Muitos temem reconhecer que os animais são sensíveis, conscientes e inteligentes
Muitos temem reconhecer que os animais não humanos são sensíveis, conscientes e inteligentes, isto porque ao aceitar a constatação desse fato o ser humano tem de lidar com a própria consciência, e ninguém quer ver a si mesmo (e talvez menos ainda que os outros o vejam) como alguém que se importa apenas com a sua vida e a dos seus, surgindo assim um embate que pode gerar ou não mudanças dependendo da maneira como alguém lida com a realidade, seja aceitando-a ou refugiando-se na dissimulação.
Quando o véu da inocência, do desconhecimento ou da ignorância deita ao chão, ao ser humano resta duas opções – a mudança, que pode levá-lo a uma nova perspectiva do valor da vida, incluindo talvez até um exame do seu papel enquanto ser humano; ou a uma desconsideração, empáfia ou egotismo, representando assim uma posição de reafirmação de que somente nós somos importantes, e todo o resto existe apenas para nos servir, independente se há privação, sofrimento ou morte. Afinal, toda exploração animal traz consequências negativas em menor ou maior proporção.