“Po, olha esse cara! Bruto demais dos pés até a touca”
Saí da academia e passei no mercado para buscar pão para a minha mãe. Na fila do caixa rápido, um cara ficava me observando. Até que ele se aproximou e disse:
— Caramba, mano! Tenho que te falar! Você tem um visu que dá medo! Olha o físico e a cara desse homem aqui, Renata!
Envergonhada, a moça que o acompanhava apenas sorriu e comentou:
— Não liga não. Meu irmão é assim mesmo.
Com meu típico sorriso enviesado, comentei que estava tudo bem. Então ele continuou:
— Po, olha esse cara! Bruto demais dos pés até a touca. Que barba sinistra, meu velho!
Eu já constrangido, sem saber o que dizer, pensei até em sair da fila do caixa rápido. Então Renata o puxou pelo braço, o levando para o setor de hortifruti. De lá, ele ainda falou:
— Serião, mano! Se você me der um tapa acho que eu não levanto.
Enquanto algumas pessoas riam e sorriam, eu só acenava a cabeça e tentava esconder a vergonha por trás da barba.
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