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De que adianta criticar a Bancada Ruralista enquanto você a financia?
De que adianta uma pessoa criticar as mazelas da Bancada Ruralista e neste momento, diante da situação dos mais de 25 mil bois sofrendo em Santos, simplesmente não se importar? De que adianta você apontar o dedo para ruralistas que exploram mão de obra barata, humana e não humana, se você consome os produtos deles, logo financia o jogo político deles.
Você já pensou que esses caras que comandam a política brasileira, e não abrem espaço para o verdadeiro exercício da democracia, costumam injetar muita grana em suas campanhas, certo? E de onde você acha que vem esse dinheiro? Costumeiramente, de produtos que eles vendem e que compramos na nossa inocência ou ignorância. E muitos desses produtos já foram vidas. Ou seja, animais.
Então, sim, consumir produtos de origem animal muitas vezes significa de fato um aval para que esses sujeitos continuem se perpetuando no poder. Que tal começar a boicotar esses caras? Não apenas politicamente, mas economicamente. Se informe, não seja ignorante. É preciso fazer um mapeamento idôneo a respeito da vinculação econômica desses políticos.
Quais entidades e empresas eles representam ou possuem, de fato; que tipo de produto eles comercializam, entre outras coisas. Esse tipo de informação precisa ser disseminada com urgência. Necessitamos de um trabalho de boicote em proporções jamais vistas antes.
Bryan Adams: “Se você ama os animais, não os coma”
“Me oponho ao uso de peles de animais e a qualquer outro tipo de produto que use animais”
Considerado um dos artistas mais bem-sucedidos da história da música, o canadense Bryan Adams, que emplacou sucessos internacionais como “Everything I Do”, “Summer of 69″, Heaven” e “Please Forgive Me”, abandonou o consumo de carne em 1988, depois de comer um grande bife e sentir-se muito mal. “Aquele foi o fim para mim. Nunca mais”, contou em entrevista à June Bird, da organização Animal Liberation Front (ALF) em abril de 2000.
A partir daquele dia, Adams se afastou cada vez mais dos velhos hábitos alimentares. “Se você ama os animais, não os coma. Me oponho ao uso de peles de animais e a qualquer outro tipo de produto que use animais. Não como eles, e não me visto com eles”, declarou em entrevista à Peta.
O compositor, que também é guitarrista, produtor e fotógrafo, tornou-se um ativista pelos direitos animais quando abdicou do consumo de carne. A primeira grande campanha de sucesso que contou com a sua participação foi a construção de um santuário de baleias na Antártica na década de 1990. “Distribuímos 500 mil cartões postais pedindo que as pessoas escrevessem a favor do santuário e encaminhassem cada cartão para diferentes líderes governamentais para votarem a nosso favor. E isso funcionou”, contou à ALF.
A aproximação de Bryan Adams com ações em defesa dos animais sempre lhe trouxe lembranças dos seus companheiros caninos na juventude. “Eles se tornaram parte da família. Ajudaram a moldar a minha compaixão. Também amo cavalos, então não é difícil apreciar a beleza e inteligência das outras criaturas. Eu nunca tinha analisado a crueldade animal na totalidade quando eu era jovem. Mas a partir do momento que comecei a entender o que ocorre na nossa relação com os animais, fui para um caminho fez com que eu me tornasse vegano”, informou.
O músico perdeu as contas de quantas pessoas influenciou a tornarem-se vegetarianas e veganas ao longo dos anos. “Consegui com muita calma convencer a minha mãe, meu irmão e minha banda. Todos eles se tornaram vegetarianos. Veganos têm muitas opções, que incluem massas, sopas, assados, pizzas, saladas e batatas. São infinitas as opções”, enfatizou.
Outro ponto positivo é que Bryan Adams conseguiu se livrar de muitas alergias, como eczema, que o acompanharam por muitos anos. Dentro de duas semanas consumindo frutas pela manhã, e nada mais, elas desapareceram. “Achei que essas alergias me acompanhariam por toda a minha vida. Isso nunca mais retornou. Outra coisa brilhante é que por causa desse estilo de vida nunca mais tive problema de peso, e definitivamente tenho mais energia do que a maioria das pessoas que conheço”, assegurou à June Bird.
O músico também tem ojeriza por circos que usam animais e odeia fazendas industriais, o fato de que bovinos, suínos e aves são confinados para sanarem um prazer efêmero humano, que é o consumo de carne. “As pessoas contraem tantas doenças comendo carne, principalmente câncer no intestino. Na Grã-Bretanha eles alimentavam os animais com excrementos, e foi assim que a doença da vaca louca começou”, lamentou à Animal Liberation Front.
Segundo Bryan Adams, é muito fácil para as pessoas irem ao mercado, comprarem um hambúrguer e simplesmente virarem as costas para a realidade em torno daquele pedaço de carne. “Um dia, aquilo fez parte de uma vaca viva. As pessoas não assimilam as duas coisas. Não compactuo com o assassinato de qualquer criatura, sejam focas, vacas, cães, qualquer animal. Sou totalmente contra”, ponderou.
Adams também se recordou que no passado as pessoas duvidaram que ele conseguiria ser vegano por muito tempo. E muitas dessas pessoas tornaram-se vegetarianas e veganas mais tarde. “Preciso de uma boa recomendação de restaurante vegano ou vegetariano. Sem molho de ostra para mim. Obrigado!”, disse à revista Time Out, de Hong Kong, quando estava em turnê em 16 de dezembro de 2016.
Saiba Mais
Bryan Adams nasceu em Kingston, Ontário, no Canadá, em 5 de novembro de 1959.
Lançou 14 álbuns entre os anos de 1980 e 2015. O disco “Reckless”, lançado em 1984, e que ficou em primeiro lugar na Billboard, é considerado um dos seus melhores trabalhos.
Ele também atua como fotógrafo da Peta.
Referências
http://www.animalliberationfront.com/Saints/Interviews/Interview%20with%20Bryan%20Adams.htm
http://www.peta.org/features/bryan-adams-animal-rights-vegan/
https://www.timeout.com/hong-kong/music/interview-bryan-adams-on-his-get-up-tour-and-returning-to-hong-kong
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