“Não, filho. Não pegue coisas do chão”
Na feira, enquanto eu selecionava salsinha, sem que eu o tocasse, um maço caiu da banca. Quando agachei, o peguei e coloquei na cesta, uma senhora chamou-me a atenção:
— Não, filho. Não pegue coisas do chão. Isso nunca é bom.
— Mas por que, senhora? Estou pegando do chão aquilo que veio do chão, que nasceu do chão.
— Hum…olhe, filho, nunca tinha pensado por esse lado – comentou sorrindo.
— Além disso, se ela pulou da banca, é porque quer ir embora comigo, não acha?
— É…acho que você tem razão… mas cuide bem dela. Não faça mal a ela, senão ela vai se arrepender de ter pulado da banca.
— Sim, acho que não posso decepcioná-la…
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