David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

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“Free Me”, clássico vegano de John Feldmann, completa 16 anos

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Feldmann protestando contra a KFC em Melbourne, na Austrália (Foto: Animal Liberation Victoria)

O clássico vegano “Free Me”, “Me Liberte”, música escrita e gravada por John Feldmann, conhecido internacionalmente como o fundador da banda de punk rock/ska Goldfinger, está completando 16 anos. A composição faz parte do álbum “Open Your Eyes”, lançado pela banda em 2002. Na composição, Feldmann assume a voz dos animais explorados pela humanidade das mais diferentes formas. O clipe da música apresenta imagens registradas em fazendas, matadouros, laboratórios, indústrias e espaços de entretenimento.

Desde que se tornou vegetariano em 1996, Feldmann fez dos direitos animais a sua principal bandeira. Ele é da opinião que, se alguém estiver disposto a ouvi-lo, ele é capaz de passar o dia todo falando sobre a importância dos direitos animais, justificando que a causa se tornou a coisa mais importante da sua vida.

Algumas pessoas podem dizer que a realidade retratada no clipe “Free Me”, que ganhou várias versões, não retrata a realidade de todos os matadouros, e que são casos isolados. Porém, para quem pensa assim, Feldmann tem uma mensagem: “A verdade é que isso acontece em todos os lugares e a todo momento. No final dos meus shows, pelo menos 20 jovens me dizem que vão se tornar vegetarianos ou veganos por causa desse vídeo [Free Me], ou da música, ou da nossa banda. Isso é a coisa mais poderosa de todas que conquistei em minha carreira”, declarou.

Questionado sobre o que o motivou a tornar-se vegetariano e mais tarde vegano, ele contou que a sua transformação começou quando, por meio de informações do Instituto Earth Island, de São Francisco, ele soube dos abusos sofridos pelos golfinhos. “Eu disse: ‘Isso é errado, o que posso fazer?’ Então parei de comer atum de empresas que usavam redes [responsáveis pela morte de golfinhos]. A partir daí, comecei a prestar atenção nos circos, de onde vem o couro, coisas assim”, informou em entrevista à revista Satya em maio de 2003.

A mudança maior veio com “Babe”, de Chris Noonan, lançado em 1995. O filme levou John Feldmann a fazer a conexão entre os animais e a origem da comida. “Parei de comer porcos assim que vi o filme. Então todas as outras coisas, como pedaços crocantes de frango que eu mordia, fiquei como: ‘Por que estou comendo isso? O que estou fazendo?’ É tão errado! Naquele tempo, eu não tinha ideia das atrocidades nos matadouros”, justificou.

O impacto foi ainda maior quando descobriu que porcos são espertos como os cães. Depois, ele continuou pesquisando e encontrou muitas filmagens de matadouros. “Aquilo foi horrível. Quanto mais eu buscava, mais eu encontrava. Para mim, os laticínios são os piores. Cheguei a preferir que as pessoas comessem um bife do que bebessem um copo de leite, porque pelo menos a vaca logo estaria livre de sua vida miserável. Com o leite, a situação é outra [o sofrimento é prolongado, já que elas são abatidas somente quando param de produzir leite]”, lamentou à Satya.

Embora tenha sido lançado em 2002, o vídeo da música “Free Me”, ou “Me Liberte”, em que Feldmann reage contra a indústria da exploração animal ao dar voz aos animais, é considerado um dos hinos dos direitos animais, inclusive sendo usado até hoje por organizações e ativistas de todo o mundo.

Saiba Mais

Em 15 de outubro de 2003, enquanto estava em turnê com o Goldfinger pela Austrália, John Feldmann endossou um dos protestos organizados pela Animal Liberation Victoria contra a rede de fast food KFC por envolvimento em crueldade contra animais.

Me Liberte

Eu não pedi pra você me tirar daqui
Eu não pedi para ser quebrado
Eu não pedi para acariciar o meu pelo
Você me trata como uma lembrança sem valor

Mas minha pele é densa
E minha mente é forte
Fui criado como meu pai
Não fiz nada de errado

Então me liberte
Eu só quero sentir o que a vida deveria ser
Eu só quero espaço suficiente para me virar
E enfrentar a realidade
Então me liberte

Quando você vai se dar conta de que
Você está errado
Você não consegue nem pensar por si mesmo
Você não consegue se decidir
Por isso, minha mente é uma jaula
Eu odeio toda a maldita raça humana
Que diabos você quer de mim?
Mate-me se você não sabe
Ou me liberte

Eu só quero sentir o que a vida deveria ser
Eu só quero espaço suficiente para me virar
Porque vocês estão todos ferrados
Algum dia talvez você me trate como a si mesmo.

 

 

 

 

 





 

A morte de Chuck Mosley

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Chuck Mosley faleceu no último dia 9 de novembro

Fiquei sabendo agora que o Chuck Mosley faleceu. Triste. Embora eu curta muito o vocal do Mike Patton, Mosley fez história com o Faith No More também. Cantei muito “We Care a Lot” na minha adolescência nos anos 1990. Música que deu origem ao disco homônimo dos caras em 1985.

Written by David Arioch

November 12th, 2017 at 11:34 pm

Ouvindo Rammstein desde 1999

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Em 1999, a banda infelizmente não foi muito bem recebida no Brasil (Foto: Reprodução)

Curto muito a banda alemã Rammstein. Conheci em 1999 quando eu era molecote e estava em Cuiabá. Como eu já curtia metal industrial, contagiado pelo Ministry, de Al Jourgensen, foi alegria à primeira vista. Por outro lado, me recordo que naquela época era difícil encontrar quem não desprezasse a banda. Prova disso foi a primeira apresentação que eles fizeram no Brasil naquele ano, abrindo o show do Kiss. Jogaram inclusive objetos no palco e chamaram os caras de “palhaços”. Como se ser palhaço pudesse ser uma ofensa; além de uma baita contradição, já que o Kiss era a atração principal.

Muitas bandas que ouvi na adolescência e inclusive na fase adulta ficaram pelo caminho. Quero dizer, parei de ouvir muita coisa, mas Rammstein continua sendo uma banda que considero inesquecível, mesmo que haja períodos em que eu não a escute. Controversa, boas letras (consequência natural de músicos com bom nível cultural em geral – uma coisa que reconheço que não é tão comum na música) e bons clipes. Acho que tudo isso se soma para eu ter a banda em grande estima.





Written by David Arioch

June 4th, 2017 at 9:50 pm

Johnny Marr: “Desde que escrevemos ‘Meat is Murder’, nunca mais comi carne”

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“Eu não poderia ser hipócrita. Para ser honesto, não foi realmente um sacrifício [ficar sem comer carne]”

Johnny Marr: “Não teria sido certo para mim tocar essa música sem ser vegetariano”

Um dos fundadores da icônica banda britânica de rock The Smiths, Johnny Marr até hoje é citado como um dos mais importantes guitarristas dos anos 1980. Ao lado de Morrissey, ele gravou o álbum “Meat is Murder”, que se tornou um símbolo para vegetarianos e veganos do mundo todo. Enquanto Morrissey assinava as letras das músicas, Marr se responsabilizava pela harmonia. A parceria durou cinco anos, e juntos gravaram quatro discos.

Em entrevista a John Hind, do The Guardian, publicada em 20 de novembro de 2016, Johnny Marr contou que desde que ele e Morrissey escreveram “Meat is Murder”, ele nunca mais comeu carne. “Eu não poderia ser hipócrita. Para ser honesto, não foi realmente um sacrifício [ficar sem comer carne], disse em referência ao álbum lançado em 1985.

A faixa título, que critica o consumo de carne, e ainda traz o apelo de uma pequena gravação de vacas mugindo em um matadouro, mudou a vida de muita gente. Enquanto Morrissey canta: “Morte sem razão é assassinato”, a guitarra de Johnny Marr chora ao fundo. Sem dúvida, “Meat is Murder” é uma das composições mais intensas e perturbadoras escritas pelo The Smiths em sua curta e produtiva carreira.

Prova da força da música é que até hoje os fãs se aproximam de Johnny Marr para dizer que “Meat is Murder” mudou completamente seus hábitos alimentares, e mais – suas vidas. Ele se orgulha de encontrar pessoas dizendo que se tornaram vegetarianas ou veganas por causa da composição, de acordo com informações publicadas no Clash Music em 27 de julho de 2010.

“Não teria sido certo para mim tocar essa música sem ser vegetariano. A coisa engraçada é que até então a minha única interação com os animais tinha sido algo como: “Espero que este cão não me morda”. […] Mas quando parei de comer animais, comecei a sentir mais empatia por eles”, declarou em entrevista publicada por Louise Wallis em 6 de agosto de 2011.

Johnny Marr se tornou vegano em 2005, quando se mudou para Portland, no estado do Oregon, nos Estados Unidos. Sobre essa decisão, ele justificou que gosta da ideia do progresso, de ser progressista.Portland tem uma atitude muito liberal e moderna, e alguns dos meus amigos lá já eram veganos. Estou feliz por ter entrado nessa. É muito mais fácil ser vegano nos Estados Unidos do que na Europa; há mais variedade cultural e, portanto, mais escolhas”, argumentou.

Questionado sobre o processo de composição de “Meat is Murder”, Marr relatou que Morrissey deu o título e a letra da música e ele entrou com o sentimento. “Apareci com a melodia, que interpretei como sugestiva, contudo inquietante, e a banda captou isso em uma tarde de inverno em Liverpool. A senti intensa, mas estranhamente bela quando a criamos. Adoro essa faixa”, admitiu a Louise Wallis.

“Desistir dessas coisas [alimentos de origem animal] não significa sacrifício ou miséria para mim. Vejo isso como o oposto, é interessante. […] Todas essas coisas me tornaram mais focado e energizado. Toda a minha família é vegetariana. Angie [esposa] era vegetariana quando nos conhecemos. Eu tinha 15 anos, e ela 14. Era bem informada. Eu provavelmente teria me tornado vegetariano mesmo sem a música, suponho”, destacou.

Saiba Mais

Johnny Marr nasceu em Manchester, na Inglaterra, em 31 de outubro de 1963.

Ele gosta de comer salada com tofu, comida tailandesa, mediterrânea e mexicana, além de massas e muito espinafre.

Referências

https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2016/nov/20/life-on-a-plate-johnny-marr-the-smiths

http://www.clashmusic.com/news/johnny-marr-talks-vegetarianism

Johnny Marr interview

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Lindsay Schoolcraft: “Vejo os animais como iguais [quanto ao direito à vida], enquanto os outros os veem como mercadorias”

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“Ser vegano é ter consciência de que você pode melhorar o planeta e a vida dos outros seres tomando decisões mais inteligentes de consumo”

Lindsay se tornou vegana em 2012 (Foto: Divulgação)

Vocalista e tecladista da banda inglesa de metal extremo Cradle of Filth, Lindsay Schoolcraft se tornou vegana em 2012. O que a fez refletir profundamente sobre a realidade da produção e do consumo de alimentos de origem animal foi o documentário “Food, Inc”, lançado em 2008 por Robert Kenner.

“Depois que assisti ‘Food, Inc’, me senti desconfortável com os produtos de origem animal. Na mesma época, comecei a aprender o que significava esse estilo de vida [veganismo]. Imediatamente, me livrei de tudo que eu possuía que era feito de animais, o que se resumia a um cinto de couro, produtos de beleza e produtos domésticos testados em animais. Me tornei vegana entre o Natal e o Ano Novo de 2012. Eu não gostaria de viver de outra maneira, e gostaria de ter feito isso mais cedo”, disse Lindsay em entrevista publicada pela Headbangers Lifestyle em 23 de fevereiro de 2016.

A vocalista canadense sempre gostou de animais, mas admite que a indústria tem a seu favor recursos que dissimulam a realidade no que diz respeito ao sofrimento e à exploração animal, o que faz com que as pessoas não “liguem os pontos”. “Para mim, ser vegano é ter consciência de que você pode melhorar o planeta e a vida dos outros seres tomando decisões mais inteligentes de consumo. É libertador saber que você tem esse tipo de controle, para si mesmo e para os animais que você beneficia com essas ações”, declarou à Liselotte ‘Lilo’ Hegt, do Headbangers Lifestyle.

Ela acredita que o veganismo tem se tornando mais comum e conquistado mais reconhecido no mundo do metal, o que a deixa mais confortável. “Quando me juntei ao Cradle of Filth, pensei que seria difícil, mas quanto mais shows fazemos, mais encontro refeições veganas disponíveis nos festivais, e geralmente quando saio em turnê sempre encontro outra pessoa vegetariana viajando com a gente”, relatou.

Por outro lado, é inevitável que haja oposição, mas Lindsay acredita que isso acontece em qualquer lugar. Quando alguém a confronta e tenta apontar alguma contradição no veganismo, por exemplo, alegando que não é uma filosofia de vida que faz a diferença no mundo, a cantora argumenta que, independente das pessoas aceitarem ou não, um fato é que o consumismo está cercado pela crueldade animal. “E eu escolho não me envolver com isso”, declarou em entrevista ao Logical Harmony em 2015.

Lindsay, que faz questão de pesquisar e conhecer o sistema de produção das próprias roupas, inclusive as usadas nos shows com o Cradle of Filth, destacou que quando alguém faz piada sobre o fato dela não se alimentar de animais, ela explica todo o processo até a carne e outros produtos de origem animal chegarem ao prato das pessoas.

“É libertador saber que você tem esse tipo de controle, para si mesmo e para os animais que você beneficia com essas ações” (Foto: Divulgação)

“Posso ser desagradável sobre isso de forma sarcástica [se eu for provocada]. Mas nunca tentarei forçar minha opinião porque acredito que você tem ou não tem compaixão. Não gosto de ser ignorante. Tudo que uso, coloco em meu corpo, gosto de saber onde veio. Vejo os animais como iguais [quanto ao direito à vida], enquanto os outros os veem como mercadorias. Se você estiver interessado, vou dizer tudo o que sei”, garantiu em entrevista a Levi Seth Buckley, do Sticks For Stones, em publicação de 9 de julho de 2015.

Lindsay contou que ficou muito feliz quando soube que suas duas cantoras favoritas – Ellie Goulding e Sia, são veganas. “Quando você conhece outro vegano é como conhecer um bom amigo pela primeira vez”, comentou com Tashina Combs, do Logical Harmony. Entre as cidades em que esteve e que hoje considera duas das melhores para os veganos, ela cita Glasgow, na Escócia, e Montreal, no Canadá.

“É tão fácil ser vegano nessas cidades. Amo comida asiática. Os vegetais e as especiarias são muito bem combinados”, revelou ao Local Harmony. Ao Headbanger Lifestyle, a vocalista e tecladista do Cradle of Filth também frisou que faz o possível para sensibilizar as pessoas sobre a importância dos santuários para animais que seriam mortos pela indústria alimentícia.

“Eles merecem nosso amor e respeito tanto quanto os animais de estimação. Faço o meu melhor para ajudar instituições de caridade que defendem os direitos animais. Eu gostaria de me envolver mais com esses tipos de campanha”, garantiu.

Saiba Mais

Lindsay Schoolcraft nasceu em Ontário, no Canadá, em 26 de fevereiro de 1986.

De 2007 a 2014, ela foi vocalista da banda Mary and the Black Lamb.

Lindsay tornou-se vocalista e tecladista da banda Cradle of Filth em 2013.

Em 2015, participou da gravação do disco “Hamer of the Witches”, do Cradle of Filth.

Referências

http://www.headbangerslifestyle.com/face-body/276/beauty-and-lifestyle-profile-with-lindsay-schoolcraft-keyboardist-and-female-vocalist-of-cradle-of-filth

http://www.sticksforstones.net/single-post/2015/07/09/Interview-Lindsay-Schoolcraft-CRADLE-OF-FILTH

An Exclusive Interview with Lindsay Schoolcraft from Cradle Of Filth

 

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Deadlock: “Os animais não podem falar, mas nós podemos”

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“Discordo do preço e da taxa que esses seres têm que pagar para podermos festejar e comer”

“O Deadlock é uma banda vegana e sempre escreve sobre direitos animais e coisas do tipo” (Foto: Divulgação)

Criada em Schwarzenfeld, na Alemanha, em 1997, a banda de death metal melódico Deadlock é formada por músicos que não apenas seguem o veganismo como filosofia de vida, mas também o colocam como prioridade nas letras do grupo.

“O Deadlock é uma banda vegana e sempre escreve sobre direitos animais e coisas do tipo. Sei que pode parecer um ponto de vista extremo, mas queríamos fazer um paralelo com a indústria da exploração animal”, disse o guitarrista Sebastian Reichl em entrevista a Peter Woods, publicada em 3 de agosto de 2016 no Ave Noctum.

Em 2008, a banda lançou o álbum “Manifesto”, inteiramente dedicado à questão dos direitos animais. Ao final da música “Deathrace”, ou “Corrida Mortal”, escrita pelo guitarrista Sebastian Reichl e pelo baterista Tobias Graf, começa um rap com duração de dois minutos falando sobre como os animais são tratados pela indústria da exploração animal e como as pessoas fecham os olhos para essa realidade.

“Os animais não podem falar, mas nós podemos…Olhe para o pico da evolução do líder da cadeia alimentar. Imagine que todos vocês eram canibais e a humanidade o gado do gado, bloqueado em uma caixa pequena o suficiente para entrar em estado de descontrole e violência. […] Discordo do preço e da taxa que esses seres têm que pagar para podermos festejar e comer”, criticam.

Em “Slaughter’s Palace”, ou “O Palácio da Matança”, o Deadlock conta a história de um garoto que não gostava de ir para a escola e também não se considerava bom nos estudos. Sem amigos ou qualquer outra coisa para fazer, um dia ele assistiu seu pai trabalhando como açougueiro e decidiu seguir a mesma profissão. “Não me culpe por matar animais, porque o gado é criado apenas para fazer parte da nossa cadeia alimentar”, justifica o personagem na música, que vê sua função como resultado da demanda criada pela população.

““Temos um relacionamento muito próximo com a natureza” (Foto: Divulgação)

A música “Seal Slayer”, ou “Matador de Focas”, que também faz parte do álbum “Manifesto”, chegou a ser gravada com o título de “Kill, Kill, Kill” para uma campanha de combate a caça às focas. “Eu ainda me lembro como foi matar pela primeira vez, eu devo ter batido cem vezes. E a neve ficou toda vermelha”, diz a letra.

Em entrevista ao Lords of Metal, o então vocalista do Deadlock, Johannes Prem, declarou que acharia melhor morrer do que sustentar uma família com o dinheiro conquistado por meio do sangue e da pele de lindos filhotes. “É inacreditável o quão brutal esses bastardos tratam e torturam bebês focas”, desabafou.

John Gahlert, que era baixista da banda desde 2009 e assumiu como vocalista em 2011, relatou a Kyle McGinn, do Dead Rhetoric, que o álbum “Manifesto” foi lançado como um elemento fundamental na formação da identidade vegana da banda. “Desde o lançamento desse álbum, trabalhamos com frases simbólicas em nossas letras, e há combinações de palavras que você pode encontrar em todos os nossos álbuns. São frases típicas que usamos e vamos continuar usando, porque têm um significado para aqueles com um background vegano”, justificou.

Ao All About The Rock, Gahlert enfatizou que o veganismo está se tornando cada vez mais bem aceito, o que é muito bom também para a banda, já que eles sempre deixaram claro para o público que os direitos animais é um tema prioritário, independente de críticas.

“Temos um relacionamento muito próximo com a natureza. Todos temos smartphones, mas ainda somos hippies [risos]. Quando a banda começou, foi num momento em que o movimento vegano era pequeno na Alemanha. Nosso baterista Tobias [Graff] tinha criado a primeira distribuidora vegana [online] por atacado [na Alemanha]. É um trabalho pioneiro no movimento vegano, e é por isso que o Deadlock estava mais associado com a palavra vegan do que agora”, explicou a Kyle McGinn, do Dead Rhetoric, em 7 de agosto de 2016.

Analisando todos os álbuns do Deadlock, desde o “The Arrival” de 2002, ao “Hybris”, de 2016, é fácil perceber que a questão mais pertinente levantada pela banda é a forma como a humanidade está lidando com os animais, e se ela tem condições de enxergar um futuro livre da crueldade contra seres vivos não humanos. “Claro que todos vivemos na mesma sociedade e somos peças pequenas de uma roda gigante, mas se você tem a possibilidade de dizer o que pensa, você deve fazer isso”, recomendou o vocalista John Gahlert em entrevista ao Infernal Masquerade publicada em 6 de agosto de 2013.

Formação

John Gahlert – Vocalista

Margie Gerlitz – Vocalista

Sebastian Reichl – Guitarra e teclado

Ferdinand Rewicki – Guitarra

Werner Riedl – Bateria

Saiba Mais

Entre os anos de 2002 e 2016, o Deadlock lançou os álbuns “The Arrival”, “Earth Revolt”, “Wolves”, “Manifesto”, “Bizarro World”, “The Arsonist”, “The Re-Arrival” e “Hybris”.

Em 4 de setembro de 2014, o baterista Tobias Graf faleceu em decorrência de um câncer.

Em 2016, a vocalista Sabine Scherer saiu do Deadlock e em seu lugar entrou a vocalista Margie Gerlitz.

Referências

http://allabouttherock.co.uk/deadlock-interview/

Interview – Deadlock

Deadlock – On Perseverance

http://www.lordsofmetal.nl/en/interviews/view/id/2411

http://www.roomthirteen.com/features/149/Deadlock_Interview.html – 2 de junho de 2005

http://www.infernalmasquerade.com/?q=other/002561-interview-deadlock-john-gahlert-2013

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Morrissey: “A liberdade não é apenas para os seres humanos, mas para todos os animais”

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Desde que lançou “Meat is Murder” em 1985, Morrissey segue defendendo os direitos animais

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Morrissey: “Me tornei vegetariano com 11, 12 anos” (Foto: Reprodução)

Um dos artistas mais controversos em campanha contra o consumo de carne, o icônico Steven Patrick Morrissey tornou-se um dos porta-vozes do vegetarianismo e dos direitos animais nos anos 1980. Tudo começou em outubro de 1984, quando o vocalista e compositor da banda britânica de rock The Smiths escreveu a música “Meat is Murder”, ou seja, “Carne é Assassinato”, que faz parte do álbum homônimo lançado em 11 de fevereiro de 1985.

O disco ocupou posição de destaque nas paradas do Reino Unido, e ajudou a dar mais visibilidade ao vegetarianismo e a fazer com que os britânicos se questionassem sobre o quão nocivo é o consumo de carne. “Assim que decidimos que ‘Meat is Murder’ seria a faixa título, as manchetes dos jornais britânicos nos deram ampla atenção. O grande problema é que a música não ganhou qualquer espaço nos programas de rádio. O álbum entrou nas paradas, mas a nossa música nunca foi tocada”, disse em entrevista ao vice-presidente de campanhas de mídia da organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta).

Uma vez, quando o The Smiths estava tocando “Meat is Murder”, em Stokes, na Inglaterra, alguém da plateia arremessou um monte de salsichas em direção ao palco. Elas bateram no rosto de Morrissey e uma porção entrou em sua boca. “Tive que correr para fora do palco e vomitar”, relatou e qualificou o incidente como um caso isolado.

O cantor britânico já recebeu muitos e-mails de pessoas de todas as partes do mundo, informando que estão felizes por ter alguém que diz exatamente o que pensam. “Recebemos tremendas respostas principalmente de fãs dos Estados Unidos agradecendo e dizendo que se tornaram vegetarianos. Isso é maravilhoso! Quando tocamos em Madrid, fizemos um concerto ao ar livre para 350 mil pessoas, e foi televisionado para toda a Espanha. Durante ‘Meat is Murder’, eles traduziram a letra. Foi incrível, e na noite seguinte, tocamos em Barcelona e fizeram a mesma coisa”, narrou.

O disco “Meat is Murder” também teve boa repercussão no Canadá, onde ocupou a 40ª posição entre os melhores discos do ano, e nos Estados Unidos ficou em 110º lugar. Quatro dos álbuns do The Smiths estão entre os 500 melhores de todos os tempos, segundo a revista Rolling Stone. E toda essa popularidade foi usada por Morrissey como uma grande oportunidade para divulgar o vegetarianismo.

Embora o The Smiths tenha existido somente entre os anos de 1982 e 1987, Steven Patrick Morrissey seguiu adiante e fez da sua carreira solo um dos maiores exemplos de sucesso no mundo da música. Suas composições estiveram dez vezes no Top 10 da UK Singles Chart. Como alguém que leva muito a sério a promoção dos direitos animais, ele costuma pedir que os integrantes de sua banda não tirem fotos comendo carne. Além disso, sempre exigiu que os organizadores permitissem somente a comercialização de comida vegetariana nos locais de seus shows.

Em 2007, foi realizado no Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, África do Sul, Japão, Alemanha, Brasil, China, Itália e Antártica uma série de shows que fizeram parte do “Live Earth”. O objetivo do evento criado por Al Gore e Kevin Wall, era conscientizar as pessoas sobre o aquecimento global e as crises climáticas. No local, eles comercializavam principalmente carnes e laticínios. Incomodado ao saber disso, Morrissey se recusou a se apresentar. O mesmo aconteceu na Islândia.

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“Acho que contribuímos muito com o movimento dos direitos animais” (Foto: Reprodução)

Em 2009, o músico britânico abandou o palco do festival Coachella, no interior da Califórnia, nos Estados Unidos, justificando que o cheiro de animais sendo queimados estava deixando ele doente. “Posso sentir o cheiro de carne queimando…”, reclamou.

Em 2013, o cantor cancelou sua participação no “Jimmy Kimmel Live!” depois de ficar sabendo que a equipe do reality Show “Duck Dinasty” também participaria. O programa gira em torno da Família Robertson, que enriqueceu criando produtos para caçadores de patos. “No que diz respeito à minha reputação, não posso correr o risco de estar ao lado de pessoas que, de fato, são como assassinos em série de animais”, declarou.

Em 2014, durante show em Denver, no Colorado, também nos Estados Unidos, Morrissey falou ao público que a liberdade não é apenas para os seres humanos, mas para todos os animais. “Passei pelo Zoológico de Denver que possui mais de quatro mil animais de todo o mundo, mas suponho que eles deveriam dizer que são animais capturados em armadilhas, infelizes, suicidas, prisioneiros. E passei por Greeley que é a capital do assassinato no Colorado. Se você não acredita, pergunte a uma vaca”, satirizou. Em Manchester, onde surgiu a banda The Smiths, seu pedido jamais foi desrespeitado.

Outra ação de Morrissey que chamou muita atenção ocorreu em 21 de novembro de 2016, quando ele escreveu uma carta para a CEO da General Motors, Mary T. Barra, depois de sua apresentação no Royal Oak Music Theatre, em Michigan.

“A GM é citada na nova pesquisa da Peta em que animais têm suas caras marcadas, são eletrocutados e espancados antes de serem abatidos e usados na fabricação de interiores de couro para empresas de automóveis”, reclamou e pediu que a General Motors fabricasse automóveis com bancos de couro vegano.

Para endossar a sua insatisfação, durante o show em Royal Oak, no subúrbio de Detroit, onde fica a sede da GM, ele mostrou um vídeo da Peta, denunciando como os fornecedores de couro dos fabricantes de automóveis maltratam os animais. Colaborador da Peta há muito tempo, Morrissey sempre incentivou seus companheiros de banda a usarem camisetas da organização. A parceria culminou na gravação de um filme de animação sobre a triste realidade de galinhas criadas em unidades industriais. O vídeo foi exibido em cada um de seus shows em 2014.

Considerado um ativista até os “ossos”, o britânico é a favor do fim de todos os zoológicos e circos que usam animais. Ele defende que todos os animais deveriam ter os mesmos direitos básicos dos seres humanos. “Eu gostaria de perguntar a quem come carne por que eles acreditam que os animais não podem ter nenhum direito de viver suas vidas, enquanto os seres humanos reivindicam um direito dado por Deus de viver como desejam…”, queixou-se em resposta a uma pergunta feita pela fã Amber Derby no “True To You – A Morrissey Zine” em janeiro de 2014.

Divulgando um estilo de vida livre de carne desde a década de 1980, Morrissey tem como principal inspiração a própria mãe, que era vegetariana e o motivou a seguir pelo mesmo caminho. “Me tornei vegetariano com 11, 12 anos. Éramos muito pobres e pensei que carne era uma boa fonte de nutrição. Acho que você pode dizer que me arrependi daqueles anos consumindo carne. Minha mãe é muito ativa. Frequentemente participa de campanhas anti-caça no Reino Unido. Me influenciou muito”, admitiu a Dan Matthews, da Peta.

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“Todo mundo começa como vegetariano porque mergulhar diretamente [no veganismo] é muito difícil para a  maioria das pessoas” (Foto: Reprodução)

Uma das atividades que mais dão prazer ao cantor e compositor é a realização de shows beneficentes em prol dos animais. Porém, mais tarde surgiram ressalvas, já que ele recebe muitos pedidos, assim gerando conflitos entre os grupos. “Se você fizer um show para um grupo, você acaba tendo problemas com os outros. Acho que contribuímos muito com o movimento dos direitos animais, uma vez que é o principal tema das nossas músicas. Realmente temos um monte de pessoas pensando e falando sobre isso, e ajuda a manter a discussão em torno do problema”, enfatiza.

Preocupado em contextualizar as letras de suas músicas, um dia quando concederam entrevista a um programa de TV na Escócia, Morrissey pediu filmagens de matadouros e as usou em um show realizado propositadamente no horário do jantar, para que as pessoas refletissem sobre o que estão comendo. Ao final da exibição, o cantor lançou uma pergunta: “Qual é a sua desculpa agora?”

Entre os vídeos que ele costuma indicar aos fãs está “The Video the Meat Industry Doesn’t Want You To See”, disponível no YouTube. Segundo ele, a obra resume a sua perspectiva em relação à exploração animal. “Se isso não for suficiente para trazer pessoas para o vegetarianismo, então provavelmente são pessoas feitas de pedra”, comentou com o fã Matthew Preston em diálogo no “True To You – A Morrissey Zine” em janeiro de 2014.

Sobre a transição para o veganismo, Morrissey disse em 20 de agosto de 2015, em entrevista ao apresentador estadunidense Larry King, que foi algo gradual. “Todo mundo começa como vegetariano porque mergulhar diretamente [no veganismo] é muito difícil para a maioria das pessoas”, argumentou.

O músico britânico também tem ajudado a levar o ativismo pelos direitos animais para o mundo dos jogos. Em 2016, ele aprovou o lançamento de “This Beautiful Creature Must Die”, baseado em um dos trechos da música “Meat is Murder”, que responde pela trilha sonora em versão arcade. No game, o jogador deve proteger animais fracos e indefesos da violência humana, principalmente em matadouros. “É melhor do que Pokémon Go”, brincou Morrissey no site da Peta.

Meat is Murder (Carne é Assassinato)

O lamento do bezerro poderia ser um choro humano

A faca gritante se aproxima cada vez mais

Esta linda criatura deve morrer

Esta linda criatura deve morrer

Uma morte sem razão

E morte sem razão é assassinato

 

E a carne que você frita distraidamente

Não é suculenta, saborosa ou bondosa

É morte sem razão

E morte sem razão é assassinato

 

E o vitelo que você destrincha com um sorriso

É assassinato

E o peru que você fatia festivamente

É assassinato

Você sabe como os animais morrem?

 

Os aromas da cozinha não são familiares

Não são confortáveis, acolhedores ou generosos

É o sangue sendo frito e o profano fedor

De assassinato

Não é natural, normal ou generoso

 

A carne que você majestosamente frita

A carne em sua boca

É você saboreando o gosto do assassinato

Não, não é outra coisa, é assassinato

Quem ouve quando os animais choram?

Saiba Mais

Morrissey já inspirou milhões de pessoas ao redor do mundo.

Ele também faz campanhas contra o comércio de peles e a superpopulação de animais, incentivando a castração.

Em 11 de outubro do ano passado, os cozinheiros Joshua Ploeg e Automne Zingg lançaram o livro “Defensive Eating with Morrissey: Vegan Recipes from the One You Left Behind”, baseado em mais de 100 receitas aprovadas pelo cantor britânico.

Com o The Smiths, o vocalista e compositor lançou os álbuns “The Smiths”, “Meat is Murder”, “The Queen is Dead” e “Strangways, Here We Come”.

Em carreira solo, lançou entre os anos de 1988 e 2014 os álbuns “Viva Hate”, “Kill Uncle”, “Your Arsenal”, “Vauxhail And I”, “Southpaw Grammar”, “Maladjusted”, “You Are the Quarry”, “Ringleader of the Tormentors”, “Years of Refusal” e “World Peace is None of Your Business”.

Referências

http://www.vegan.com/morrissey/

http://www.yourdailyvegan.com/2014/05/is-morrissey-vegan-yet/

http://pitchfork.com/news/70003-morrissey-calls-on-general-motors-to-offer-vegan-leather/

http://www.huffingtonpost.com/2014/01/07/morrissey-meat-eating-pedophilia_n_4554667.html

http://true-to-you.net/morrissey_news_140102_01

http://www.ora.tv/larrykingnow/2015/8/19/morrisseys-first-in-person-interview-in-nearly-10-years

http://www.peta.org/features/morrissey-spay-neuter/

http://www.peta.org/features/morrissey-opening-act/

http://www.nme.com/news/music/morrissey-86-1213092

 

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Como o lendário baixista do Black Sabbath se tornou vegano

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Geezer Butler: “Eu costumava comer carne quando era criança, mas eu não sabia qual era a origem”

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Butler: “E um dia, cortei um pedaço de carne e saiu sangue, então perguntei a minha mãe de onde vem a carne, e ela disse: ‘Dos animais’, e foi isso” (Arquivo: Peta)

Um dos músicos mais influentes da história do heavy metal, o baixista inglês Geezer Butler, principal letrista do Black Sabbath, cresceu rodeado de animais. Com três irmãos e duas irmãs, ele se recordou que a casa vivia repleta de gatos, cães, ratos, galinhas, sapos e tartarugas.

“E eles sempre tiveram grande importância na minha vida. Meu cachorro, Scamp, era meu melhor amigo quando eu estava crescendo, e ele era tão meu irmão quanto meus irmãos humanos. Um dia, alguém jogou ácido nele, e ele quase morreu, mas meus pais gastaram as economias de uma vida para pagar por seu tratamento”, disse em entrevista ao Devils Gate Media em março de 2016.

Butler se surpreendeu em saber que as pessoas poderiam ser tão cruéis, e desde então assumiu um compromisso em defender os animais. Ativista e vegano, ele tem usado a sua influência para inspirar jovens de todas as partes do mundo.

“Eu costumava comer carne quando era criança, mas eu não sabia qual era a origem. E um dia, cortei um pedaço de carne e saiu sangue, então perguntei a minha mãe de onde vem a carne, e ela disse: ‘Dos animais’, e foi isso”, relatou.

Geezer Butler também teve uma infância difícil. Havia sete crianças na família e seu pai costumava receber apenas 30 dólares por semana para alimentar todos. “De qualquer modo, já não havia muita carne. Então eu realmente não senti falta. Conforme fui amadurecendo e começamos a pegar a estrada, tão logo você dissesse que era vegetariano, as pessoas, por alguma razão, achavam que você comia peixe. E eu dizia: ‘Como peixe pode ser um vegetal?’ Eu já tinha decidido fazer apenas coisas veganas, nada relacionado com qualquer tipo de animal. Me tornei vegano a partir daí”, informou a Bryan Reesman, do Attention Deficit Delirium.

Em entrevista concedida ao portal Team Rock em outubro de 2016, o lendário baixista admitiu que é um bom cozinheiro vegano. “E também faço uma boa xícara de chá”, emendou. Em outra entrevista concedida ao Peta2, ele disse que gosta de levar amigos para jantar em sua casa e servi-los com carne falsa. “Só depois digo a eles que aquela deliciosa refeição que eles comeram era vegana”, enfatiza.

Geezer e sua esposa Gloria estão há muitos anos envolvidos em batalhas contra criações de animais com finalidades comerciais, levando em conta que esses locais têm contribuído para ampliar a superpopulação de cães e gatos. “Há tantos cães e gatos e todos os tipos de animais que precisam de casas. Você sabe, não há razão para sair por aí e comprar um animal de um pet shop quando você pode simplesmente buscar um deles em um abrigo local”, lamentou Butler.

Saiba Mais

Geezer Butler nasceu em 17 de julho de 1949 em Aston, Birmingham, na Inglaterra.

Gravou 14 álbuns com o Black Sabbath entre os anos de 1970 e 2013; três discos solo; três discos com Ozzy Osbourne; e três discos com o Heaven & Hell.

Referências

Interview : Black Sabbath's Geezer Butler

http://www.blabbermouth.net/news/black-sabbaths-geezer-butler-ive-grown-up-with-animals-in-the-house/

http://teamrock.com/feature/2016-10-06/black-sabbaths-geezer-butler-on-knives-vegan-food-and-wanking-bandmates

Geezer Butler Discusses Veganism, Religion, Politics, Surveillance, and Life Lessons

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Ben Kenney: “Comecei a descobrir sobre a crueldade contra os animais e, eticamente, não fazia sentido continuar comendo carne”

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Kenney: ““Fui surpreendido no momento certo com a informação certa” (Foto: Divulgação)

Foi na adolescência que o baixista Ben Kenney, da banda estadunidense de rock alternativo Incubus, por vezes também associada ao new metal, começou a se interessar pelo vegetarianismo e pelos direitos animais. Um choque de realidade o motivou a não consumir mais carne e a tornar-se vegetariano mais tarde.

“Fui surpreendido no momento certo com a informação certa. Acho que eu tinha 16 ou 17 anos quando comecei a descobrir sobre a crueldade contra os animais e, eticamente, não fazia sentido para mim continuar comendo carne, então eu parei”, disse em uma entrevista disponibilizada pelo canal AAnimalsStreetTeam2 em 23 de fevereiro de 2009, no YouTube.

Kenney ingressou na banda de rock alternativo Incubus em 2003, após a saída do baixista e membro-fundador Alex Katunich. Antes de tornar-se membro do Incubus, ele já havia tocado com o guitarrista Mike Einziger e com o baterista Jose Pasillas no Time Lapse Consortium, banda que fazia uma fusão de rock psicodélico, jazz e funk.

Além de baixo, Kenney toca outros instrumentos musicais, como guitarra e bateria. De 2004 a 2013, ele lançou os discos solo “26”, “Maduro”, “Distance and Comfort”, “Burn the Tapes” e “Leave on your Makeup”.

Com o Incubus, ele gravou os álbuns “A Crow Left of the Murder…”, de 2004; “Light Grenades”, de 2006; e “If Not Now, When?”, de 2011; além do EP “Trust Fall (Side A)”, de 2015.

“Eu estava assistindo um especial na HBO sobre hábitos alimentares e diferentes culturas, e eles mostraram como as pessoas comem gatos na China. E eu realmente gosto de gatos, e eu estava sentado no sofá com meu gato, e uma vez que vi isso, apenas coloquei tudo em perspectiva. Se eu não comeria o meu gato, qual seria a diferença entre comer um gato ou uma vaca?”, ponderou.

Referências

http://incubusonline.com/band/band/band/benmain.html

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Written by David Arioch

January 14th, 2017 at 8:11 pm

Kanis, uma boa surpresa no cenário musical paranaense

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Willian Matos: “A verdade é que nunca me liguei muito em definições de gêneros musicais” 

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Hugo Ubaldo, Willian Mattos e Thiago Guglielmi formam atualmente o Kanis (Foto: Rafael Minasse)

Transformar sensações e situações em música. Esta é a proposta do compositor Willian Mattos, idealizador do projeto Kanis, que une rock psicodélico, indie e pop. Músico desde a adolescência, o paranavaiense gravou o primeiro disco este ano em Curitiba. Intitulado “Parceiros, Amigos, Amores”, o EP reúne atributos que agradam desde os fãs mais puritanos até os mais ecléticos do rock. Com personalidade, o projeto é uma boa surpresa no cenário musical paranaense dos últimos anos.

Na versão em CD, além das músicas “Pequenas Coisas”, “Quem Pegou Você”, “Pra Trás” e “Quem Eu Sou”, Willian presenteia os fãs com as faixas “Mirela”, “Pequenas Coisas (Acústica)” e “Ao Lado Dela”. “Tenho um caso de amor com cada música que escrevo. Depois elas se tornam públicas, e aquela paixão fervorosa reacende nas performances ao vivo”, diz.

Embora as quatro músicas principais do EP abordem algum tipo de nostalgia, Mattos não se considera uma pessoa realmente nostálgica. “Mas, como letrista, são elementos que vêm a somar, ainda mais quando percebo que o meu passado pode ser o presente de outras pessoas”, comenta.

Em “Pra Trás” e “Quem Eu Sou”, a dúvida e a esperança são temas que instigam a reflexão. Segundo Willian, estão relacionadas às infinitas possibilidades oferecidas pela vida. “Sou muito mais anseio que esperança. O anseio pode ser agonizante, mas é um sentimento que, na minha visão, não abre espaço para o medo”, avalia.

Naturalidade e minimalismo são características encontradas na música de Willian Mattos, e refletem muito bem no Kanis. “Sou visto como alguém que mistura rock psicodélico, indie e pop. Sim, a rotulação da música sempre acontece, mas a verdade é que nunca me liguei muito em definições de gêneros musicais, até porque costumam ter conceitos bem confusos”, comenta o compositor que gosta muito de improvisar ao vivo, surpreender o público com novas releituras de suas músicas.

Mattos: “Tenho um caso de amor com cada música que escrevo” (Foto: Poliana Bolqui)

Willian Mattos: “Tenho um caso de amor com cada música que escrevo” (Foto: Poliana Bolqui)

Na hora de compor, Willian preza pela simplicidade. Segundo ele, se não fosse para seguir por esse caminho, provavelmente não se dedicaria à música. “O processo de composição nunca é o mesmo. Pode parecer ridículo para os outros, mas trabalho nos meus limites técnicos para soar simples. A simplicidade é mais difícil de ser alcançada do que muitos imaginam. Já as letras, prefiro deixar para o final justamente por considerá-las tão importantes quanto a música. Só consigo me empenhar em escrever a letra se eu estiver bem confiante em relação à música”, pondera.

Questionado se o estúdio onde gravou o EP “Parceiros, Amigos, Amores” é um quarto escuro curitibano, Willian Mattos ri e explica que o local não é escuro nem curitibano. “Na verdade, é um aglomerado de equipamentos que comprei ao longo dos anos. Levo comigo para onde quiser e puder. Então posso dizer que as gravações foram realizadas tanto na casa da minha avó em Paranavaí quanto no apartamento onde moro em Curitiba. Também aluguei um estúdio com mais estrutura para gravar as baterias. Mas, tirando isso, adoro gravar em casas”, revela.

Enquanto ouve “Princesa”, da banda goiana Carne Doce, uma de suas preferidas da atualidade, Willian confidencia que na sua opinião o melhor do cenário musical paranaense está em Paranavaí, no Noroeste do Paraná, sua terra natal. “Tem uma cena instigante. Sinto muito orgulho do que está sendo construído musicalmente em Paranavaí”, enfatiza.

Willian Mattos: “Sinto muito orgulho do que está sendo construído musicalmente em Paranavaí”

“Sinto muito orgulho do que está sendo construído musicalmente em Paranavaí”

No momento, o compositor está preparando a primeira turnê de divulgação do EP. Também vai lançar em breve alguns vídeos do Kanis no YouTube. “Estou em um momento de trabalho muito intenso. Tenho cinco composições que devem entrar no próximo CD. É uma novidade para 2017”, adianta.

Sobre os parceiros

A trajetória de Willian Mattos com a música começou aos 15 anos, quando ele e o amigo Thiago Guglielmi formaram uma banda nos tempos de colégio. “Fomos aprendendo a tocar e escrever músicas. Convidei ele para embarcar comigo no Kanis, ele topou e tem sido ótimo. Trabalhamos juntos na administração do projeto. Na nossa primeira formação ao vivo, o Thiago atua como baixista. Como ele é um guitarrista brilhante, é provável que no futuro ele assuma o posto de guitarrista solo do Kanis”, relata.

Quem também ingressou no projeto para somar foi o baterista e percussionista Hugo Ubaldo, da banda de rock Sub-Versão, de Paranavaí. “Nos conhecemos há poucos meses e tem sido um prazer imensurável essa parceria. Além de ótimo baterista, é um músico completo, tem ajudado muito a elevar o nível da nossa música ao vivo”, reconhece Willian Mattos.

Sobre a capa do EP

A fotografia que estampa a capa do EP “Parceiros, Amigos, Amores” foi tirada em Santiago, no Chile, pelo fotógrafo Vinicius de Oliveira, conhecido como Capitão. “Estávamos à procura de uma foto e o Thiago [Guglielmi] me mostrou o trabalho do Vinicius. Ficamos mais ou menos uma semana tentando escolher uma entre as muitas fotos incríveis que ele tirou. Foi um trabalho difícil”, garante Willian Mattos.

Frase de Willian Mattos

“Tudo que ouço me influencia de algum modo. Até mesmo coisas que não gosto me servem de parâmetro.”

Formação atual do Kanis

Willian Mattos – vocal e guitarra

Thiago Guglielmi – Baixo

Hugo Ubaldo – Bateria

Saiba Mais

Antes do Kanis, Willian Mattos teve uma banda chamada “Use”, formada em parceria com o guitarrista Thiago Guglielmi.

Para comprar o CD “Parceiros, Amigos, Amores”, que custa apenas R$ 15, entre em contato com a banda.

O CD “Parceiros, Amigos, Amores” está disponível no YouTube.

Contatos

(41) 9690-3121 (Willian Mattos) e (44) 9743-2510 (Thiago Guglielmi)

Facebook.com/KanisOficial

E-mails: contato@kanis.com.br e shows@kanis.com.br

Written by David Arioch

October 3rd, 2016 at 6:22 pm