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Algumas verdades sobre o óleo de peixe e a indústria do ômega-3

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Segundo especialistas, suplementação de ômega-3 a partir do óleo de peixe não faz a menor diferença para a saúde

Muitas dessas dietas de modinha se tornam uma indústria. Há muito dinheiro a se ganhar fazendo produtos que atendam a essas dietas. Estou convencida de que é o caso do ômega-3. Bem, é o seguinte: há dois ácidos graxos essenciais – ômega-3 e ômega-6. Todo o resto, seu corpo sintetiza. Os meios essenciais devem vir da comida. Então encontramos ácidos graxos ômega-3 em peixes, nozes, sementes de linhaça alguns tipos de soja; e encontramos ácidos graxos ômega-6 em animais da terra, frango, porco, carne vermelha e em óleos vegetais poli-insaturados.

Você pode ver qual é o nosso problema. Comemos muitos ácidos graxos ômega-6. Na verdade, a proporção de ácidos graxos ômega-3 e 6 eram entre um para um e um para quatro. Sabe qual é hoje? Entre 1 para 25 e 1 para 30. Isso levou as pessoas a dizerem: “Minha nossa! Isso está muito errado! O ômega-6 está aqui em cima e o ômega-3 lá embaixo. Talvez devêssemos tomar cápsulas de ômega-3 de óleo de peixe e encorajar o consumo de peixe. Assim voltaremos àquela proporção a que estávamos acostumados enquanto população. Bem, não há provas de que isso funcione. Neste trecho em específico se fala do ômega-3 proveniente do óleo de peixe, mas no geral se defende diminuir a ingestão do ômega-6 em vez de suplementar ômega-3. É porque pelo menos nos Estados Unidos o ômega-3 se tornou praticamente sinônimo de óleo de peixe. Na verdade, em qualquer lugar, pouco se fala de ômega-3 de outra origem.

Na verdade, uma grande metanálise que verificou 89 estudos mostrou que não faz a menor diferença para a saúde. Mas, além disso, não seria melhor reduzir a quantidade de ômega-6 da dieta? Pare de comer todos esses animais e pare de consumir tanto óleo que a proporção voltará ao normal. Não vamos complementar com ômega-3. Vamos abaixar o ômega-6 e terminaremos onde precisamos estar. Não há dinheiro envolvido na redução do consumo de ômega-6. Mas há muito dinheiro nas vendas de cápsulas de ômega-3 para as pessoas, e para fazê-las comerem peixe.

Temos boas evidências agora de que quanto maior o consumo de ômega-3, maior o risco de diabetes do tipo 2. Há provas de que o índice de câncer aumenta também [além disso, há o fato de muitas espécies de peixe estarem contaminadas com mercúrio]. O ômega-3 faz exatamente o oposto do que as pessoas acham.

Antes havia dados sugerindo que poderia ser benéfico, mas agora a preponderância de provas é de que óleo de peixe é inútil. Há uma indústria bilionária que basicamente vende às pessoas óleo de peixe e lucra com isso.

Pamela Popper, doutora em nutrição e fundadora do Fórum Wellness.

T. Colin Campbell, bioquímico e doutor em nutrição que estudou as implicações do consumo de alimentos de origem animal por 20 anos. Em 2005, o seu trabalho foi transformado no livro “The China Study”.

Michael Greger, médico especialista em nutrição e fundador da NutritionFacts.org

Excertos de depoimentos do documentário “Food Choices”, de Michal Siewierski.

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“Muitos homens comem muita carne porque se sentem muito machos assim, certo? A verdade é que a longo prazo o efeito é o oposto”

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Uma dieta rica em vegetais é muito mais saudável

Muitos caras que comem carne veem isso como um reflexo da sua masculinidade. Associam isso com ser forte e másculo. Muitos homens comem muita carne porque se sentem muito machos assim, certo? A verdade é que a longo prazo o efeito é o oposto.

Não é muito macho ter disfunção erétil [quando se chega a uma certa idade]. Estamos falando de fluxo sanguíneo. Até dizem isso em comerciais de Cialis e Viagra. Então se suas artérias estão entupidas pelo alto consumo de carne, laticínios e ovos, o que isso vai acontecer com o seu desempenho sexual? É uma ciência simples, cara.

É inquestionável que homens acham que têm que comer um monte de proteínas e que seguir uma dieta vegetariana não é algo muito masculino. Mas vou lhe dizer algo: o que realmente não é masculino é disfunção erétil. Se quer ser viril, se quer ter uma bela vida masculina, siga uma dieta vegetariana.

Há grandes evidências que mostram que a disfunção erétil é causada pela dieta em muitas circunstâncias. E o motivo é que se você tem doença arterial coronariana em uma parte do corpo, você a tem nele todo. A prova disso é que aqueles vasinhos minúsculos de sangue que levam ao pênis são os primeiros a serem afetados.

Nós nos referimos à disfunção erétil como o primeiro sinal de perigo. É o sinal de que alguma coisa está indo muito mal e que você precisa consertar [Não é à toa que pessoas com disfunção erétil podem morrer consumindo Viagra ou Cialis]. Nesse estágio, é muito mais fácil de tratar isso se você ainda não teve um infarto ou AVC.

T. Colin Campbell, bioquímico e doutor em nutrição, que estudou as implicações do consumo de alimentos de origem animal por 20 anos. Em 2005, o seu trabalho foi transformado no livro “The China Study”.

John Joseph, músico, triatleta vegano e defensor da alimentação livre de produtos de origem animal.

Pamela Popper, doutora em nutrição e fundadora do Fórum Wellness.

Excertos de depoimentos do documentário “Food Choices”, de Michal Siewierski, lançado em 2008.

 

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