David Arioch – Jornalismo Cultural

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A deep relationship with cinema

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The Kid, American silent film comedy-drama, released in 1921 (Photo: Copy)

I have had a deep relationship with cinemas since my earliest years. When I was five years old, I was in front of the TV, next to my father. It was one of those TVs with a wooden box. I was mesmerized watching a child running and throwing stones at a windowpane, accompanied by a man with a mustache. “That was The Tramp”, my father said.

Then, I asked him: “Why is he throwing stones at the glass? The woman in the house is going to be sad. Will she have money to buy another glass? “My dad just kept laughing and told me to pay attention to the characters’ motivation and the scenario.

That’s when I understood why silent movies were silent, and why the aesthetics make so much difference, especially in art film. He was not mute only because of technological limitations, but because he instilled in the human being the ability to seek answers that could not be given in words. Children of my age loved kid movies and cartoons, me too. But not only that. I loved the films of Charles Chaplin, Harold Lloyd, Buster Keaton, and Stan Laurel and Oliver Hardy.

In front of them, the absence of dialogues did not exist in my noisy child mind. The sounds swirled inside me. The movies had no color, perhaps, for others, not for me who always saw light in the sky, on the ground, and even in the darkness of the characters. “There’s no color there, let’s watch Dungeons and Dragons,” my friend Fabiano said one day. I answered: “Yes, it does! But it only exists if you want it to exist. “That day we slept after watching “City Lights”, twice.

Written by David Arioch

December 19th, 2016 at 11:08 am

Uma profunda relação com o cinema

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"O Garoto", lançado por Chaplin em 1921, foi o primeiro filme que me chamou a atenção (Foto: Reprodução)

“O Garoto”, lançado por Chaplin em 1921, foi o primeiro filme que me chamou a atenção (Foto: Reprodução)

Tenho uma profunda relação com o cinema desde os meus primeiros anos de vida. Aos cincos anos, eu estava diante da TV, ao lado do meu pai. Era um daqueles televisores com caixa de madeira. Fiquei hipnotizado assistindo uma criança correndo e atirando pedras em uma vidraça, acompanhada de um homem com um bigodinho. Aquele era o Carlitos, disse meu pai.

Então perguntei: “Por que ele tá tacando pedra no vidro? A mulher da casa não vai ficar triste? Será que ela vai ter dinheiro pra colocar outro?” Meu pai ficou rindo e disse pra eu prestar atenção também na motivação dos personagens e no cenário.

Foi quando entendi porque o cinema mudo era mudo e porque a estética faz tanta diferença, principalmente no cinema de arte. Ele não era mudo apenas por limitações tecnológicas, mas porque instigava no ser humano a capacidade de buscar respostas que não poderiam ser dadas com palavras. Crianças da minha idade adoravam desenhos e filmes infantis, eu também. Mas não somente isso. Eu amava os filmes de Charles Chaplin, Harold Lloyd, Buster Keaton, e Stan Laurel e Oliver Hardy.

Diante deles, a ausência de diálogos inexistia diante da minha mente ruidosa de criança. Os sons pululavam dentro de mim. Os filmes não tinham cor, talvez para os outros, não pra mim que sempre via luz no céu, na terra e até na escuridão dos personagens. “Isso aí não tem cor, vamos assistir Caverna do Dragão”, disse meu amigo Fabiano um dia. Respondi: “Tem sim! Mas ela só existe se você quiser que ela exista.” Naquele dia, dormimos depois de assistir “Luzes da Cidade” duas vezes.

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Written by David Arioch

December 4th, 2016 at 4:33 pm