David Arioch – Jornalismo Cultural

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Você conhece a história do DEM?

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O Democratas (DEM) é o partido com maior número de políticos cassados no Brasil, e agora ocupa a maior posição de destaque da sua história ao reeleger o Rodrigo Maia para a presidência da Câmara dos Deputados e o Davi Alcolumbre à presidência do Senado.

O DEM foi criado para se desvincular da sua própria história quando ainda era o Partido da Frente Liberal (PFL), que contava com 15 políticos de um total de 37 envolvidos em crimes e irregularidades, segundo a reportagem “PFL é recordista em número de escândalos”, publicado pela Folha de S. Paulo em 16 de julho de 2000.

Mais tarde, em 2007, a direção do PFL decidiu começar uma nova história sob o nome Democratas (DEM). No entanto, na última pesquisa sobre o ranking da corrupção no Brasil, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) apontou o DEM como o partido com maior número de políticos cassados – somando 69, o equivalente a 20,4% do total de políticos cassados em um período de sete anos.

O DEM é hoje o partido que está no controle das duas casas legislativas mais importantes da política nacional. Mas há um outro ponto intrigante, que é o fato de que o PFL que surgiu em 1985, ao final da ditadura militar, teve um longo legado enquanto Aliança Nacional Renovadora, partido mais conhecido como ARENA, e que foi fundado em 1965 para atender aos interesses dos militares que ocupavam o poder.

A ARENA tinha Sarney e Maluf entre seus membros, e foi o partido mais influente da política brasileira por um longo período (de voto de cabresto), conseguindo ocupar a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados em quatro eleições consecutivas, assim contendo e lidando facilmente com a oposição em tempos de política bipartidarista. Parece que a história se repete…

Written by David Arioch

February 3rd, 2019 at 10:49 pm

Senadores canadenses votam a favor de projeto que proíbe a realização de testes em animais

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“Chegou a hora do governo canadense dar um passo à frente e tomar medidas para proibir os testes com animais na indústria cosmética”

Após o resultado da votação, a diretora da Animal Alliance, Liz White, pediu que os membros da Casa dos Comuns também votem a favor do projeto (Foto: Reprodução)

Depois de 29 meses, um projeto de lei que proíbe a realização de testes em animais na indústria cosmética canadense está finalmente a caminho da Câmara dos Comuns, que equivale à Câmara dos Deputados no Brasil. A votação do projeto de lei S-214, também chamado de The Cruelty-Free Cosmetics Act, foi realizada ontem no Senado. Além do S-214, o projeto que proíbe que baleias e golfinhos sejam mantidos em cativeiros e o projeto que criminaliza a importação de barbatanas de tubarões também tiveram um resultado favorável.

O Senado demorou para discutir e votar a favor desses projetos. No entanto, ontem tudo transcorreu de forma bem rápida e positiva, segundo o senador Yuen Paul Woo, do Grupo de Senadores Independentes. Diversos parlamentares favoráveis aos direitos animais explicaram aos repórteres em Ottawa que caso eles adiassem a votação até o verão, provavelmente não teria sido tão fácil.

Uma das autoras do projeto que criminaliza os testes em animais é a senadora Carolyn Stewart Olsen que lembrou que o projeto nasceu de uma iniciativa em parceria com a Humane Society International e com a Animal Alliance of Canada. “Chegou a hora do governo canadense dar um passo à frente e tomar medidas para proibir os testes com animais na indústria cosmética e trazer o Canadá para o século 21”, comentou Carolyn. Atualmente, 37 países do mundo todo já baniram a realização de testes em animais na indústria cosmética.

Após o resultado da votação, a diretora da Animal Alliance, Liz White, pediu que os membros da Casa dos Comuns também votem a favor do projeto, considerando o desejo de seus eleitores que estão apoiando massivamente a ação legislativa federal que põe fim à crueldade dos testes na indústria cosmética canadense.

Referências

Lake, Holly. Bill that would ban cosmetic animal testing clears the Senate. Ipolitics (19 de junho de 2018). 

Humane Society International. Canada’s Cruelty-Free Cosmetics Act clears Senate (20 de junho de 2018). 

 

 

 





Comissão do Senado, exploração animal e figuras sinistras

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Vaquejada nada mais é do que uma forma de tortura praticada contra animais (Foto: Foto: Prefeitura do Cantá)

Como puxar um animal pelo rabo pode ser considerado esporte? (Foto: Foto: Prefeitura do Cantá)

Comissão do Senado aprova projeto que torna vaquejada manifestação cultural no Dia do Veganismo. Mais uma vez, o Brasil na contramão do que é certo. É triste reconhecer até que ponto chega a ganância e a maldade humana. Veremos agora o que vai acontecer daqui em diante. Ainda é possível reverter isso.

Levando em conta essa decisão, quando saí de casa, comecei a refletir sobre a forma como o ser humano se aproveita dos animais. Me recordei da maneira como muitos são explorados e executados, como vemos em vídeos amadores de denúncias de sofrimento e morte animal. Curiosamente, me veio à mente lembranças de figuras sinistras como Ed Gein, Ivan Milat, Ed Kemper, Jeffrey Dahmer, Charles Manson, Ted Bundy, Anders Breivik, Woo Bum-Kon, William Unek, Andrei Chikatilo, Os Maníacos de Dnepropetrovsk e outros tipos de serial killers, mass murderers e rampage killers.

Ed Gein fazia roupas com o couro de suas vítimas. Ted Bundy arrastava garotas de forma bastante similar com o que já foi testemunhado em matadouros e vaquejadas. Milat e Dahmer não raramente gostavam de pendurar seus alvos em grilhões. Vocês já perceberam como o icônico Leatherface, do filme The Texas Chain Saw Massacre, inspirado em Ed Gein, aplica contra suas vítimas todas as técnicas que ele aprendeu em um matadouro? Inclusive usava ferramentas muito semelhantes. Talvez com exceção da serra elétrica. No filme, ele não faz nada do que seres humanos não tenham feito até então com os animais.

Tais tipos criminosos naturalizavam a tortura, o sofrimento e a morte. E todos eles começaram provocando dor em animais antes de escolherem suas primeiras vítimas humanas. São sujeitos que sempre se viram como senhores da vida e da morte. Não raramente, vemos pessoas em grande posição de tomada de decisões, defendendo, sob um falso princípio democrático, que os animais merecem o mesmo tratamento.

O texto acima é uma breve reflexão desconcertada. Pretendo produzir um artigo com melhor desenvolvimento de ideias sobre o assunto.