Archive for the ‘Crianças’ tag
O castelo pula-pula

Na festa de aniversário da minha sobrinha, a criançada quase destruiu um castelo pula-pula (Foto: Menegazzo)
Na festa de aniversário da minha sobrinha, a criançada quase destruiu um castelo pula-pula. Então alguém achou que seria uma boa me chamar para impedir que o castelo esvaziasse completamente, caindo murcho sobre o gramado.
Enquanto eu tentava resolver o problema, uma das crianças puxou minha barba e gritou: É de verdade! É de verdade! É barba mesmo! As outras vieram ver, também querendo colocar a mão. Uma delas pulou de cima do castelo e quase caiu em cima das minhas costas.
Outras duas correram em torno de mim e gritaram: “Vai explodir! Vai explodir!” Naquele momento, não sei se falavam de mim ou do pula-pula, aí depende da malícia e da inocência.
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Se tivéssemos aulas de direitos animais nas escolas
Se tivéssemos aulas de direitos animais nas escolas, ou pelo menos uma disciplina de ética que realmente incluísse os direitos animais, acredito que a violência contra animais não seria tão banalizada, e creio também que isso teria bom peso no que diz respeito à violência contra seres humanos.
Quando um jovem transgressor faz piada de algum ato praticado contra os animais, por exemplo, isso nem sempre significa maldade, mas sempre significa ignorância. Além disso, o ato normalmente depende de um fator cultural de permissividade.
E a forma como os jovens são criados diz muito sobre isso. Se um filho vê o pai chutando um cachorro, naturalmente ele vai entender que o cão pode ser chutado, e que isso não é errado. Afinal, pelo menos até certo ponto da vida, as crianças se desenvolvem observando as ações parentais.
Talvez a criança nem chegue a considerar a possibilidade da dor do animal, se a empatia por outros seres vivos não for estimulada. Então creio que em situações como essa, quando os pais são omissos, uma disciplina de direitos animais, ou que incluísse os direitos animais, poderia fazer uma boa diferença.
Acredito nisso porque ao longo dos anos conheci crianças e adolescentes que levaram bons valores para casa, fazendo os pais se questionarem sobre suas más ou equivocadas ações praticadas de forma impensada ou herdadas de outras gerações.
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Sobre suicidas a serviço do terrorismo
O sujeito, já preparado para morrer, dirige um caminhão cheio de explosivos e mata um monte de crianças famintas na Síria. E com esse ato cruel e bárbaro ainda espera descansar no paraíso, em um lugar privilegiado. É absurdo, não? Para nós, não para eles.
A verdade é que suicidas como esse não se importam em morrer porque julgam que não têm nada a perder. E a propaganda mais forte dos grupos terroristas não gira em torno da fé ou do respeito ao islamismo. Na realidade, a religião mesmo, deturpada ou não, acaba por ter até um intrigante papel secundário.
A propaganda se sustenta na idealização e na promessa do paraíso. Ou seja, o que esse ato tem a oferecer ao ser humano que se sacrifica pela fé – nisso há um viés antropocêntrico. Livros como “Isis: Inside the Army of Terror” e “The Secret History of al Qaeda” deixam isso claro.
Pelo menos por parte dos grandes meios de comunicação, quando se fala em terrorismo no Oriente Médio, pouco se aborda que os mentores intelectuais dessas ações jamais cometeriam suicídio, e é por isso que eles se perpetuam no comando de organizações criminosas. Quando morrem, não foi porque quiseram assim.
Eles fazem lavagem cerebral nos mais miseráveis, ignorantes e analfabetos. Inventam histórias, prometem cuidar de suas famílias miseráveis quando esses partirem. A fé dissimulada, e no pior contexto, tem mais chances de cegar um homem faminto do que aquele de barriga cheia.
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Sobre crianças, pais e cães
Na minha infância, me recordo que alguns pais faziam os filhos terem medo de animais. Não raramente, quando eu saía da escola, me lembro que quando passávamos por algum lugar cheio de animais, principalmente cães dos mais variados portes, e normalmente dóceis, eu ouvia algum pai ou alguma mãe dizendo a algum garotinho ou garotinha:
“Vai, fica aí perto que ele vai te morder. Depois não adianta chorar” ou “Sai de perto desse cachorro. Não vê que ele é bravo?” São tantos exemplos que me veem à memória e que ratificam essa nossa obtusa cultura de estranheza em relação aos animais. Não que não seja bom ser cauteloso, mas creio que é preciso também ter cuidado com as palavras e a força desse discurso, que naturalmente pode fazer crianças verem animais como seres amedrontadores. Ademais, se um cão, por exemplo, torna-se bravo ou hostil, não é de sua natureza obviamente, mas sim por má influência humana.
O riso das crianças
Saí para correr há pouco, e depois de cinco quilômetros encontrei um Monza parado no meio da rua. Então ajudei um senhor a empurrá-lo por pouco mais de um quilômetro. Nesse ínterim, duas crianças, provavelmente suas filhas, brincavam que também empurravam o veículo enquanto me olhavam, se entreolhavam e gargalhavam com bonomia. Não sei se riam da minha barba ou de algum outro aspecto da minha aparência. Sem saber o motivo, ou mesmo me importar com isso, comecei a rir também, porque sei que esse tipo de espontaneidade é uma das joias da infância.
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Veganismo na infância

Foto: VegFest
VegKids, realizado dentro da VegFest na Inglaterra e na Escócia, e que tem inclusive apoio do governo. Lá, crianças, em companhia dos pais, são incentivadas e orientadas a tornarem-se veganas desde os primeiros anos de vida. A VegFest é um dos maiores eventos veganos do mundo.
Sobre a Campanha de Natal na Vila Alta
Tem algumas pessoas fazendo comentários estranhos sobre a campanha de Natal que realizamos na Vila Alta, na periferia de Paranavaí. Bom, só para esclarecer, eu e meus amigos que decidimos fazer esse trabalho, não vamos à periferia somente no Natal.
Na realidade, tentamos ajudar de alguma foma o ano todo, e já tem anos. A diferença é que pela primeira vez decidimos fazer uma campanha de Natal, isto porque percebemos que mesmo com tantas campanhas realizadas nessa época do ano ainda existe carência em relação a isso.
Já produzi inclusive alguns documentários sobre a realidade da periferia, então sugiro que procurem conhecer o trabalho das pessoas envolvidas em campanhas antes de julgá-las de algum modo. Tem muita gente que não faz isso somente no Natal. Ademais, não divulgo fotos e textos sobre o assunto para me promover, mas sim para mostrar que qualquer um é capaz de ajudar, o que pode motivar mais pessoas.
Outro ponto positivo é que serve como um gratificante registro de nossas ações e também uma boa lembrança para os moradores do bairro que também usam Facebook, acessam blogs e outras mídias.
Campanha de Natal na Vila Alta
Hoje, distribuímos mais de 700 presentes para crianças e pré-adolescentes na casa do Tio Lu, na Vila Alta, na periferia de Paranavaí. Fiquei muito feliz em fazer parte disso. Foi uma iniciativa que contou com a ajuda de muitos doadores, muita gente boa. Eu seria até injusto de citar nomes de doadores porque não tenho dúvida alguma de que alguém acabaria por ficar de fora.
Mas preciso destacar que nada disso seria possível sem a parceria de grandes amigos como Luzimar Ciríaco Andrade e João Henrique de Andrade, além da minha mãe e do Tio Lu, pessoas que fizeram parte de todo o processo iniciado em novembro. Também agradeço meus irmãos Guimarães Jvnior e Douglas Alves que ajudaram muito, assim como minha cunhada Adri e sua mãe Lina.
Como o período que antecede o Natal é marcado por muitas campanhas, fiquei preocupado com a possibilidade de não conseguirmos alcançar a meta. Mas com a ajuda de tanta gente legal, foi tolice de minha parte tal insegurança. É difícil acreditar que mais de 600 pessoas foram beneficiadas com um trabalho realizado ao longo de um mês.
Também tive o grande e inédito privilégio de ser o Papai Noel da vez. Fiquei emocionado em ver crianças felizes só pelo fato de serem lembradas. É isso. Acredito que o Natal não poderia ser melhor, pessoas se unindo para fazer algo pelos outros. Posso dizer que meu Natal foi hoje, e claro que valeu a pena.
O exemplo do Centro de Educação Infantil Santa Terezinha do Menino Jesus
Estive ontem no Centro de Educação Infantil Santa Terezinha do Menino Jesus, em frente à Unipar, no Jardim Santos Dumont, em Paranavaí. Eles estão fazendo um lindo trabalho de despertar em crianças de um a cinco anos o interesse pela arte.
O projeto é baseado em pinturas, esculturas e desenhos do meu amigo e artista plástico Roberto Persil, referência em artes plásticas no Paraná, que inclusive tem acompanhado todo o processo e segue interagindo com as crianças. É incrível ver uma criança de dois anos falando sobre arte, empolgada e com os olhos brilhando. Isso me faz acreditar cada vez mais em um futuro melhor. Quantas crianças se preparando para se tornarem grandes seres humanos. Me anima ver essa educação pautada no ser humano, na interação humana.
Uma manhã de sábado na Vila Alta
Hoje de manhã, realizamos algumas atividades para crianças e idosos na Vila Alta, na periferia de Paranavaí. Foi uma experiência inesquecível. Tudo foi feito de forma voluntária, graças à parceria da professora Rose Freire e das alunas do 4º ano de Serviço Social da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), do Serviço Social do Comércio (Sesc), através da minha amigaTânia Mara Volpato, da atriz e professora de dança circular Gaty Rocha, da Farmácia Bipharma, do senhor Luiz Gonzaga e sua esposa (moradores do bairro que ajudaram na montagem de tudo e disponibilizaram o equipamento de som).
E claro, do artista plástico Tio Lu ( Luiz Carlos), que é sempre a primeira pessoa que procuramos quando queremos realizar algo na Vila Alta. Também contamos com a participação do meu irmão Guimarães Jvnior, meu amigo Vinicius Vieira, do fotógrafo Elizeu de Moraes e do professor Carlos Alberto João, que também assumiu uma bela responsabilidade com o bairro. Além disso, fizemos doações de muitos livros cedidos pela Paranavaí Cidade Poesia – Fundação Cultural, por meio da Biblioteca Municipal Júlia Wanderley.
A Rose Freire e as alunas da Unespar prepararam um monte de kits para distribuir aos idosos, além de panfletos sobre seus direitos. Também percorremos casas distribuindo kits para aqueles que não tinham condições de se deslocarem até a Rua B, onde o evento ocorreu. Foi uma manhã muito agradável e de muito aprendizado. Tivemos muita música, pula-pula, pernas de pau, apresentações de dança circular, oficinas de artesanato, cuidados estéticos e diversas brincadeiras que hoje são pouco conhecidas pelas novas gerações. O maior presente foi ver tanta gente empolgada em ajudar, assim como tanta gente animada em se divertir.