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Ácido lático pode ser tanto de origem animal quanto vegetal
O ácido lático usado na indústria alimentícia, e em outras indústrias, pode ser tanto de origem animal quanto vegetal. Há muito tempo o ácido lático passou a ser extraído também do bagaço da cana-de-açúcar, ou seja, é um produto que em muitos casos é 100% vegetal. Esse nome, que logo faz as pessoas associarem à lactose, surgiu porque o ácido lático foi descoberto originalmente no leite coalhado. A única forma de saber se realmente é de origem vegetal ou animal é pesquisando e entrando em contato com o fabricante.
Muitos sabonetes são baseados em sebo e banha de animais
Muitas pessoas compram e usam sabonetes e outros produtos de higiene pessoal que são baseados em ingredientes de origem animal. Exemplo comum é o uso de gordura bovina, caprina e suína como matéria-prima. Se higienizar com um produto que tem em sua composição ingredientes extraídos do cadáver de um animal é algo que deveria nos levar pelo menos a uma reflexão sobre nossas relações de consumo.
A indústria investe massivamente em campanhas que apresentam os benefícios “inimagináveis” desses sabonetes. Por outro lado, nunca fala que o sebo extraído de bois e carneiros, assim como a banha de porco, os dois recolhidos em frigoríficos, estão entre os ingredientes principais.
O sebo e a banha dão origem, por exemplo, a um espessante chamado de ácido esteárico, que também pode ser desenvolvido de forma vegetal, ou seja, sem o uso de sebo ou banha de animais, assim como fazem muitas empresas que investem em produtos mais ecológicos e livres de exploração.
Há também fabricantes que vão muito além, e produzem sabonetes baseados inclusive em banha de tartaruga, incentivando a perseguição e o assassinato desses animais como matéria-prima ao prometer ao consumidor o rejuvenescimento e a diminuição das rugas, algo impossível de se alcançar com o uso de um sabonete.
Porém, isso não aconteceria se a indústria de produtos de higiene pessoal não usasse banha de outros animais como bovinos, caprinos e suínos. Quero dizer, um mercado abre precedente para outro que ilude o consumidor com uma suposta proposta “diferenciada”, já que trata-se de um animal menos comum do que os outros mais comumente explorados nesse mercado.
Sendo assim, o que você prefere, se higienizar com um sabonete de origem vegetal baseado em algo agradável aos olhos ou com um produto que depende da banha ou do sebo retirado do cadáver de um animal? Caso prefira a primeira opção, então comece a comprar sabonetes vegetais. Ou, melhor ainda, que também não realizam testes em animais no processo de fabricação desses produtos. Outra alternativa, caso tenha um tempinho disponível, é fabricar os próprios sabonetes, o que também tem excelente custo/benefício.
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