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Veganismo não é sobre perfeição ou pureza
Jovem vegano percorre mais de 1600 quilômetros a pé para arrecadar dinheiro para o resgate de cabras
“Enquanto os humanos são invariavelmente complicados e esporadicamente miseráveis, não é preciso muito para fazer uma cabra feliz”
O britânico Jack Mackey, de 19 anos, decidiu viajar de St. Albans, na Inglaterra, para Aberdeen, na Escócia, a pé. O motivo? Chamar a atenção e, dessa forma, arrecadar dinheiro para o resgate de cabras abandonadas, abusadas e negligenciadas.
A viagem de mil milhas, o equivalente a mais de 1600 quilômetros, foi a forma que Mackey encontrou de divulgar também o veganismo e conscientizar as pessoas sobre a importância do resgate de outros animais, além de cães e gatos. Em entrevista ao The Tab, ele explicou que não houve nenhuma preparação especial para a viagem, inclusive sua alimentação tem sido improvisada em postos de combustíveis.
A recepção tem sido bem positiva e Mackey está conseguindo atrair a atenção que desejava. “Tudo o que sei é que, devido ao fato de que eu estava despreparado para a magnitude dessa tarefa, tem sido uma experiência que não esquecerei rapidamente”, afirmou.
Desde que deixou St. Albans, a alimentação do jovem tem sido baseada em pasta de amendoim, smoothies e pães. Segundo Mackey, que começa a estudar na Universidade de Aberdeen em setembro, a inspiração para a viagem a pé também veio com a música “I’m Gonna Be (500 Miles)”, da banda escocesa de folk rock The Proclaimers.
“Tentarei arrecadar dinheiro para uma instituição de caridade que resgata cabras abandonadas, abusadas e negligenciadas, proporcionando-lhes uma um lar e uma boa vida. Enquanto os humanos são invariavelmente complicados e esporadicamente miseráveis, não é preciso muito para fazer uma cabra feliz”, enfatizou.
Reflexões de um minuto – Imagine passar a sua vida confinado como um animal criado para consumo
Um desabafo vegano (ou não)
Pessoas que fazem clubismo ou criam panelinhas no “meio vegano”, que boicotam ou rejeitam pessoas que fazem um trabalho sério? Não, obrigado. Prefiro ser um sujeito inclusivo mesmo. Ninguém é porta-voz do veganismo. As pessoas podem ser porta-vozes de organizações, grupos, etc. Porém, ninguém dita quem é mais vegano ou não; ou como as pessoas devem se comportar para parecerem mais ou menos veganas. O veganismo é um movimento, de fato, com toda a sua representatividade, mas ninguém tem autoridade para falar como se o veganismo fosse uma patente que pertencesse a si mesmo.
É a mesma coisa quando alguém cria algo que sobrevive mesmo após a sua morte. Essa coisa cria vida, se torna maior do que ela, e desenvolve raízes que nem o seu criador é capaz de controlar ou mensurar. Afinal, somos humanos, e nossa pequenez é evidente. A reconheço desde os primeiros anos de vida, porque assim fui criado. Vejo o veganismo da mesma forma. E devo dizer que acho lamentável quando encontro pessoas se comportando como se elas fossem os arautos de um movimento.
Sim, me identifico como vegano, porque é o termo que melhor condiz com a forma como encaro os animais. Porém, volto a dizer mais uma vez: “O veganismo pra mim não é uma questão de identidade, não sou vegano para parecer diferente aos olhos de ninguém.” Ser chamado de vegano ou não, não muda nada para mim. O meu trabalho é contra a exploração de animais. Gosta do meu trabalho? Obrigado. Não gosta? Sem problema também.
Não busco clubismo, busco inclusão, disseminação da informação. Não quero ser louvado ou idolatrado por ninguém. Quero apenas respeito e consideração. Faço um trabalho solitário, de fato, mas esse trabalho é motivado pela minha consciência e pelo meu coração, logo razão e sensibilidade. E isso me basta porque a minha ideologia é basicamente o respeito à vida.