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Moby está vendendo sua coleção de vinis para ajudar comitê de médicos veganos
O músico vegano Moby, que recentemente anunciou que não fará mais turnês para priorizar questões que ele considera mais urgentes, como os direitos animais, está vendendo a sua coleção de vinis raros para ajudar o Comitê Médico Pela Medicina Responsável dos Estados Unidos, composto por médicos veganos. Muitos dos discos que estão à venda no mercado online Reverb LP Shop foram usados por Moby durante sua carreira de décadas como DJ, e trazem inclusive algumas notas manuscritas.
“Você vai amá-los. E o dinheiro vai para o Comitê Médico pela Medicina Responsável. Então todos ganham. Bem, exceto eu, porque agora não tenho mais nenhum vinil”, declarou no vídeo de divulgação. Em abril, Moby vendeu 100 de seus instrumentos musicais e equipamentos de DJ no Reverb, também para ajudar o comitê.
Além de defender o consumo de alimentos de origem vegetal em substituição aos alimentos de origem animal como uma medida preventiva contra doenças, o grupo vai além da dieta, voltando-se para os direitos animais.
Nos últimos anos, o comitê tem lutado por medidas legislativas contra a realização de testes em animais nas escolas de medicina. O grupo também é conhecido por incentivar a reformulação das refeições escolares nos Estados Unidos – oferecendo opções veganas e excluindo alimentos de origem animal como carnes processadas.
Moby: “Precisamos parar de usar os animais como alimentos”
Ontem, no Dia Mundial do Meio Ambiente, o músico vegano Moby usou a sua conta no Instagram para motivar as pessoas a abdicarem do consumo de alimentos de origem animal.
Ele publicou uma foto da destruição das florestas tropicais provocada pela invasão da agropecuária e declarou que vale a pena lembrar que a agricultura animal é responsável por 45% das mudanças climáticas, 95% da destruição das florestas tropicais, 40% do uso de água e 50% da acidificação dos oceanos.
“Então, é claro que precisamos acabar com nossa dependência dos produtos petrolíferos e parar de usar óleo de palma, mas, para salvar a única casa que temos (assim como 100 bilhões de animais, anualmente), precisamos parar de usar os animais como alimentos”, alertou.
Moby vai parar de fazer turnês para se dedicar a atividades como o ativismo em defesa dos animais
“Nada disso é lucrativo, mas é muito mais satisfatório”
Em entrevista à matéria “Moby: on drugs, depression and coming close to suicide: ‘I didn’t want to die in a garbage bag”, publicada no Daily Telegraph na última quarta-feira, o músico vegano Richard Melville Hall, mais conhecido como Moby, revelou que vai parar de fazer turnês para se dedicar a atividades como o ativismo em defesa dos animais.
“Estive em turnê por tanto tempo, e há tantas outras coisas para se fazer na vida. Ficar em casa e sair para caminhar, jantar com os amigos, trabalhar com a política, o ativismo [em defesa dos animais] e a música, e dormir na minha própria cama, e acordar toda manhã e fazer um smoothie”, disse.
Recentemente, Moby fez uma parceria com o mercado digital Reverb.com para vender 100 peças de seu equipamento musical para beneficiar o Comitê Médico Pela Medicina Responsável dos Estados Unidos, que ajuda a disseminar o vegetarianismo e o veganismo nos Estados Unidos. Ele também tem realizado importantes eventos que ajudam a difundir cada vez mais uma filosofia de vida livre da exploração animal.
Outro exemplo é a idealização do festival anual de música vegana “Circle V”, realizado em Los Angeles desde 2016 em parceria com o baixista da banda No Doubt, Tony Kanal. “Nada disso é lucrativo, mas é muito mais satisfatório”, garante Moby.
Referência
McLean, Craig. Moby: on drugs, depression and coming close to suicide: ‘I didn’t want to die in a garbage bag. Dailty Telegraph (23 de maio de 2018).
Moby está vendendo seus equipamentos musicais para arrecadar dinheiro para um comitê de médicos veganos
O renomado músico e ativista vegano Richad Melville Hall, mais conhecido como Moby, abriu hoje uma loja online depois de firmar uma parceria com o mercado online reverb.com para vender mais de 100 peças de seus instrumentos e equipamentos musicais pessoais. Os recursos serão doados ao Comitê de Médicos Pela Medicina Responsável dos Estados Unidos, formado por médicos veganos. “Estou vendendo o equipamento que usei para fazer todos os meus discos. Tenho muitos equipamentos e quase todos têm profundo valor sentimental para mim, incluindo sintetizadores que comecei a usar nos anos 1980. Mas, em vez de guardar tudo, quero vendê-los por uma boa causa”, disse Moby ao reverb.com.
O Comitê beneficiado pela boa ação de Moby defende o consumo de alimentos de origem vegetal em substituição aos alimentos de origem animal como uma medida preventiva contra doenças. O grupo também vai além da dieta, voltando-se para os direitos animais. Nos últimos anos, o Comitê de Médicos pela Medicina Responsável dos Estados Unidos tem lutado por medidas legislativas contra a realização de testes em animais nas escolas de medicina. O grupo também é conhecido por incentivar a reformulação das refeições escolares nos Estados Unidos – oferecendo opções veganas e também excluindo alimentos de origem animal como carnes processadas.
Referência
Moby: “Os animais têm suas próprias vidas e eu não poderia mais continuar contribuindo com o sofrimento deles”
“A razão para que me tornasse vegetariano é que amo os animais e não quero estar envolvido em qualquer coisa que contribua com o seu sofrimento. No começo, desisti de carne bovina e frango. Depois, dos peixes.
Se você já passou algum tempo com os peixes, tenho certeza que você percebeu que eles sentem dor e são muito mais felizes quando não são espetados ou sufocados em uma rede.
Então refleti: ‘Mas as vacas e as galinhas exploradas para a produção de leite e ovos parecem tão miseráveis. Por que ainda estou comendo ovos e tomando leite?’ Foi aí que em 1987 abri mão de todos os produtos de origem animal e me tornei vegano.
Simplesmente para que eu pudesse viver de acordo com minhas convicções. Acredito que os animais têm suas próprias vidas e eu não poderia mais continuar contribuindo com o sofrimento deles.”
Excertos do artigo “Why I’m Vegan”, escrito pelo compositor, cantor e DJ Moby na edição de março de 2014 da Revista Rolling Stone.
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Earthlings, o que os olhos veem e o coração precisa sentir
Documentário mostra a realidade nua e crua por trás da produção de carnes, laticínios, roupas e calçados
Lançado em 2005, Earthlings – Make the Connection (Terráqueos – Faça a Conexão) é um documentário escrito, dirigido e produzido pelo ambientalista estadunidense Shaun Monson que mostra até que ponto a humanidade chegou em relação aos maus-tratos de animais.
Pesado e chocante, o filme apresenta a realidade nua e crua por trás da produção de carnes, laticínios, roupas e calçados. Também traz informações e imagens impactantes sobre espécies usadas como entretenimento ou cobaias em laboratórios farmacêuticos e da indústria da beleza.
Do início ao fim, o documentário, baseado em uma grande compilação de imagens de dezenas de autores, é narrado pelo ator hollywoodiano e vegano Joaquin Phoenix, o que ajudou muito na popularização do filme, assim como a trilha sonora assinada pelo compositor Moby, também vegano.
Logo nos primeiros minutos é difícil não se sentir mal com as cenas exibidas, e o que parece prestes a acabar, na verdade está apenas começando. E não é difícil entender qual é o propósito de Monson ao gerar esse mal-estar nos espectadores. É uma reação naturalmente saudável e esperada. Afinal, estranho seria se assistíssemos ao filme e não nos permitíssemos sentir empatia por tantos animais explorados e violentados.
E o sentimento vai ao encontro de uma frase muito bem colocada por Joaquin Phoenix em Earthlings: “Se todos tivessem que matar os animais com as próprias mãos para consumir carne, provavelmente muito mais pessoas se tornariam vegetarianas.” Então como isso é impossível de acontecer, o autor optou por chocar de outra forma, nos convidando a conhecer esse universo como cúmplices, responsáveis em maior ou menor grau pela existência de um mercado baseado na exploração e extermínio de terráqueos não humanos.
Earthlings é visceral? Com certeza! E levando isso em conta alguém pode alegar que as imagens do filme não representam a realidade de todos os animais. Sim, é uma justificativa a se considerar, já que o tratamento oscila de acordo com objetivos, consumidor final, recursos e preceitos morais e éticos.
No entanto, nada altera o fato de que independente de cidade, estado ou país, estamos sempre diante de animais relegados a uma vida breve ou longa de servidão. Sem dúvida, são seres que mais cedo ou mais tarde vão morrer, claro, assim que servirem a um propósito que não foi escolhido por eles.
É provável que muita gente não acredite que faça parte do processo que envolve a indústria da exploração animal, porém não há como negar que se gostamos de cães e gatos, por exemplo, mas consumimos produtos de origem animal, somos negligentes e ilógicos porque temos uma conduta assentada no especismo, uma crença de viés cultural que cria a falsa ilusão de que somos justos mesmo quando não somos.
Nos baseamos na ilusão de que somos superiores, logo melhores, e todos os demais seres da natureza existem apenas para satisfazer nossas pretensas necessidades. É exatamente nisso que subsiste o argumento do documentário. Em Earthlings, presenciamos inclusive a perda da identidade dos animais. Quando confinados por longos períodos, eles enlouquecem e já não se reconhecem mais como semelhantes.
Exemplos são os porquinhos que praticam canibalismo após longos períodos de cárcere. O documentário se esforça para privilegiar a diversidade, e por isso aborda desde a realidade dos animais domésticos em situação de abandono, vítimas de eutanásia e outros tipos de execuções que visam conter as superpopulações, até golfinhos brutalmente assassinados para que os japoneses possam comercializar sua carne como “carne de baleia”.
E se a violência contra os animais se perpetua é porque infelizmente ainda há muitos consumidores que pouco se importam com a procedência e o custo real, para além do dinheiro, daquilo que consomem. “Enquanto houver matadouros, haverá campos de guerra”, escreveu Liev Tolstói, como bem citado em Earthlings, em referência ao infame anseio humano de estar sempre suplantando algo ou alguém – o que ainda pouco aprendemos a controlar.
“Nós chegamos como senhores da Terra, com estranhos poderes de terror e misericórdia. O ser humano devia amar os animais como o experiente ama o inocente, e como o forte ama o vulnerável. E quando somos tocados pelo sofrimento dos animais, aquele sentimento fala bem de nós, mesmo se o ignoramos. E aqueles que dispensam o amor pelas outras criaturas, como o puro sentimentalismo, ignoram uma parte importante e boa da humanidade. Mas nenhum humano vai perder nada ao ser gentil com um animal. E, na verdade, faz parte de nosso propósito dar-lhes uma vida feliz e longa. Na floresta, o Rei Lear pergunta a Gloster: ‘Como você vê o mundo?’ E Gloster, que é cego, responde: ‘Vejo-o porque o sinto.’”, narra Joaquin Phoenix, parafraseando “Rei Lear”, de Shakespeare, no final de Earthlings.
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