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Os perigos das dietas que demonizam os carboidratos e incentivam o alto consumo de proteínas de origem animal
Sobre as dietas de perda de peso, as pessoas usam duas abordagens que não funcionam a longo prazo. Então é claro que elas dizem que dietas não funcionam. Uma abordagem é tentar ficar sem comer e sentir fome o tempo todo. Essas são dietas de porções controladas, dietas típicas que as pessoas seguem. Não funciona porque você sente fome o tempo todo, e não se pode tolerar esse tipo de dor.
As alternativas são as dietas “torne-se um doente”. E essas são as dietas de alta proteína de origem animal, alta gordura e baixo carboidrato. Nos últimos anos surgiram muitas dietas afirmando que comer pouco carboidrato e muita proteína animal ajuda a perder peso. Tudo orquestrado por campanhas publicitárias multimilionárias e pelo endosso de celebridades [que lucram com isso]. Como resultado, a maioria das pessoas hoje associa carboidrato a ganho de peso.
Dietas com pouco carboidrato deixam você doente [um exemplo é a baixa na imunidade]. Como resultado, todo o seu corpo fica doente, [com riscos de] doenças arteriais e danos nos rins, no fígado e assim por diante. Elas aumentam a mortalidade. Isso já foi mostrado inúmeras vezes nos grandes estudos. Mas elas também o deixam doente de forma que faz você perder o apetite. A pessoa diz: “Finalmente encontre a solução!” E então você entra em cetose e perde o apetite. Como resultado, pode se sustentar sem pensar em comida o tempo todo. Porque você está doente. Essas dietas são perigosas, e as pessoas não deveriam segui-las.
Em 1973, Rob Atkins publicou seu primeiro livro no qual ele argumentava que o problema não era com a gordura, o problema não era com a proteína. Segundo ele, o problema era que consumíamos carboidratos demais. E ele defendeu este argumento. E depois, muitas outras pessoas escreveram a mesma coisa. A Dieta de South Beach é apenas uma cópia, na maior parte, da Dieta Atkins.
A Dieta das Zonas é uma cópia, e a Dieta do Tipo Sanguíneo, em muitos aspectos, também é uma cópia. Calorias Boas, Calorias Ruins, de Gary Taubes, a mesma coisa. Até mesmo Michael Pollan, devo dizer, o Dilema do Onívoro, é uma cópia. E a Dieta Paleo, tão popular hoje em dia, é só uma cópia.
São erros e fraudes em dietas comerciais com nomes diferentes, e podem cuspir diferentes argumentos sobre o porquê de aquilo estar certo, mas estão todos errados. Isso é escrito por pessoas, devo dizer, que não têm experiência nesse campo de pesquisa nutricional, e ponto. A maioria nunca publicou um artigo sequer na literatura científica.
Bem, como você sabe, as maiores mentiras do mundo são aquelas que têm um fundo de verdade. Todos sabemos disso. É uma grande tática. É verdade, concordo que devemos cortar os carboidratos, mas os carboidratos simples. Isso está fora do contexto geral. Você sabe, açúcar, farinha branca. Isso faz sentido. Neste caso, tem um fundo de verdade. Mas eles nem sempre destacam isso. Apenas dizem: low carb, low carb, low carb.
Todos querem ouvir boas notícias sobre seus maus hábitos. Então quando você diz às pessoas que elas podem comer quanta lagosta quiserem, podem comer bife com ovos, alguns incluem laticínios, outros não. Isso soa agradável para as pessoas porque parece menos restritivo. Algumas das pessoas que estão falando sobre dietas com poucos carboidratos não têm habilidades para avaliar informações científicas. Escute, esqueça o que você gosta ou não gosta. Pense no seu objetivo.
John McDougall, médico especialista em nutrição e autor do livro “The Starch Solution”.
T. Colin Campbell, bioquímico e doutor em nutrição, que estudou as implicações do consumo de alimentos de origem animal por 20 anos. Em 2005, o seu trabalho foi transformado no livro “The China Study”.
Pamela A. Popper, doutora em nutrição e fundadora do Fórum Wellness.
Excertos de depoimentos do documentário “Food Choices”, de Michal Siewierski.
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Leite é um alimento saudável para bezerros, para filhotes de vaca
Leite é um alimento saudável para bezerros, para filhotes de vaca. Leite é para bebês, literalmente. Somos a única espécie que [conscientemente] toma leite de outra espécie, e também a única espécie que [conscientemente] toma leite depois de virar adulto. Por que o leite é associado com o aumento de risco de câncer de próstata? Bem, o que é o leite? Leite é um coquetel de hormônios do crescimento que fazem com que um pequeno animal bovino, suscetível de ser caçado na savana africana, ganhe algumas centenas de quilos em poucos meses, porque ele não quer ser comido por um leão. Então ele é desenvolvido como um alimento para o crescimento rápido, o que é ótimo se você é um bezerro, mas se você é um humano adulto esse excesso de hormônios do crescimento não é uma coisa boa.
Uma das coisas mais difíceis para as pessoas largarem são os laticínios, e às vezes são muito resistentes. Uma coisa que sempre digo às pessoas é: Bem, por que não olhe as evidências e decida por você mesmo? Porque eu sempre disse que controlar a sua saúde não é fazer o que eu digo em vez de fazer o que os outros dizem. Tomar controle da sua saúde é olhar para as informações e fazer escolhas conscientes sobre o que você quer fazer.
Descrevo laticínios como carne líquida. Basicamente como carne vermelha: alto teor de gordura, colesterol e nada de fibras. Na verdade, pode ser pior do que a carne vermelha. A caseína que usam para dar liga no queijo é cheia de química. E são químicos tão viciantes que se assemelham à heroína [nesse aspecto], pois não temos quatro estômagos como os bezerros [para metabolizá-la corretamente]. E infelizmente o leite está em tudo. Eles colocam secreções de vaca, sei que há outros nomes para isso, como laticínio, manteiga, sorvete, queijo. Mas realmente isso não é nada além de leite de amamentação tirado de uma vaca.
O único motivo pelo qual as pessoas acham que precisamos de cálcio extra é porque há duas décadas cientistas elevaram a quantidade de cálcio que precisamos ingerir. Isso foi influenciado pela indústria de laticínios. O que eles realmente estão dizendo é: “Não estamos bebendo leite o suficiente.” Porque isso é o que a indústria de laticínios quer que falemos. Quando, na verdade, se você olhar para a relação entre quanto cálcio as pessoas consomem em diferentes sociedades, já que se relaciona, digamos, com a osteoporose, doença nos ossos, quanto maior a ingestão de cálcio, mais alto é o risco de osteoporose. Ninguém quer ouvir isso. Mas é isso que os dados reais mostram.
Michael Greger, médico especialista em nutrição e fundador da NutritionFacts.org
Pamela A. Popper, doutora em nutrição e fundadora do Fórum Wellness.
John McDougall, médico especialista em nutrição e autor do livro “The Starch Solution”.
Karyn Calabrese, chefe de cozinha e escritora de literatura wellness.
T. Colin Campbell, bioquímico e doutor em nutrição, que estudou as implicações do consumo de alimentos de origem animal por 20 anos. Em 2005, o seu trabalho foi transformado no livro “The China Study”.
Excertos de depoimentos do documentário “Food Choices”, de Michal Siewierski.
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