Archive for the ‘Propaganda’ tag
Como achar normal a morte de 70 bilhões de animais terrestres por ano para consumo?
O que existe de errado com o chamado “bem-estarismo animal”
Aceitação e rejeição à exploração animal e propaganda
Breve reflexão sobre a propaganda que beneficia a exploração animal
Neste momento, penso em dois lados da publicidade e propaganda que beneficiam a indústria da exploração animal. De um lado, o investimento maciço feito na propaganda do suposto bem-estar animal e da dissimulação estética. Exemplos clássicos? Embalagens e comerciais com “animais felizes em morrer”.
Do outro, esteado em um contexto histórico e cultural, o endossamento gratuito que parte do sistema educacional por meio de material didático voltado à perpetuação da naturalização da objetificação animal, além de livros infantis que legitimam, romantizam e ajudam a perenizar essa exploração sem propor qualquer questionamento, reflexão ou margem à contrariedade.
Alguns livrinhos enfatizam: “O boi está feliz em morrer para que você possa comê-lo”, “Sim, a galinha existe só para te servir”, “Isso mesmo! Você é superior e pode fazer o que quiser com eles.” Quando reproduzimos e endossamos tais discursos, rejeitamos a realidade concreta e o êthos de nossas ações.
Afinal, aponte-me um animal feliz em ser golpeado no matadouro. Ou mostre-me uma galinha satisfeita em ter uma visa resumida a botar ovos; ou uma vaca se regozijando em dar à luz para brevemente ser privada do convívio com os seus.
Propaganda jamais deve estar acima da moral e da ética
Propaganda jamais deve estar acima da moral e da ética. Quando você faz da propaganda o seu principal veículo de transformação e deixa a moral e a ética em segundo plano, isso significa que direta ou indiretamente você pode recorrer a meios caliginosos, rasos, hiperbólicos, conflitantes ou incertos para convencer o maior número de pessoas a compartilharem de suas ideias. É claro que a propaganda pode triunfar, mas também pode ter um prazo de validade bem curto dependendo da forma como é conduzida. Ainda mais no mundo atual, em que a propaganda pode ser tão sólida quanto um castelo de areia.