplo de atleta que fez muitas amizades por meio do powerlifting. A interação social é inevitável, inclusive estimulada, já que o apoio em cada competição assegura ao atleta uma dose a mais de motivação para vencer. “Espero um dia ter a chance de abrir um centro de treinamento para crianças e adolescentes carentes”, revela.

“Espero um dia ter a chance de abrir um centro de treinamento para crianças e adolescentes carentes”

“Espero um dia ter a chance de abrir um centro de treinamento para crianças e adolescentes carentes”

Sem investimentos e com recursos limitados, muitos powerlifters convocados para representar o Brasil no exterior são obrigados a recorrer ao crowdfunding (financiamento coletivo), uma alternativa que nem sempre tem um final feliz. Já houve inúmeros casos de esportistas que desistiram da competição porque receberam um número pífio de doações. Embora alguns tenham uma legião de seguidores, isso não garante sólidas contribuições. “É um esporte caro. É preciso investir muito em dieta, viagens e hospedagens. Um atleta não gasta menos de R$ 1,7 mil”, comenta Leonardo Fellipe que compete na categoria até 125kg e tem como principal inspiração o gigante russo Andrey Malanichev.

Além de evoluir como atleta de alta performance, Mariani quer construir um corpo mais forte e definido. E claro, sonha em se tornar um campeão mundial de powerlifting. O anseio de chegar ao topo já garantiu importantes premiações. “Espero me tornar uma das promessas do powerlifting brasileiro. Estou lutando para chegar lá”, avisa.

Títulos

Campeão da 1° Copa Rafa Crestani de Powerlifting, da World Association of Benchers and Deadlifters (WABDL), em Veranópolis (RS) em 2012.

Segundo lugar no Campeonato Brasileiro de Levantamento Terra, da International Powerlifting Federation (IPF), em São Paulo (SP) em 2012.

Campeão do 11º Campeonato Catarinense de Powerlifting, da International Powerlifting Federation (IPF), em São Bento do Sul (SC) em 2013.

Terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de Powerlifting, da World Powerlifting Congress (WPC), em São Paulo (SP) em 2013.

Segundo lugar no Campeonato Brasileiro de Powerlifting, da International Powerlifting League (IPL), em São Paulo (SP) em 2013.

Serviço

Para entrar em contato com Leonardo Fellipe Mariani, basta ligar para (48) 9925-5200 ou enviar um e-mail para leonardofellipemariani@hotmail.com.

Um porto realmente rico

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Porto Rico é uma cidade onde a cultura nativa contrasta com a modernidade

Beleza natural atrai investimentos (Foto: David Arioch)

Belezas naturais que atraem grandes investimentos (Foto: David Arioch)

Graças à proximidade com o Rio Paraná, Porto Rico, uma pequena cidade com cerca de 2,5 mil habitantes, figura como destaque turístico do Noroeste do Paraná, onde a cultura nativa contrasta com a modernidade.

Na cidade de clima aprazível, a cada rua é possível se deparar com dois universos dividindo o mesmo espaço – o folclórico e regionalista dos nativos e o moderno e emergente dos investidores. Nada mais emblemático que os velhos pescadores que ainda preservam uma mística relação com o rio e com a terra, herança da cultura ribeirinha.

É fácil encontrá-los ao entardecer. Estão próximos da margem, namorando a paisagem enquanto os nativos mais jovens, cativados pela luz solar que parece descortinar as águas do rio, acionam os motores dos barcos para fazerem a travessia até a praia, perdida como um oásis, no coração do Paranazão.

Turistas retornam da praia de Porto Rico (Foto: David Arioch)

Turistas retornando de uma das praias de Porto Rico (Foto: David Arioch)

Paralelo a essa realidade cotidiana, empresários que acreditaram no potencial turístico local reconstruíram Porto Rico. Investiram em  condomínios, parque aquático, marinas, pousadas, hotéis e restaurantes, tudo com a intenção de atrair turistas de todo o país. E o objetivo está sendo alcançado, tanto que há 10 anos um terreno que custava em torno de R$ 4 mil, hoje dificilmente é vendido por menos de R$ 90 mil.

Na pequena cidade, obras estão sempre em andamento, vetorizadas pela relação satisfatória entre poder público e privado. Reflexo disso é que enquanto municípios vizinhos, ou do mesmo porte, comercializam casas na região central por R$ 40 mil, em Porto Rico as residências mais bem localizadas custam de R$ 200 mil a R$ 1 milhão.

Quase todas as casas de veraneio de grande valor estão situadas em três condomínios de luxo e pertencem a proprietários não apenas do Paraná, mas de outros estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já na área comercial, a maior parte dos investimentos parte de empresários de Paranavaí, Maringá e Cianorte.

Cidade está completamente asfaltada (Foto: David Arioch)

Cidade está completamente asfaltada (Foto: David Arioch)

São obras que depois de concluídas melhoraram a arrecadação tributária do município, algo que reflete na qualidade de vida dos moradores. Atualmente, Porto Rico está completamente pavimentada e a quantidade de galerias pluviais já cobre 100% do perímetro urbano.

Written by David Arioch

August 19th, 2009 at 5:01 pm