David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

Archive for the ‘Mito’ tag

O mito da bruxa voadora

with one comment

bruxa voadora é uma referência a um efeito alucinógeno proporcionado por um unguento (Imagem: Reprodução)

A bruxa voadora é uma referência a um efeito alucinógeno proporcionado por um unguento (Imagem: Reprodução)

Provavelmente uma das imagens mais clichês envolvendo feitiçaria, tanto na literatura quanto no cinema, é a de uma bruxa voando sobre uma vassoura. É algo bem curioso, até porque muita gente que já escreveu sobre o assunto desconhece a origem do estereótipo.

A verdade é que a imagem da bruxa voadora é uma referência a um efeito alucinógeno proporcionado por um unguento à base da erva Datura Stramonium. Ou seja, se na Idade Média as supostas bruxas não tivessem passado o composto nas regiões do ânus e da genitália, o que criava a ilusão de voarem sobre vassouras, jamais teríamos essa referência cultural que atravessa os séculos.

Referência: “The Long Trip: A Prehistory of Psychedelia” (Daily Grail Publishing, 2008), de Paul Devereux.

Written by David Arioch

January 10th, 2016 at 1:47 pm

O lobo-guará e o Rio Paraná

without comments

Rio Paraná, nascido pelo desejo do lobo-guará (Foto: Reprodução)

Um dia, o lobo-guará estava andando tranquilamente enquanto o sol brilhava sobre ele. “Eu gostaria de uma nuvem”, disse o lobo. E uma nuvem se formou sobre sua cabeça, fazendo um pouco de sombra. Ainda insatisfeito, o guará suplicou por mais nuvens, até que o céu começou a ficar tempestuoso. O calor continuou e o animal sugeriu: “Que tal um pouco de chuva?”

Logo as nuvens começaram a banhá-lo com a chuva. O lobo pediu mais e a chuva se tornou torrencial. “Eu gostaria de um córrego para colocar minhas patas”, comentou. Assim um riacho surgiu ao lado e o guará entrou para se refrescar. Cobrou mais profundidade e o riacho se transformou em um enorme rio que arrastou o lobo por suas águas.

Quando estava quase se afogando, o animal foi arremessado à margem. Ao acordar, os urubus o observavam sem se aproximar demais, na dúvida se o guará ainda respirava. “Eu não estou morto”, afirmou e se levantou rapidamente. Então as aves voaram e o deixaram em paz, ladeado pelo Rio Paraná.

Fonte: Meus avós. 

Written by David Arioch

November 22nd, 2012 at 12:53 am