David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

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Meu primeiro encontro com a morte

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Tentei tocar o chão abaixo dos meus pés, mas estava fundo demais

Eu no dia em que quase morri afogado (Foto: Arquivo Familiar)

Eu no dia em que quase morri afogado (Foto: Arquivo Familiar)

Meu primeiro encontro com a morte foi em janeiro de 1993. Aconteceu de forma casual, inocente, incauta e avassaladora, assim como muitas das nossas experiências na infância. Meus pais tinham planejado no final de 1992 uma viagem para o litoral norte de Santa Catarina.

Saímos de casa numa madrugada, por volta das 4h, um horário que sempre agradou meus pais pela grande possibilidade de não encontrarmos muitos veículos na estrada, ao menos nas primeiras horas de viagem. Admito que o sono ficou bem leve ao saber que sairíamos cedo rumo a novos destinos. Acordei com a respiração ofegante e expansiva do Happy e do Chemmy ao pé da orelha. Eram dois cãezinhos da raça poodle parecidos com dois grandes flocos de neve.

O Happy vivia com a língua de fora, como se quisesse falar e não latir. Ostentava um semblante jubiloso, dando a impressão de passar o dia inteiro sorrindo. Já o Chemmy possuía olhos tão expressivos que me transmitiam uma cândida melancolia. Em síntese, era menos agitado e mais carinhoso. Em comum, apesar das diferenças de personalidade e fisionomia, os dois eram dotados de uma postura altiva e indefectível. Só sentavam ou deitavam no chão com as patas sobrepostas, formando um X de formas itálicas. No dia da partida, pedimos à minha avó Clara para cuidar da casa e dos animais.

Em parte, o percurso foi relativamente tranquilo, até porque meus pais gostavam de parar em locais que não conhecíamos, tornando a viagem mais proveitosa e divertida. Quando chegamos a Matinhos era quase meia-noite e me surpreendi ao ver uma movimentação de centenas de pessoas pelas ruas. Eu, acostumado a uma realidade em que 22h já era tarde, não sabia que existiam cidades noturnas.

Havia muitas luzes, o suficiente para me fazer crer que a escuridão não tinha vez naquele lugar. A experiência me lembrou a reação de uma criança estrangeira ao ver o fulgor do sol da meia-noite em Luossavaara, no extremo norte da Suécia. Os letreiros enormes e brilhantes no centro de Matinhos iluminavam as ruas, as calçadas e os passantes. Também serviam como juncos para corujas urbanas que assistiam skatistas adolescentes saltando bancos, pequenas rampas e executando rock slides enquanto sorriam e seguravam latinhas de Coca-Cola, Taí e Fanta.

Os arroubos da urbanidade confundiam os vaga-lumes que se misturavam aos remanescentes piscas-piscas de Natal, talvez pensando que fossem parentes. Alguns jovens miravam a lua, balançavam os braços, bebiam cerveja em saquinhos, gargalhavam e cantavam Under The bridge, do Red Hot Chilli Peppers. Outros continuavam hipnotizados no interior de uma casa de fliperamas com mais de 40 máquinas.

De longe, eu ouvia sons retumbantes de tiros, saltos, acelerações, derrapagens, socos, chutes e musiquinhas eletrônicas monofônicas e polifônicas. O local estava cheio de adolescentes e crianças acompanhadas dos pais. A empolgação no interior me lembrou a cena em que Marty McFly, interpretado por Michael James Fox, observa crianças jogando fliperama em De Volta Para o Futuro 2. Chips, refrigerante, chiclete em rolo, Freshen Up, Minichiclets, Mentex e Lollo abasteciam os jogadores alheios ao que acontecia nas ruas. Rodeados de testemunhas, os desinibidos e impetuosos falavam alto e apertavam os botões com força. Logo entendi que queriam deixar suas marcas nas máquinas.

Lá fora, o céu não estava muito escuro. Suspeitei que estivesse absorvendo as cores e as luzes dos lugares, das pessoas e dos animais que ajudaram a compor um cenário notívago tão complacente. Percorri centenas de metros dentro e fora do carro. Não vi discussões, trocas de ofensas, nem violência. Quando um rapaz pisou em falso na calçada e caiu em frente a um automóvel no asfalto, um senhor imediatamente desceu do carro e o ajudou a se levantar.

Mais adiante, um motociclista se descuidou ao admirar uma bela moça em traje de verão que andava rente ao meio-fio. Como consequência, bateu na carroceria de uma caminhonete. Ao ver o jovem caído, o motorista de aproximadamente 50 anos desceu e ignorou os arranhões na lataria. “Você tá bem? Quer que peça ajuda?”, indagou. Apesar do susto, o motociclista não se machucou e a moto sofreu apenas riscos superficiais. O dono da caminhonete considerou o prejuízo mínimo e se recusou a cobrar. Agradecido, o rapaz se despediu com um sorriso portentoso e um aperto de mão consistente.

Após alguns dias em Santa Catarina, acordamos cedo numa manhã ensolarada e fomos a uma praia entre Itajaí e Balneário Camboriú. Havia pouca gente em frente ao mar calmo e convidativo. Sentei um pouco na areia para observar tudo à minha volta. Notei que o céu estava especialmente azul, límpido e com um recorte amarelo amendoado que parecia a entrada de um portal para lugar algum. Também avistei suas nuvens envolvendo e afagando nove gaivotas.

Minutos depois, me levantei e avisei meus pais que eu entraria no mar. Como manda a tradição, me disseram para ter cuidado e ficar próximo da margem. Comecei a brincar na água, numa área tão rasa que me permitia ficar agachado ou sentado afundando as mãos na areia. Quando enjoei, caminhei mar adentro, sentindo o peso cada vez maior da água sobre o meu corpo. Estava tudo bem. Percebi pessoas perto de mim e o mar ainda não tinha tocado os meus ombros. De repente, enquanto eu sorria e via meus pés penetrando a areia, as águas se rebelaram. O impacto de uma grande onda me arrastou alguns metros mar adentro.

Confuso e sem enxergar direito, engoli a água salgada que invadiu minha garganta com tanta aspereza que quase engasguei. Tentei tocar o chão abaixo dos meus pés, mas estava fundo demais. Não havia ninguém nas imediações. Observei ao longe apenas fisionomias desfocadas. Me debati contra a água, tentando nadar. Não adiantou. Outra onda me arrastou e desta vez para o fundo do mar.

Bebi muita água a contragosto e comecei a ter rápidas alucinações. Imaginei alguém me puxando pelos pés. Meus olhos e garganta queimavam de forma vertiginosa. Tanto que minha visão enturveceu gradualmente, abalando minha crença na sobrevivência. Fui tomado por lembranças fugazes dos poucos parentes e amigos falecidos. “Não! Eu não quero encontrar vocês ainda. Quero ver minha família. Eles estão logo ali, bem mais perto de mim do que qualquer um de vocês. Sou criança ainda. Por favor!”, pensei. Ao mesmo tempo, senti o palato abrasado e as lágrimas caindo do meu rosto como chuva de verão.

Para minha surpresa, antes que fosse vencido pelas câimbras, o mar se acalmou. Eu continuava muito longe da margem, só que ganhei o direito de nadar. Então coloquei em prática o que aprendi nas aulas de natação com meu pai em 1992. Mesmo combalido, cheguei à beira-mar. O medo de morrer era tão grande que só parei de nadar quando a areia tocou meus joelhos. Saí da água rindo e chorando ao mesmo tempo, com as pernas cambaleando, o rosto pálido e os lábios arroxeados. Não consegui dar outro passo e caí deitado.

Minha família chorou comigo. Naquele dia o salva-vidas sumiu e quando meus pais me localizaram eu já estava nadando. Eles viram apenas meus braços curtos e meus cabelos negros e lisos se movendo na água. Antes de me levantar da areia para ir embora, observei novamente o céu. O recorte amarelo amendoado tinha se dissipado, mas não as nove gaivotas que recebiam as carícias das nuvens que cobriam o mar da Praia Brava.

 

 

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15 quilômetros eram percorridos em uma hora

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“A única diferença entre um automóvel e uma carroça é que um era motorizado e o outro não”

Muitos só viajavam em casos de extrema necessidade (Acervo: Ordem do Carmo)

Na década de 1950, quem se aventurava pela região de Paranavaí, no Noroeste Paranaense, levava pelo menos uma hora para percorrer 15 quilômetros de carro, jipe ou caminhão. As dificuldades de tráfego faziam com que muita gente saísse da cidade somente em casos de extrema necessidade.

Encarar uma viagem pela região Noroeste do Paraná nem sempre foi sinônimo de lazer e prazer, é o que indica depoimentos de pioneiros que viviam em Paranavaí nos anos 1950. À época, deixar a cidade não tinha nada a ver com a satisfação de fugir da rotina cotidiana, mas sim de cumprir uma obrigação. Na maioria das vezes, os pioneiros pegavam a estrada a trabalho, para comprar produtos necessários à subsistência que estavam em falta em Paranavaí ou até mesmo levar um enfermo a algum hospital com melhor estrutura.

“Naquele tempo, quase ninguém gostava de viajar, a não ser os mais jovens e aventureiros. Quem tinha família, preferia ficar em casa, descansando. Era muito melhor do que seguir pelo picadão e ainda ter que entrar na mata quando viesse um carro na outra direção”, comentou o pioneiro cearense João Mariano. A justificativa é que durante a colonização local as vias urbanas e as estradas da região eram tão precárias que dificilmente alguém conseguia percorrer mais de 15 quilômetros em menos de uma hora.

“A maioria dos veículos não oferecia conforto e eram lentos. Alguns trajetos eram feitos até numa velocidade ainda  inferior. A única diferença entre um automóvel e uma carroça é que um era motorizado e o outro não”, comentou Mariano em tom bem humorado, acrescentando que de vez em quando os pioneiros atropelavam alguns animais selvagens pelo caminho.

O pioneiro paranaense Juscelino Camilo de Oliveira costumava viajar de caminhão, percorria toda a região de Paranavaí para abastecer dezenas de armazéns espalhados por cidades e povoados do Noroeste Paranaense. Oliveira disse que já estava acostumado a passar a maior parte do tempo longe da mulher e dos filhos.

João Mariano: “Os veículos não ofereciam conforto e eram lentos” (Acervo: Ordem do Carmo)

“Nessas minhas empreitadas, vivi muitas situações inusitadas. Lembro de quando estava voltando do Porto São José e logo na entrada de Paranavaí ouvi uns grunhidos, gemidos, bem, barulhos que não consegui identificar. Encostei o caminhão rente a uma árvore. Quando desci e me aproximei, tinha um guaxinim e um filhote de jaguatirica pendurados na lona. Levei um baita susto e eles também, tanto que rapidinho correram pra mata nas imediações do Jardim São Jorge”, relatou.

Juscelino Camilo ainda admitiu ter atropelado alguns animais à noite durante as viagens como caminhoneiro, contudo, ressaltou que eram sempre bichos de pequeno porte. “No escuro, com a mata quase colada na estrada, o bichinho passava na frente e não dava pra evitar o atropelamento. Tudo acontecia rápido demais, apesar do caminhão ser lento. Ás vezes, eu ficava na dúvida e me esgueirava pela janela pra ver, daí ficava aliviado quando enxergava o animal terminando a travessia”, destacou Oliveira.

“Qualquer deslize podia fazer invadir a mata e bater numa árvore”

O pioneiro gaúcho João Alegrino de Souza contou que o pesadelo dos viajantes até a década de 1950 era “encarar a estrada” em dias de chuva. “Viajei poucas vezes com meu jipe em tempos chuvosos. Teve uma vez que a minha filha adoeceu e não melhorava de jeito nenhum, daí levei ela até Londrina, pois lá eu tinha um primo que era um ótimo médico. Só que a viagem foi terrível porque a lama estava bem funda e o carro atolou umas sete, oito vezes, mesmo amarrando correntes nas rodas. A gente saiu daqui num domingo e chegou lá só na terça-feira, pra você ter uma ideia de como a estrada ficava pior ainda com o tempo ruim”, revelou Souza.

Como os veículos eram lentos e as vias se resumiam a picadões, os acidentes não eram graves, embora aconteciam com certa frequência. O pioneiro catarinense José Matias Alencar explicou que em 1952 já era preciso ser um bom motorista para que a viagem fosse completada com sucesso. “Mesmo que a estrada fosse uma só, mudava muito de um trecho até o outro e isso era enganoso. Em um pedaço, você tinha uma pista mais transitável, e logo ali na frente o chão já era diferente, com sobras de vegetação pelo caminho. Se o peão não estivesse atento, qualquer deslize podia fazer ele invadir a mata e bater numa árvore. Eu, por exemplo, em 1950, não conhecia direito a região e bati meu carro perto da Capelinha [atual Nova Esperança]. Tive que voltar pra Paranavaí a pé”, enfatizou Alencar que chegou à cidade só no dia seguinte.

O curador de animais

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Zé Peão, um homem que foi além da medicina veterinária nos anos 1940

Local escolhido por Zé Peão para tratar dos animais enfermos (Foto: David Arioch)

José Francisco Siqueira, conhecido como Zé Peão, foi um pioneiro que ganhou fama em Paranavaí nos anos 1940 pelas habilidades em tratar de animais enfermos. O seu talento atraía pessoas de toda a região Norte do Paraná.

Em 1940, Zé Peão deixou a terra natal, Fazenda Floresta Ribeirão Vermelho, depois Bela Vista do Paraíso, no Norte Central Paranaense, e se mudou para a Fazenda Brasileira, atual Paranavaí. A viagem que durou oito dias sempre foi lembrada pelo pioneiro como uma das mais difíceis.

“Naquele tempo, Maringá era quatro casas velhas. Quase o caminho todo só se via céu e mato. Só apareceu um clarão quando cheguei na Brasileira. Vim em busca de fortuna, mas a vida aqui era tão complicada que pensei em voltar pra Bela Vista do Paraíso”, revelou o pioneiro.

José Francisco Siqueira recebeu o apelido de Zé Peão porque era um habilidoso criador de gado. Desempenhava também outras atividades como a de produtor de café e de arroz. Siqueira se considerava um “tocador de roça”. “Lembro que quando acabava o querosene tinha que buscar em Arapongas [no Norte Central Paranaense] porque sempre faltava em Mandaguari. A coisa aqui só endireitou depois que o interventor Manoel Ribas morreu”, desabafou.

A atividade que mais rendeu fama a Zé Peão foi a de curador de animais, Nos anos 1940 e 1950, era costume fazendeiros do Paraná e de outros estados o procurarem para cuidar de animais enfermos condenados por médicos veterinários.

Em muitos casos, Zé Peão apenas os observava e já sabia o que deveria ser feito. Segundo pioneiros, era como se Siqueira se comunicasse com os animais e eles lhe falassem qual era o problema, tão grande era a afinidade. O que surpreendia também era o fato de que perto de Zé Peão, os bichos se acalmavam rapidamente. “Parecia que tinha algum tipo de poder sobre eles. Acho que o respeitavam”, comentou o pioneiro João Mariano.

Os animais eram tratados em frente à residência do pioneiro, na Rua Manoel Ribas, onde se situa hoje o imóvel Nº 1072, quase na esquina com a Rua Souza Naves. Lá, Zé Peão fixou diversas argolas no chão, onde os bichos eram amarrados para receber tratamento médico. Nos anos 1980, outras argolas substituíram as antigas, servindo para prender os pneus das motos.

Quando três padres escaparam da morte

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Voo quase termina em tragédia em 6 de julho de 1955

Adalbert Deckert, Jacobus Beck e Ulrico Goevert participaram da viagem (Acervo: Ordem do Carmo)

Em 1955, após visita ao bispo de Jacarezinho, no Norte Pioneiro Paranaense, três padres alemães que retornavam a Paranavaí, no Noroeste do Paraná, escaparam da morte durante uma tempestade iniciada quando sobrevoavam Arapongas, na região Norte Central.

No dia 6 de julho de 1955, os padres alemães Adalbert Deckert, Jacobus Beck e Ulrico Goevert decidiram visitar o bispo diocesano de Jacarezinho, Dom Geraldo de Proença Sigaud.

À época, Paranavaí passava por um período de chuvas, mesmo assim os freis decidiram arriscar. Alugaram um avião teco-teco para quatro passageiros e partiram. “Confiamos corajosamente naquela cegonha de lata”, comentou o frei alemão Adalbert Deckert no livro “As Aventuras de Três Missionários Alemães em Paranavaí”.

Naquele tempo, segundo os padres que participaram da viagem, era um prazer indescritível sobrevoar florestas, roças, rios e colônias. Em Jacarezinho, tudo correu bem e ao final da visita que durou duas horas o bispo Dom Geraldo os levou de carro até o aeroporto. Na viagem de retorno, o piloto os alertou que uma ventania em direção contrária impedia que o teco-teco voasse mais rápido.

Aos poucos o céu escureceu e o piloto sugeriu uma parada em Arapongas. Os padres não gostaram da ideia porque optaram por viajar de avião para retornar a Paranavaí no mesmo dia. Apesar das contrariedades, ao longo de dez minutos o piloto sobrevoou a cidade até aterrissar em um campo de aviação. “Estávamos desgostosos por causa da parada involuntária e da necessidade de pernoitar ali. Só depois percebemos que diante da tormenta não demos conta do perigo”, admitiu frei Adalbert.

Do pequeno aeroporto, foram de carro até um hotel enquanto uma tempestade atingiu Arapongas, acompanhada por uma forte chuva de granizo. De acordo com Deckert, era um temporal como jamais visto na Alemanha. “No hotel, a água gotejava do telhado sem parar”, destacou. Mais tarde, os padres foram informados que a tormenta causou sérios danos ao teco-teco usado na viagem. Todos os aviões que estavam no campo de aviação foram danificados.

Mesmo amarrado, um dos veículos foi arremessado do outro lado da estrada, sobre um cafezal. Na manhã do dia seguinte, foi encontrado em um cafezal com as rodas para o ar. “Até mesmo um bimotor enorme foi inutilizado pelo temporal. Ficamos com pena do nosso piloto que era o proprietário do avião, mas não podíamos fazer nada”, afirmou Adalbert Deckert.

Para retornar a Paranavaí, os freis alemães tiveram de pegar outro voo. Quando chegaram aqui, não puderam aterrissar porque uma densa neblina tomou conta da cidade no dia 7 de julho de 1955. A visibilidade era praticamente nula. Porém, isso não abalou os padres. Estavam cientes de que no dia anterior viveram o pior, se livraram da morte. “Nossos sentimentos eram de agradecimento, pois se o táxi aéreo não tivesse aterrissado, a repentina e fulminante tempestade nos teria jogado ao chão como folha de papel”, avaliou frei Adalbert.

Saiba Mais

Os padres decidiram viajar até Jacarezinho com um teco-teco porque caso optassem por um avião de linha a viagem seria muito mais demorada. Outro problema era que além do risco de atrasos envolvendo partida e chegada, aviões que comportavam mais de quatro passageiros tinham de cumprir uma parada obrigatória em Londrina, no Norte Central Paranaense.