David Arioch – Jornalismo Cultural

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Um bate-papo com a escritora Etel Frota

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Foto: Amauri Martineli

Ontem, tive o privilégio de mediar um bate-papo com a escritora Etel Frota, considerada uma das maiores letristas do Brasil. O evento realizado na Biblioteca Municipal Júlia Wanderley fez parte do Mês da Literatura, realizado pela Secretaria Estadual de Cultura do Paraná. No final de julho, Etel lançou o seu primeiro romance na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

O livro intitulado “O Herói Provisório” conta, misturando realidade e ficção, a história do Incidente de Paranaguá, quando o capitão Joaquim Ferreira Barboza, um herói transformado em bode expiatório, comandou em 1º de julho de 1850 o ataque a um cruzador inglês que perseguia navios brasileiros na Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, na Ilha do Mel.

Entre pesquisa e publicação, a obra levou 14 anos para ser concluída. Etel chegou a ter contato com descendentes do capitão. Ainda assim, fez questão de dizer que, como não se trata de um trabalho biográfico, ela prefere que os leitores o encarem como uma ficção inspirada por fatos históricos. “Que a memória de Joaquim Ferreira Barboza possa me absolver”, declarou.

Etel Frota, que despertou o interesse pela literatura aos seis anos quando ganhou o primeiro livro de seu pai, também falou sobre o seu livro de poesia “O Artigo Oitavo”, publicado em 2002, inspirado na obra do icônico poeta Thiago de Mello, autor do clássico “Estatutos do Homem”, que elogiou o trabalho da escritora e contribuiu declamando no CD anexo ao livro.

O romance de Etel Frota vai ser lançado hoje na Livraria da Vila, no Pátio Batel, em Curitiba. O livro já pode ser reservado no site http://www.etelfrota.com.br/o-heroi-provisorio/

 

 

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Barbas e olheiras

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Hoje, passei a maior parte da manhã na Oficina Raspa Língua, conversando com o artista Henrique Moura

Barbas e olheiras – Os homens que não dormem. Eu e meu brother Henrique Moura. Hoje, passei a maior parte da manhã na Oficina Raspa Língua, onde o artista e criador do icônico Predo Bandeira (seu alter ego) dedica seu dia e sua noite a produzir vídeos independentes de animação.

Muitas referências, muitas colagens e muita coisa autoral da mais alta qualidade. O encontro rendeu horas de papo sério, bobagens e muito café. Disso aí vai sair uma narrativa veloz, intensa e reveladora.

Para quem quiser conhecer o cinema independente de animação da Oficina Raspa Língua, acesse: http://raspalingua.com/site/

Written by David Arioch

November 23rd, 2016 at 1:29 am

Bate-papo com Luci Collin e João Carrascoza na Semana Literária do Sesc

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Luci Collin e João Carrascoza são os convidados do último bate-papo da Semana Literária do Sesc em Paranavaí (Fotos: Divulgação)

Luci Collin e João Carrascoza são os convidados do último bate-papo da Semana Literária do Sesc em Paranavaí (Fotos: Divulgação)

Hoje, às 20h, vou mediar mais um bate-papo da Semana Literária do Sesc em Paranavaí, no Noroeste do Paraná. Desta vez, com a escritora curitibana Luci Collin e o escritor paulista João Carrascoza. Luci, que é professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem pós-doutorado em literatura irlandesa. Já publicou 16 livros entre poesia e prosa de ficção.

Carrascoza, que é publicitário e professor da Universidade de São Paulo (USP), tem pós-doutorado sobre a interface literatura e publicidade. Já recebeu os prêmios Jabuti, Guimarães Rosa (concedido pela Rádio França Internacional) e Fundação Biblioteca Nacional. Além de suas obras, vamos conversar sobre a multiplicidade da literatura brasileira. Apareçam por lá! É tudo de graça!

Saiba mais sobre Luci Collin

Luci Collin é graduada no curso superior de piano da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, no curso de letras português/inglês, da Universidade Federal do Paraná e no curso superior de percussão clássica, também da Belas Artes do Paraná. Concluiu o mestrado em literatura de língua inglesa na Universidade Federal do Paraná e o doutorado em estudos linguísticos e literários em inglês na Universidade de São Paulo. É professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFPR, onde leciona atualmente. Também tem experiência como tradutora literária.

Saiba mais sobre João Carrascoza

João Carrascoza foi premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e Associação Paulista dos Críticos de Arte. Desde que saiu de Cravinhos, sua cidade natal, o escritor escreve livros de contos, romances e novelas infanto-juvenis, com os quais recebeu importantes prêmios. Algumas de suas histórias foram traduzidas para inglês, francês, italiano, sueco e espanhol, participou ainda de programas internacionais de escritores residentes, como a Ledig House (EUA) e o Château Lavigny (Suíça). Atualmente, dedica-se à docência na Universidade de São Paulo (USP) e na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Written by David Arioch

September 16th, 2016 at 1:57 pm

Quatro anos de parceria com o Sesc

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Alguns escritores me marcaram mais do que outros, mas sem dúvida todos deram sua contribuição

Eu, Bárbara Lia e Ricardo Chacal no bate-papo de ontem (Foto: Gislaine Pinheiro)

Eu, Bárbara Lia e Ricardo Chacal no bate-papo de ontem (Foto: Gislaine Pinheiro)

Ontem completou quatro anos desde que o Sesc Paranavaí me convidou pela primeira vez para mediar um bate-papo com alguns dos mais importantes autores da literatura brasileira contemporânea. Desde então, conheci muita gente, tanto na Semana Literária quanto no projeto Autores e Ideias. Alguns escritores me marcaram mais do que outros, mas sem dúvida todos deram sua contribuição. Ouso até dizer que o que aprendo com esses autores me garante o equivalente a anos de conhecimento.

Eles se doam no que fazem, e estão sempre lá bem dispostos, independente se o público é grande ou pequeno; se a maioria conhece ou desconhece suas obras. O mais importante é esparramá-la, disseminá-la. Com naturalidade, descortinam aquela ideia obsoleta, anacrônica, de que existe uma barreira entre o escritor e o leitor. Não me considero e nunca me considerei um mediador. Sou na realidade um aprendiz que tem boas oportunidades de conhecer pessoas sensíveis que fazem a diferença na cultura brasileira e que também contribuem para a minha formação humana, mesmo que o tempo seja curto para tantas lições.

Às vezes me empolgo tanto que deixo os convidados irem além do tempo estabelecido pela organização do evento – daí recebo algumas broncas e fica tudo bem. E sempre que posso, e não esqueço também, carrego meu gravador. Claro, porque no fundo o que melhor me define é a palavra ouvinte. E sem dúvida, sou muito grato ao Sesc pelo belo e aguerrido trabalho de estimular o interesse pela cultura em sua miríade de formas, mesmo que seus eventos ainda sejam pouco valorizados pela população.

Na foto da artista Gislaine Pinheiro – eu, a paranaense Bárbara Lia e o carioca Ricardo Chacal no bate-papo de ontem. Fiquei muito feliz de reencontrar o Chacal e conhecer a Bárbara Lia. São duas figuras ímpares que se destacam por acreditar na verdadeira arte, aquela que luta para sobreviver independente das exigências do mercado e da indústria cultural. Ou seja, duas forças de resistência na contramão de um mundo veloz que tenta nos moldar de acordo com a sociedade de consumo e sua obsolescência programada.