Hermann Hesse e o gato Narziss
Embora seu comportamento ostracista fosse bastante conhecido, já que Hermann Hesse não gostava de receber visitas, o escritor alemão, radicado na Suíça, tinha uma cativante predileção por gatos. Um de seus grandes amigos em uma produtiva fase de sua vida era o gato Narziss (Narciso) que o fazia sentir-se como uma criança, um espírito livre alheio à idade e ao tempo.
Seu companheiro inclusive partilhava do mesmo nome de um dos protagonistas da obra Narziss und Goldmund, um noviço e racional literato. Na obra publicada em 1930, curiosamente há três analogias e referências poéticas aos felinos:
“Quando sentiu as mãos sobre ela, suas delicadas mãos suaves tão cheias de sentimento, algo que ela nunca tinha sentido antes, sua pele tremeu e sua garganta soou como o ronronar de um gato.”
“A fim de acalmá-la, Goldmund suavemente esfregou sua bochecha contra seu cabelo e acariciou seu quadril e joelho com uma mão tranquila, da mesma forma que um gato faz carícias.”
“O rosto não disse nada, mas a postura e os punhos cerrados disseram muito: incompreensível sofrimento, luta infrutífera contra a inédita dor. Ao lado de sua cabeça, um buraco de gato fora aberto na porta.”
Contribuição
Este é um blog independente, caso queira contribuir com o meu trabalho, você pode fazer uma doação clicando no botão doar:
Uma delicia de sentimento 🙂 …
MacKeiN
26 Feb 16 at 1:26 am
Márcia, com certeza!
David Arioch
26 Feb 16 at 10:39 am
🙂 🙂 🙂
MacKeiN
8 Jun 16 at 12:46 am