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Invadindo a floresta pra criar gado
Um fazendeiro criava gado ao lado de uma área de Mata Atlântica. Quando ele percebeu que não havia espaço para o rebanho que chegava do Mato Grosso, expandiu um “pouquinho” a propriedade invadindo mais a floresta.
Mais gado chegava e mais ele desmatava – sempre com o argumento de aumentar um “pouquinho”. Um dia, percebeu que já não restava muito o que derrubar e, para não parecer um “inimigo da natureza”, achou que seria uma boa ideia deixar intacto um restinho de mata.
Logo animais de diferentes espécies que viviam na região, mas que dependiam daquela floresta para se alimentar, começaram a percorrer a fazenda em busca de alimento; e quase sempre à noite, quando já não havia movimentação de pessoas.
Encolerizado, o homem decidiu comprar algumas espingardas e munição para expulsar os invasores. Com a autorização do governo em mãos, o desejo de matá-los em defesa de sua propriedade se intensificou. Não importava o tamanho – se era filhote, adulto, pai, mãe – sobrava bala pra todo mundo.
Seis meses depois, já sem ouvir nenhum som estranho de madrugada, saiu para caminhar perto de um curral velho. Ouviu um som suave e concluiu que não era nada. Voltou para casa e na mesma semana começou a sentir febre, dores pelo corpo e náuseas.
Nenhum médico descobriu o que era. Chegou a perder 25 quilos; vomitava pelo menos uma vez por hora e não conseguia dormir. Numa madrugada, quando parecia não ter mais o que expelir, o que amplificava e muito a sua dor, começou a chorar calado e a rastejar para fora da casa.
Queria sentir o ar fresco do que restou da floresta, mas a vegetação já era tão escassa que parecia não fazer diferença. Insistente e ainda ansiando por um frescor que pudesse renovar o fôlego, se embrenhou pela sobra de mata se arrastando.
O céu estava escuro – não havia lua nem estrelas; nenhum som vindo da mata que não fosse o da respiração vacilante. Por um momento, viu a sombra de uma movimentação e sentiu algo doendo no peito – dois tiros, um suspiro alongado e uma partida. O filho também pensava que era “bicho selvagem”.
Maiores fornecedores de proteína animal não estão reduzindo as emissões de gases do efeito estufa
“É sempre bom lembrar que não existe carne barata. Essas indústrias são subsidiadas há anos pelo público”
Um novo indicador de sustentabilidade global divulgado esta semana revelou que os maiores fornecedores de carnes e laticínios não estão conseguindo gerenciar efetivamente as contribuições às mudanças climáticas, colocando em risco as metas da missão do Acordo de Paris, que rege medidas de redução de emissões de gases do efeito estufa. O indicador é resultado de um levantamento intitulado “The Coller FAIRR Protein Producer Index”, feito pela Farm Animal Investment Risk and Return (FAIRR), sediada em Londres.
O indicador, que serve como referência para investidores, avaliou as 60 maiores empresas fornecedoras de proteínas de origem animal – incluindo McDonald’s, KFC, Nestlé, Danone e Walmart. A conclusão foi que 60% dessas empresas foram classificadas como de alto risco se tratando de gerenciamento de sustentabilidade em todas as categorias – incluindo emissões de gases do efeito estufa, desmatamento e perda de biodiversidade, uso de água, bem-estar animal, desperdício, poluição, compromisso com a produção sustentável de proteínas vegetais e segurança dos trabalhadores. Tudo isso é apontado como bastante problemático para o meio ambiente.
Tratando-se especificamente de emissões de gases do efeito estufa, o percentual é ainda mais preocupante – 72%. Apenas uma das empresas que compõem o indicador conseguiu atingir pontuações consideráveis na redução de emissões. “Está claro que as indústrias de carne e laticínios permaneceram fora do escrutínio público em relação ao seu significativo impacto climático. Para que isso mude, essas empresas devem ser responsabilizadas pelas emissões e devem ter uma estratégia confiável e verificável de redução de emissões”, disse ao The Guardian a diretora do Instituto Europeu de Agricultura e Política Comercial, Shefali Sharma.
No total, segundo o indicador, 87,5% das empresas de carne bovina e laticínios não têm divulgado dados sobre as suas emissões e gerenciamento de GEE, o que é apontado como um risco ao Acordo de Paris. O FAIRR destaca que a diversificação na produção de proteínas alternativas, ou seja, de origem não animal, é fundamental tanto para o gerenciamento dos riscos da cadeia de suprimentos com restrição de recursos quanto para aproveitar as oportunidades de crescimento do mercado. Ou seja, essas empresas precisam investir menos em alimentos de origem animal e mais em alimentos de origem vegetal.
“É sempre bom lembrar que não existe carne barata. Essas indústrias são subsidiadas há anos pelo público porque pagamos por sua poluição ambiental, custos de saúde pública que não são contabilizados em seu modelo de negócios. É aí que os governos precisam intervir”, enfatiza Sharma.
Referências
The Coller FAIRR Protein Producer Index. Farm Animal Investment Risk and Return (FAIRR)
Marlon Brando: “Sempre achei os animais fáceis de amar porque o amor deles é incondicional”
“Vacas têm um hálito muito doce por causa do feno que comem”
Um dos maiores nomes do cinema norte-americano, Marlon Brando nasceu em 3 de abril de 1924 em Omaha, Nebraska. Filho de um vendedor ambulante e de uma atriz amadora, ele teve uma infância e adolescência bastante conturbada. Seu pai e sua mãe eram alcoólatras. Ainda assim, isso não o impediu de desenvolver desde cedo uma relação de respeito com os animais e com a natureza.
Em 1938, seus pais compraram uma antiga casa de fazenda em Libertyville, Illinois, a 50 quilômetros de Chicago. No local, onde os poucos animais viviam soltos, havia um estábulo e um celeiro, embora pouco usado pela família. Naquele período, uma das criaturas mais queridas por Marlon Brando era uma vaca chamada Violet, com quem ele corria pelo campo, a abraçando e a beijando. Sobre essas experiências, Brando registraria mais tarde em sua biografia: “Vacas têm um hálito muito doce por causa do feno que comem.”
Há detalhes da vida de Marlon Brando que são pouco conhecidos, como o seu hábito de recolher animais abandonados e doentes, de acordo com a biógrafa Patricia Bosworth, autora do livro “Marlon Brando”, publicado em 2001. E não apenas não humanos. Uma vez, ele levou para casa uma moça esfarrapada e doente que encontrou na rua. Naquele dia, ele e o pai discutiram; até que o pai concordou em ajudá-la.
“Sempre achei os animais fáceis de amar porque o amor deles é incondicional. Eles confiam, são leais e pouco exigentes, exceto em querer amor em troca”, registrou em sua biografia “Brando: Songs My Mother Taught Me”, publicada em 1994. Na obra, Brando explica que a sua simpatia pelos animais e pela natureza foi semeada pela sua mãe, uma mulher que não raramente era violentada por seu pai. Além disso, relata também que sua mãe não foi tão presente em sua vida quanto ele desejava.
Apesar de tudo, as lembranças do que aprendeu com sua mãe ganharam força em 31 de março de 1954. Por volta das cinco horas da manhã, quando suas mãos estavam juntas às mãos de sua mãe, antes do suspiro final, ela disse: “Não tenho medo, e você também não precisa ter.” Na ocasião, Marlon Brando se desesperou e soluçou. Então se recuperou, cortou uma mecha do cabelo de sua mãe e saiu do hospital pensando em como ela tinha sido destemida.
“Parecia-lhe que tudo na natureza estava imbuído de seu espírito, os pássaros, as folhas das árvores, e especialmente o vento. Lembrou-se de como ela o ensinara a amar a natureza, os animais e a proximidade com a terra. Tudo isso o ajudou a lidar com a sua grande perda. Ela era o símbolo de muitas coisas importantes para Marlon – sua paixão pela pureza, sua atitude em relação aos animais, à terra e à música”, escreveu Patricia Bosworth na biografia “Marlon Brando”.
Um ano antes, Marlon Brando já havia revelado o seu desinteresse por coisas que ele julgava como ausentes de essência. Prova disso foi a sua recusa em protagonizar uma produção da Broadway para a qual receberia 10 mil dólares por semana. Ele preferiu aceitar o convite de Lee Falk para participar da adaptação de “Arms and the Man”, do dramaturgo vegetariano George Bernard Shaw, recebendo modestos 500 dólares por semana.
Na mesma época, Brando começou a se interessar cada vez mais por filosofia e espiritualidade. O seu biógrafo, ator e colega de quarto David Ge’lin escreveu que enquanto moraram juntos “ele estava particularmente interessado nos filósofos alemães, particularmente em Nietzsche e na religião hindu.” Marlon Brando era fascinado por religiões orientais e meditava duas vezes por dia. A sua admiração e reverência pela natureza também lançaram luz sobre uma inclinação panteísta. Filosoficamente, ele também não velava o seu respeito pelos índios americanos – mas principalmente pela reverência ao mundo natural como uma força mística e espiritual.
Todos os animais têm direitos, a perspectiva de um cientista
Marzluff: “A indústria humana frequentemente limita diretamente os direitos naturais – o lugar das espécies na ecologia e na evolução”
Em maio de 2015, o cientista e biólogo John M. Marzluff, que também é professor de ciências da vida selvagem na Universidade de Washington, publicou na revista Wired um artigo explicando por que ele acredita que todos os animais têm direitos. O texto intitulado “All Animals Have Rights: A Researcher’s Perspective” se baseia em suas experiências e na sua compreensão da intervenção humana na vida animal. Entre os anos de 1992 e 2014, Marzluff publicou vários livros sobre a realidade da vida selvagem: “The Pinyon Jay: Behavioral Ecology of a Colonial and Cooperative Corvid”, “In the Company of Crows and Ravens”, “Gifts of the Crow”, “Dog Days Raven Nights” e “Welcome do Subirdia”:
Perdoe-me PAI, por eu ter pecado. Faz 35 anos desde que me tornei um cientista e capturei milhares de aves selvagens, equipando-as com pulseiras barulhentas ou mochilas pesadas. Tornei públicas suas vidas privadas. Algumas, temporariamente confinei em gaiolas e as submeti a varreduras cerebrais destinadas a revelar pensamentos desconhecidos.
Sempre me pergunto se violei os direitos desses seres sencientes. Amo e respeito esses pássaros e dedico minha vida à sua conservação. No entanto, para argumentar persuasivamente por sua preservação, devo saber (e contar aos outros) sobre eles. Se possível, eu pediria sua permissão antes de forçar minha curiosidade sobre eles. Mas, claro, isso é impossível.
Como biólogo, acredito que todos os organismos vivos têm direitos. Como alguém que gasta uma boa parte do ano em companhia de animais inteligentes e sociais, como corvos e lobos, estou convencido de que todas as aves e mamíferos merecem o cuidado e a consideração que damos aos humanos. A arquitetura neurológica avançada e a função cognitiva dessas criaturas comprovam o seu intelecto, mas não vejo razão para não estender direitos iguais a todos os animais.
Essa ética enfatiza o direito do indivíduo de manter o seu natural nicho ecológico e evolutivo. Aldo Leopold declarou isso eloquentemente em seu livro “A Sand County Almanac”, de 1948, “escrevendo” que algo está certo quando tende a preservar a integridade e a estabilidade e beleza da comunidade biótica. Em minha opinião, está certo – na perspectiva de Leopold – que para os animais viverem uma vida plena e livre em seu habitat natural eles precisam exercer seus papéis ecológicos e evolutivos.
Permitir que uma espécie simplesmente tenha o direito de existir significa que nós, seres humanos, devemos conceder a um camundongo o direito a uma vida em ritmo acelerado, reunindo sementes, se reproduzindo e, muitas vezes, acabando nas garras de um falcão faminto. Devemos ativar a capacidade da população de camundongos de evoluir em táticas evasivas. Os direitos dos falcões incluem a morte diária de camundongos e a evolução das estratégias para viver em um mundo dominado por humanos.
A indústria humana frequentemente limita diretamente os direitos naturais – o lugar das espécies na ecologia e na evolução – que eu concederia a todos os nossos irmãos selvagens. À medida que conduzimos algumas espécies em direção à extinção, comprometemos seu potencial evolutivo. À medida que procuramos reduzir os hábitos naturais de caça dos lobos e coiotes, violamos seus direitos de ser um predador.
Conforme concedemos a mais espécies seus direitos naturais, alguns dilemas certamente surgirão. Considere corvos e tetrazes. No oeste dos EUA, os corvos aumentaram em resposta à modificação de paisagens áridas. Nossas atividades proporcionaram aos corvos novos locais de nidificação, novos alimentos e permitem que eles se espalhem profundamente por terras silvestres degradadas e fragmentadas. Em contraste, essas mesmas ações condenam o perdiz-silvestre à extinção. O desaparecimento do perdiz fez com que os proprietários de terras, administradores da vida selvagem e conservacionistas propusessem o abate de corvos.
O corvo não foi questionado sobre o assunto. No entanto, como os pesquisadores investigam a vida pessoal dos corvos, uma resposta pode ser apresentada em nome das aves escuras. Ao capturar, marcar, contar e seguir os corvos, soubemos que a maioria dos indivíduos não é caçadora de perdizes. Muitos raramente se aventuram em centros de atividade humana – cidades, depósito de lixo e campos agrícolas. Descobrir que os poucos corvos que vivem entre os perdizes têm vida longa e são rápidos aprendizes sugere que em vez de matar pode ser muito mais eficaz ensiná-los a evitar os perdizes.
O condicionamento aversivo de corvos para que não comam os ovos de perdizes e galinhas é viável, e uma vez treinados, os corvos territoriais protegem os perdizes, mantendo outros corvos na baía. Como os animais não têm voz para expressarem os seus direitos e confrontar aqueles que os negam, a pesquisa deve elucidar suas necessidades e falar em seu nome.
Para que nossa voz seja ouvida, pesquisadores devem se preocupar com o bem-estar animal. Comitês estaduais, federais e institucionais revisam pesquisas sobre animais vertebrados para incutir integridade científica e minimizar os riscos para os animais. Os pesquisadores são obrigados a usar modelos ou simulações sempre que possível, em vez de animais reais. Os pesquisadores também devem provar que o número de animais usados é apenas grande o suficiente para garantir rigor estatístico, não maior. Cada nuance da pesquisa é examinada – captura, cuidado, experimentação e treinamento pessoal. Fazer isso produz uma voz forte e eticamente defensável para aqueles que não podem falar.
Apesar da minha boa vontade em conduzir uma pesquisa cuidadosa e significativa em nome dos animais, é evidente que nem todas as aves que pesquisei aprovaram meus métodos. A imagem de um corvo rolando no chão tentando remover as faixas da perna que eu tinha acabado de aplicar incendeia em minha memória. As reações agressivas de outros à máscara que usei durante a captura, há nove anos, servem para me lembrar da minha influência duradoura [sobre suas vidas]. Essas dores são reduzidas, no entanto, quando a exposição à pesquisa sobre a vida selvagem amplia a mente humana para considerar as necessidades dos animais. O conhecimento científico levanta a cortina do mito e do mal-entendido para que possamos aprender a coexistir pacificamente com os animais selvagens que compartilham o nosso planeta.
Referência
Marzluff, John M. All Animals Have Rights: A Researcher’s Perspective. Wired (2015).
Sobre o sofrimento de animais selvagens em armadilhas II
Na primeira hora em que um animal selvagem é preso em uma armadilha, não raramente o desespero faz com que ele comece a mastigar os seus próprios membros na tentativa de se livrar da situação. Isto porque a dor é tão visceral que ele é capaz de qualquer coisa para tentar sobreviver, mesmo que os ferimentos posteriores também possam causar-lhe a morte caso ele não receba nenhum tipo de ajuda.
Referência
Animal Ethics in Animal Research, livro de autoria de Helena Röcklinsberg e publicado em outubro de 2017 pela Editora da Universidade de Cambridge.
Sobre o sofrimento de animais selvagens em armadilhas
A natureza é incrível, uma breve reflexão sobre comer animais
A natureza é incrível. Se comemos uma fruta, podemos guardar as sementes, plantá-las e no futuro teremos mais frutas. Se nos alimentamos de uma planta, podemos preservar suas raízes para que ela continue prosperando e nos fornecendo nutrientes.
No caso dos animais, se os comemos, isso significa que os matamos. Há não apenas violência, mas terror, sangue, sujeira e mau cheiro. Se demorarmos demais, ou se o processo não for “bem feito”, restará a podridão.
O seu sofrimento é perceptível aos olhos de qualquer criança. E não há nada que possa ser feito para restaurarmos suas vidas. Eles não renascerão se plantarmos seus pés. Não há nem mesmo funeral, e simplesmente porque não há nada significativo a enterrar.
A natureza é tão incrível
A natureza é tão incrível. Se comemos uma fruta, podemos guardar as sementes, plantá-las e no futuro teremos mais frutas. Se nos alimentamos de uma planta, podemos preservar suas raízes para que ela continue prosperando e nos fornecendo nutrientes.
No caso dos animais, se os comemos, isso significa que os matamos. Há não apenas violência, mas terror, sangue, sujeira e mau cheiro. Se demorarmos demais, ou se o processo não for “bem feito”, restará a podridão.
O seu sofrimento é perceptível aos olhos de qualquer criança. E não há nada que possa ser feito para restaurarmos suas vidas. Eles não renascerão se plantarmos seus pés. Não há nem mesmo funeral, e simplesmente porque não há nada significativo a enterrar.
Acredito que o câncer surgiu a partir do momento que nos afastamos da nossa natureza
Acredito que o câncer surgiu a partir do momento que nos afastamos da nossa natureza. Meu pai faleceu em decorrência dessa doença quando eu era criança. Se eu pudesse voltar no tempo, teria dito para ele fazer uma terapia nutricional, não simplesmente os tradicionais tratamentos agressivos.
Não demonizo os tratamentos modernos de câncer, só acredito que não são tão eficazes sem o reencontro do ser humano com a sua própria natureza. Na realidade, creio que todas as doenças surgiram a partir do momento que nos afastamos de nossa natureza, inclusive aquelas apontadas como resultado de predisposição genética. Afinal, uma doença não se desenvolve facilmente em um ambiente verdadeiramente saudável.
Quando alguém faz piada sobre a preocupação com as mudanças climáticas
Acho que você tem razão, a natureza deve ser espoliada a níveis alarmantes e nunca amargaremos as consequências disso, não é mesmo? Acredito que muito do que acontece de ruim no mundo tem relação com a destruição do meio ambiente e, consequentemente, de outras vidas. Você concordando ou não, e independente do nível de informação, a preocupação com as mudanças climáticas, mesmo quando singela, é uma manifestação do anseio por um mundo melhor, menos agressivo com todos os seres vivos que habitam a Terra.
Não é preciso nenhum relatório para deixar claro que a natureza não é uma subalterna da humanidade, que deve ser explorada exaustivamente. Sem limites, o ser humano continuará se preocupando apenas com o que lhe convém. Ouso até dizer que uma das piores doenças do mundo contemporâneo é a ganância, porque ela infla muitas pessoas com um individualismo tão abjeto que faz com que nada seja mais importante do que o próprio ego. Isso é muito perigoso porque arrasta consigo a ideia equivocada de superioridade, que também é a raiz de muitos males.
Ao longo da história, quanto a humanidade investiu em guerras? E quanto ela investiu na preservação e recuperação do meio ambiente? Gosto de fazer essa pergunta para quem faz piada de relatórios sobre problemas ambientais como as mudanças climáticas. Não adianta falar que isso é uma preocupação meramente contemporânea porque essa reflexão já existia na Grécia Antiga. A diferença é que tudo que foi dito no passado sobre o respeito ao meio ambiente foi ignorado. E, claro, como consequência, não apenas prejudicamos nós mesmos, como também muitas outras espécies que não tomaram parte nos danos ao meio ambiente.
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