David Arioch – Jornalismo Cultural

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Mais um especial de Natal da Sadia

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A realidade do peru e de outros animais mortos, embalados (inteiros ou não) e servidos sobre uma mesa funestamente colorida, a Sadia e nenhuma outra indústria alimentícia faz questão de mostrar

Tradicionalmente, nesta época, muitos se emocionam com o comercial da Sadia, um especial de Natal, mas poucos se sensibilizam com os animais reduzidos a produtos. Alegria, família, crianças sorrindo, abraços, confraternização, uma verdadeira lição de harmonia e fraternidade. Muito amor envolvido. Embalagens bonitas, rótulos bem elaborados, tudo para dissociar o que se come da realidade.

E claro, um peru feliz divulgando a própria carne, como se estivesse se oferecendo para morrer. Como sempre, uma utopia que vela uma distopia. Afinal, a realidade do peru e de outros animais mortos, embalados (inteiros ou não) e servidos sobre uma mesa funestamente colorida, a Sadia e nenhuma outra indústria alimentícia faz questão de mostrar.





Written by David Arioch

November 30th, 2017 at 4:22 pm

Milhões de perus são mortos a cada Natal no Brasil

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O abate é feito introduzindo uma faca de dois gumes pela garganta do animal, assim cortando as artérias e as veias do pescoço

No Brasil, são mortos cerca de oito milhões de perus a cada Natal. Desse total, aproximadamente 90% é comercializado pela BRF, segundo a própria empresa. São milhões de vidas ceifadas para saciar o “paladar natalino”. Geralmente a ave, que viveria naturalmente até os 15 anos, é morta com pouco mais de dois meses, e peso que varia de três a seis quilos, considerado o ideal para o Natal.

As fêmeas são as preferidas porque não crescem tanto quanto os machos, assim tendo maior aceitação comercial nessa época do ano. Quando atingem o peso almejado pela indústria, os perus são deixados em jejum, para favorecer o esvaziamento gástrico. Depois são transportados até o matadouro em gaiolas apertadas sobre caminhões.

Ou seja, tudo em prol da carne, e nada em benefício do animal, mesmo que ele esteja próximo de seu fim. Chamam isso de “bem-estar animal”, desde que a ave tenha vivido por curto período em algum espaço que a permitisse mover, mesmo que desconfortavelmente, as asas e os pés. O estresse do confinamento intensivo normalmente é desconsiderado.

No matadouro, o abate é feito introduzindo uma faca de dois gumes pela garganta do animal, assim cortando as artérias e as veias do pescoço enquanto ele se debate de cabeça para baixo, com os pés presos por grilhões. Mais tarde, o peru é depenado em água bem quente, limpo, embalado e comercializado como qualquer produto jamais dotado de vida. Em pouco tempo, ele é comprado e servido no dia em que é celebrado no Ocidente o nascimento do menino Jesus.

Ao redor da mesa, as pessoas não verão nada de errado em se alimentar dessas criaturas. Dificilmente alguém vai dedicar tempo refletindo sobre a vida de quem repousa como alimento sobre a mesa. Afinal, o que tem errado em colocar o paladar acima da empatia?

Celebrar a vida com a morte, financiar a crueldade contra outros animais, há muito tempo se tornou parte da humanidade. Talvez possa parecer estranho, mas é exatamente isso que endossamos o ano todo. Claro, mais ainda em época de “espírito natalino”, um período sempre marcado pelo aumento exponencial de mortes de animais não humanos.





Written by David Arioch

November 21st, 2017 at 11:34 pm

“Não, Peru. Você não pode ficar aqui”

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“Quem sabe, no futuro, quando toda a gente deixar de ser preconceituosa”

Um cachorro entrou no mercado. Circulou por várias seções até encontrar um velhinho e uma velhinha. Enquanto alguns riam e outros achavam aquilo um absurdo, o senhor baixinho apontou o dedo para o cãozinho e disse:

— Não, Peru. Você não pode ficar aqui. Quem sabe, no futuro, quando toda a gente deixar de ser preconceituosa. Eles não sabem como você é limpinho e educado. Mas não há como explicar isso, não é mesmo? Quem vai dar razão pra gente? Ninguém ou quase ninguém. Logo nos encontramos lá fora, tudo bem? Não vamos demorar.

Depois de ouvir as palavras do velhinho, Peru balançou o rabinho, se afastou e saiu por onde entrou.

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Written by David Arioch

June 19th, 2017 at 12:42 am

Patrimônios mundiais estão sob ameaça

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Machu Picchu e Grande Barreira de Corais estão ameaçadas (Fotos: Divulgação)

A Grande Barreira de Corais, na Austrália, e a cidade inca de Machu Picchu, no Peru, dois dos patrimônios naturais e culturais mais preciosos do mundo, estão sob ameaça de grandes atividades industriais. Esse é o alerta do Fundo Mundial da Natureza (WWF). A organização não governamental informou que metade dos 229 locais listados como Patrimônio Mundial estão ameaçados por atividades como desmatamento, pesca e exploração de petróleo.

Para mais informações, acesse: 

http://www.worldwildlife.org/

 

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Pedro López, o serial killer que matou mais de 300 garotas

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Psicopata atuou principalmente no Equador, Peru e Colômbia

Pedro López ainda continua foragido (Foto: Reprodução)

Conhecido como o “Monstro dos Andes”, o colombiano Pedro Alonso López, é considerado o serial killer que praticou o maior número de homicídios da História. Ao psicopata, é atribuído o estupro e assassinato de mais de 300 garotas do Equador, Peru e Colômbia.

Filho de uma prostituta, López vivia com doze irmãos em Santa Isabel, no departamento colombiano de Tolima, até que em 1957, aos oito anos, foi expulso de casa pela mãe que o entregou a um homem que o sodomizava diariamente. Aos 12 anos, uma família estadunidense o levou e o matriculou em uma escola para órfãos. Novamente, Pedro Alonso foi vítima de abuso sexual. Dessa vez, por parte de um professor.

Aos 18, após ser preso por pequenos delitos, foi estuprado por dois homens que mais tarde assassinou na prisão.Quando foi libertado, iniciou sua jornada de crimes no Peru. Em 1978, López já havia matado pelo menos cem garotas, até que foi capturado por uma tribo nativa. Quando se preparavam para executá-lo, um missionário estadunidense interveio e os convenceu a entregá-lo à Polícia Estadual.

Serial killer sofreu abuso sexual aos oito anos (Foto: Reprodução)

Por falta de provas dos crimes cometidos por López tiveram de liberá-lo. Entre Peru, Colômbia e Equador, Pedro Alonso manteve uma média de três mortes por semana. Em 1980, López foi detido em uma tentativa de sequestro malsucedida. À época, confessou a autoria de mais de 300 homicídios. Só começaram a crer no colombiano quando encontraram no Equador a primeira vala de corpos com 53 vítimas entre nove e doze anos. Anos depois, em 1994, o Governo Federal do Equador o libertou e o deportou para a Colômbia, onde viveu na ala psiquiátrica de um hospital de Bogotá.

Em 1998, foi declarado são e ganhou a liberdade após pagar uma fiança de 50 dólares. Em uma entrevista à BBC de Londres, Pedro Alonso López definiu a si mesmo como “O Homem do Século”. Em 2002, a Interpol encontrou uma nova vítima do colombiano que até hoje continua desaparecido.

Algumas frases do Serial Killer Pedro López:

“Eu gosto das meninas do Equador. Elas são mais gentis e inocentes. Elas não são tão desconfiadas com estranhos como as meninas da Colômbia”.

“Eu perdi minha inocência aos oito anos, então eu decidi que faria o mesmo com o maior número de meninas que eu pudesse seduzir”.

“Eu sou o homem do século. Ninguém nunca vai me esquecer”.

Referências

https://web.archive.org/web/20071021224003/http://users.erols.com/mwhite28/lopez_ap.htm

http://www.biography.com/people/pedro-alonso-lopez-12103226

https://web.archive.org/web/20150216093053/http://www.guinnessworldrecords.com/world-records/most-prolific-serial-killer
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